A 56ª edição da revista Technibus, de outubro de 2002, destacava a chegada dos ônibus híbridos de propulsão diesel-elétrica ao corredor ABD, operado pela Metra, no ABC Paulista. Os três veículos com tecnologia Eletra tinham começado a circular pelo corredor em setembro. Era uma grande inovação, que apontava a busca do transporte coletivo urbano para se tornar mais sustentável. Hoje, os híbridos deram lugar aos ônibus 100% elétricos, que têm dominado as discussões sobre sustentabilidade no setor.
Com carrocerias Urbanuss Pluss da Busscar e chassis Mercedes-Benz O 500U, os híbridos lançados em 2002 tinham eixo dianteiro rígido, suspensão com bolsas de ar e direção hidráulica. O motor de tração era fornecido pela Weg e o a diesel pela Mercedes-Benz. E a tecnologia de propulsão era da Eletra.
A reportagem da Technibus reforçava o caráter pioneiro da Eletra na mobilidade sustentável. “A Eletra está há quatro anos envolvida no desenvolvimento de veículos híbridos. Nesse período, incluindo
o protótipo do Viale (apresentado na edição daquele ano da Fetransrio), a empresa desenvolveu 13 ônibus e um caminhão com a tecnologia híbrida.”
Outra reportagem da Technibus 56 mostrava que veículos de propulsão híbrida para o transporte público urbano já eram relativamente comuns nas grandes cidades dos Estados Unidos, “por economizarem combustível e reduzirem a poluição.” E boa parte desses veículos utilizava a tecnologia Allison Electric Drives EP System, da Allison Transmission. Nova Iorque tinha a maior frota de ônibus híbridos nos Estados Unidos, com 125 veículos.
A Technibus também trazia novidades e destaques apresentados na 4ª Fetransrio, a Feira Rio Transportes. A grande vedete da exposição, que já refletia a crescente preocupação do setor com o meio ambiente, era justamente o modelo Viaje Híbrido assinado pela parceria Marcopolo e Eletra. Mas as atrações da feira foram muitas, como o Giro 3400, lançamento da Caio para o segmento rodoviário. Os micro-ônibus também foram destaque com o Piá da Comil e o Marcopolo Senior, primeiro da categoria com chassi 6×2.
Como é tradição da Technibus, a tecnologia também recebeu especial atenção na edição 56. A revista registrava o início do fornecimento pela Prodata de validadores para a bilhetagem eletrônica de São Paulo, que estava sendo reformulada desde início de 2001, e a tendência do uso de cartões sem contato.
No fretamento, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento e para Turismo (Transfretur) e a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo (Fresp) anunciavam investimentos de US$ 200 mil em uma até então inédita campanha de marketing para “recuperar a verdadeira imagem do setor”, que sofria na época por ser frequentemente confundido com o transporte clandestino.
E a 56ª edição da Technibus apresentava muitos outros temas relevantes como o bom momento do mercado de ônibus em 2002, uma pesquisa que mostrava os desafios do transporte metropolitano em São Paulo e as novidades em mobilidade nos diferentes países.
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