Sustentabilidade

Aracaju recebe 15 ônibus 100% elétricos

A entrega de 15 ônibus 100% elétricos ao sistema de transporte público coletivo de Aracaju ocorreu nesta sexta-feira, 27. A ação coloca a cidade na vanguarda da eletromobilidade no país, como a primeira capital do Nordeste a operar uma frota urbana elétrica, sem aumento no valor da tarifa para a população.

“É uma necessidade do presente e do futuro. Quem respeita o meio ambiente, quer ônibus elétricos. Quem respeita a vida das pessoas, quer ônibus elétricos”, afirmou a prefeita Emília Corrêa. A gestora também ressaltou que a iniciativa responde a uma antiga demanda popular. “Um dos maiores gritos da população de Aracaju era o transporte público. Então agora a cidade dá esse exemplo de mobilidade, de sustentabilidade, de uma frota elétrica. E a nova licitação que estamos conduzindo será feita para atender o povo”, completou.

Os ônibus, que têm capacidade para até 75 passageiros, são do modelo Azure A12BR, da fabricante Tevx Higer, e operam com emissão zero de CO₂ e ruído. Eles possuem piso totalmente baixo, ar-condicionado com saídas individuais, tomadas USB em todos os assentos e espaços reservados para pessoas com mobilidade reduzida.

Durante o período de testes, os ônibus elétricos circularam por diversos bairros da cidade e receberam avaliação positiva da população. A infraestrutura de recarga da frota será composta por sete carregadores elétricos, com o consumo de energia custeado pelas empresas que operam no sistema. Cada uma delas ficará com cinco unidades. O treinamento técnico dos motoristas será realizado pela própria empresa Tevx, garantindo segurança e eficiência desde o início da operação, prevista para julho.

Com a nova gestão, já são 68 ônibus com ar-condicionado já em circulação, o que representa 14% da frota da capital. Pela licitação anterior, essa modernização estava prevista apenas para 2035, com possibilidade de reajuste da tarifa.

Entrega de 15 ônibus elétricos em Aracaju

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Transporte coletivo é solução para reduzir as emissões do Brasil, aponta CNT

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) lançou uma nova edição do Radar CNT do Transporte, com uma análise comparativa das emissões de dióxido de carbono (CO₂) no transporte rodoviário de passageiros. O levantamento destaca as diferenças entre os meios coletivos e individuais, evidenciando o papel fundamental do transporte público como alternativa estratégica para enfrentar os desafios ambientais e sociais no país.

Na última década, de acordo com a publicação, enquanto a população brasileira cresceu cerca de 4,9%, a frota de veículos leves aumentou 41,9%. Esse avanço tem provocado uma redução significativa nas viagens de ônibus, que caíram 44,1% no mesmo período.

O estudo também mostra que, embora os ônibus sejam equivocadamente tidos como mais poluentes por seu grande porte, eles podem emitir cerca de dez vezes menos CO₂ por quantidade de peso útil transportado (TKU) do que os veículos leves no segmento rodoviário de longa distância e seis vezes menos no contexto urbano. Isso se deve à maior capacidade dos veículos coletivos, que conseguem transportar mais passageiros com menor emissão por pessoa ao longo de um quilômetro.

Dessa forma, a priorização do transporte coletivo contribui significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, especialmente do CO2, um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento do planeta. Adicionalmente, a segurança viária também é beneficiada pelo uso de ônibus, já que esses veículos apresentam índices menores de acidentes em comparação a automóveis e motocicletas.

Para incentivar a adoção de um modelo de mobilidade mais sustentável e inclusiva, a CNT propõe uma série de medidas, como ampliação de incentivos financeiros para aumentar a oferta e qualificar o transporte coletivo, integração entre diferentes modais (ônibus, metrô e trens), desenvolvimento de políticas públicas voltadas à promoção do transporte coletivo e readequação de alíquotas do IPVA para veículos individuais mais antigos e poluentes.

A nova edição do Radar CNT do Transporte está disponível para download. Clique aqui e baixe o estudo.

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Detro-RJ inicia testes com ônibus elétrico em linha intermunicipal

A secretaria de transporte e mobilidade urbana do Rio de Janeiro (Setram) e o Detro-RJ inauguraram, nesta segunda-feira (23/06), mais uma iniciativa voltada à transição energética no transporte público intermunicipal fluminense. Um ônibus 100% elétrico começará a rodar em fase de testes na linha 417T – Xerém x Barra da Tijuca, com o objetivo de avaliar desempenho, autonomia e viabilidade da tecnologia em trajetos rodoviários intermunicipais. 

O serviço especial será mais uma ação do programa RJ Mobilidade Sustentável, que também já levou veículos movidos a gás natural e biometano para testes em linhas como Rio x Barra Mansa e Duque de Caxias x Barra da Tijuca. O veículo será incluído na grade ordinária de horários mantidos pela linha. 

