Logo após a sessão inaugural do Arena ANTP 2025, houve uma homenagem ao engenheiro Plínio Oswaldo Assmann, falecido este ano. Ele foi o idealizador e fundador da ANTP e criador do congresso, que teve sua primeira edição em 1978.
Membros da família de Plínio Assmann participaram da solenidade e foram homenageados: a esposa, Luiza; os filhos Carlos Eduardo Assmann e Anna Luiza Assmann Simonsen; a nora Melissa e o genro Paulo Simonsen, e a neta Sophia, além de Bruno Monti.
LEGADOS
A cerimônia foi conduzida por Alexandre Pelégi, jornalista e assessor de comunicação da ANTP. Ele lembrou que Plínio Assmann assumiu a presidência da Companhia do Metropolitano de São Paulo em 1971, impulsionando as obras desse sistema que seria o primeiro metrô do país.
Contou que Assmann coordenou equipes de engenheiros, técnicos e operários, introduzindo métodos inéditos no país, como a escavação com tatuzão e a implosão do edifício Mendes Caldeira, no centro da cidade. E que priorizou a formação de profissionais, inclusive com viagens ao exterior, e a experiência dos usuários como referência para a operação do metrô.
Em 1977, Plínio idealizou a ANTP, inspirada na europeia União Internacional de Transporte Públicos (UITP), com o objetivo de difundir experiências, formar quadros técnicos e criar um espaço de reflexão sobre transporte público.
Da associação nasceram o congresso, hoje em sua 24ª edição, e a Revista dos Transportes Públicos, publicação que na edição atual – número 157 – traz a reprodução do artigo inaugural de Assmann na publicação, defendendo a integração entre diferentes modos de transporte.
PRÊMIO
Durante o evento, a ANTP anunciou a criação do Prêmio Plínio Assmann de Boas Práticas em Mobilidade Urbana. O prêmio reconhecerá iniciativas e profissionais que contribuem para o transporte público integrado e inovador, estimulando soluções criativas em todo o país. A primeira cerimônia de entrega do troféu está marcada para agosto de 2026.
MEMÓRIA
O engenheiro Peter Alouche, que trabalhou com Assmann no Metrô de São Paulo e foi seu amigo, recordou sua atuação em seminários internacionais, no desenvolvimento de tecnologias pioneiras para o metrô e sua postura diante de incidentes operacionais, transformando desafios em oportunidades de aprendizado coletivo. Alouche destacou ainda a contribuição de Assmann para o debate técnico e democrático no setor de transportes.
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