A iniciativa busca soluções de transporte que possam aliar eficiência operacional e menor impacto ambiental e faz parte do processo de testes para a futura licitação das linhas intermunicipais do estado, que irá incluir a obrigatoriedade de ônibus movidos a tecnologias mais verdes em seu edital. 

“O governo do estado está atento e comprometido em liderar essa transição com responsabilidade e visão de longo prazo. Com esse projeto piloto, não só estudamos alternativas para a licitação, como também abrimos caminho para uma nova geração de transporte público mais eficiente, limpa e sustentável ”, destacou o secretário de transporte e mobilidade urbana, Washington Reis. 

Eletromobilidade

O ônibus que inicia os testes nesta segunda-feira é um veículo monobloco Azure A12BR 100% elétrico fabricado na China pela Tevx Higer. Com 12 metros de comprimento e equipado com ar-condicionado, o modelo se destaca pela operação silenciosa, ausência de emissões de poluentes e ainda conta com carregadores USB, Wi-Fi, painéis informativos em tempo real, além de total acessibilidade.

O veículo será operado pela empresa Santo Antônio por um período inicial de 30 dias para circulação exclusiva na linha 417T. A operação será acompanhada por técnicos do Detro-RJ e da Setram para coleta de dados que irão ajudar a desenhar os parâmetros do edital de concessão do transporte intermunicipal. 

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Desafios à eletrificação da frota de ônibus na América Latina

Com Renata Veríssimo, da Hamburgo

Flávio Chevis, CEO da Addax e novo presidente do Comitê Global de Economia e Financiamento de Transportes da UITP, abordou as dificuldades em se implementar frotas de ônibus elétricos no Brasil e na América Latina durante a UITP Summit 2025, em Hamburgo. “Não é fácil fazer a eletrificação em nenhum lugar do mundo, nem mesmo na Europa, nos países em que esse processo está bem mais avançado”, avalia.

Flávio Chevis, da Addax

Segundo ele, apesar dos custos de operação serem bem mais baixos nas frotas elétricas, os custos de aquisição dos veículos são altos. “O ativo, que é o ônibus, é muito caro ainda. O preço está em queda e o veículo tem uma vida útil maior, mas mesmo assim, o investimento inicial para uma frota elétrica é muito alto”, destaca.

Chevis lembra que a Europa e a China têm uma forte tradição de programas de subsídios a projetos de transporte coletivo. “Isso faz com que eles consigam implementar essas frotas elétricas mais rapidamente. Já na América Latina, isso ocorre de forma mais lenta. Embora, no Chile (Santiago) e na Colômbia (Bogotá) o ritmo tem sido mais acelerado. Nessas localidades, eles separaram a compra do ativo da operação, em estruturas contratuais distintas, e houve grande atuação dos governos centrais”, diz.

Na avaliação do especialista, com isso, tanto Bogotá quanto Santiago construíram uma estrutura muito robusta, que acelerou o processo de eletrificação. “No Brasil, na maioria dos casos, não tem sido feito assim. São Paulo, por exemplo, utiliza o modelo em que é o mesmo contrato para compra do ônibus e da operação, que é um contrato típico brasileiro.”

Nesse modelo que é adotado em São Paulo e deve ser seguido em Curitiba, as prefeituras fazem aportes de recursos diretamente no contratos (subvenção econômica). “Os municípios buscam recursos mais baratos do tipo green financing junto a instituições financeiras como o BNDES, BID, Banco Mundial, KfW e AFD. E a partir disso, os contratos são licitados. É uma ação inteligente, que requer obviamente a participação pública e alavanca também o lado positivo do ente privado na operação da frota”, pondera.

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Nansen vai instalar o maior eletroterminal de recarga de veículos elétricos no Brasil

A Nansen, fabricante mineira com 95 anos de tradição na produção de medidores de energia elétrica, está finalizando a assinatura de um contrato para a instalação do maior eletroterminal de recarga de veículos elétricos no Brasil, com 23 carregadores de 240 kwh para o carregamento de 46 veículos simultaneamente.

A informação foi dada hoje durante o Frotas Conectadas 2025 por João Pedro Tabelini Domingues, gerente comercial da unidade de negócios de mobilidade elétrica da Nansen, sem revelar o nome da cidade.

A empresa adquirida pela Sanxing Electric Co, que pertence ao grupo chinês AUX, atua em 18 países e, no Brasil, está bem posicionada no sistema de transporte público, segundo o gerente, fornecendo infraestrutura de recarga para sete cidades entre as dez que possuem a maior frota de ônibus elétricos.

O primeiro contrato da empresa foi com a prefeitura de São José dos Campos, no interior de São Paulo, onde o seu eletroterminal está em operação há três anos. São seis carregadores de 200 kwh para o carregamento de mais de 400 ônibus da BYD.

Na cidade de Cascavel, no Paraná, a empresa instalou três eletroterminais de última geração – no terminal sul, leste e oeste –, capazes de carregar até 15 ônibus ao mesmo tempo. Com essa infraestrutura, os veículos podem ser totalmente recarregados em menos de três horas, garantindo eficiência e agilidade para o transporte público.

Na cidade de Salvador, o sistema BRT tem 20 ônibus com recarga simultânea da Nansen e, segundo Domingues, a Semob vai expandir o serviço na cidade com mais frota elétrica. Em São Paulo, a Nansen é a principal parceira na infraestrutura de recarga de ônibus elétricos da cidade, segundo Domingues, com o fornecimento de mais de 140 carregadores para os modelos elétricos em uma frota com mais de 500 veículos em operação.

“A empresa faz todo o dimensionamento da infraestrutura nas cidades e avalia quantos carregadores são necessários e qual a potência dos equipamentos, a partir da análise da dimensão da frota e do tempo de ociosidade da frota do operador para definir o tempo de recarga dos veículos”, afirmou o gerente.

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Iveco Bus participa de debates sobre futuro elétrico no UITP em Hamburgo

A Iveco Bus expõe no congresso da Associação Internacional de Transporte Público (UITP), em Hamburgo, na Alemanha, de 15 a 18 de junho, com um estande de 400 m² (Pavilhão A4) que reflete a abordagem abrangente da marca para apoiar a transição elétrica dos operadores de transporte. O estande apresenta o E-Way, ônibus elétrico de 12 metros movido a bateria, junto com áreas dedicadas à tecnologia e serviços especializados.

Segundo maior player europeu em mobilidade urbana elétrica, com 14,2% dos emplacamentos na Europa em 2024, a marca oferece um ecossistema completo para apoiar todos os projetos de eletrificação, independentemente da escala.

E-Way: projetado para as missões mais exigentes

Em Hamburgo, a linha urbana elétrica da fabricante é representada por um ônibus de 12 metros na versão BRT, com capacidade de 416 kWh. Pode transportar até 95 passageiros, incluindo 24 sentados. Um sistema de câmeras substitui os espelhos retrovisores tradicionais. Completa e flexível, a linha E-Way oferece quatro comprimentos (9,5m, 10,7m, 12m e 18m) e versões BRT chamadas Linium para os modelos de 12 e 18 metros.

A linha E-Way é equipada com cinco a nove pacotes de baterias NMC, cada um com capacidade de 69,3 kWh. Essa tecnologia proporciona mais energia a bordo e densidade energética de 180 Wh/kg. A capacidade estendida da bateria oferece até 400 km de autonomia, dependendo das condições de operação. O motor elétrico Siemens Elfa III fornece potência máxima de 310 kW para os modelos de 9 a 12 metros e 375 kW para a versão articulada.

Serviços especializados

Para a Iveco Bus, oferecer um ecossistema completo é essencial para implantar uma mobilidade elétrica perfeitamente adaptada. Além do fornecimento do veículo, a fabricante oferece soluções prontas para uso que incluem uma gama completa de serviços, desde consultoria para implantação da frota (Energy Mobility Solutions) até ferramentas de gestão digital (Iveco On).

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Viação Santa Cruz testa ônibus rodoviário a gás da Scania

A Viação Santa Cruz inicia um período de testes com o modelo rodoviário movido a GNV/biometano da Scania. Com chassi K340 4×2 e carroceria Marcopolo Paraíso de 14 metros, com capacidade para 46 passageiros, o veículo tem até 450 km de autonomia e vai circular na rota São Paulo-Campinas por 90 dias.

Com motor ciclo Otto produzido na fábrica da Scania de São Bernardo do Campo (SP) e seis cilindros tipo 1 com capacidade de 720 litros, o ônibus rodoviário a gás leva de 15 a 20 minutos para ser abastecido. Segundo a Scania, o ônibus emite menos ruídos e vibrações que o a diesel. Quando abastecido com biometano, a redução de CO² varia de 50% a 90%.

De acordo com Francisco Mazon, CEO da Viação Santo Cruz, as perspectivas em relação ao modelo são muito positivas, e a intenção, caso os testes realmente comprovem essa expectativa, é de ampliar a frota de modelos a gás. Mazon também anunciou a aquisição de 20 chassis Scania K370 4×2, movidos a diesel e com tecnologia Euro 6.

“No transporte rodoviário, o ônibus a gás ainda tem algumas limitações como o espaço menor de bagageiro (em virtude dos cilindros), os custos e a questão do abastecimento. Mas acredito que esses ajustes serão feitos em um prazo não muito longo, e o uso do GNV/biometano vai ser ampliado no setor rodoviário. A Santa Cruz tem por tradição sempre testar as inovações do mercado, o que traz desenvolvimento e crescimento.”

Gustavo Cecchetto, gerente de vendas de soluções de mobilidade da Scania, afirma que o problema de espaço no bagageiro deve ser resolvido com a homologação do cilindro tipo 4, que pode ser colocado em cima da carroceria, liberando mais espaço para as bagagens. “Já os custos por quilômetro têm potencial para serem similares aos do diesel ou até mais baratos”, afirma. O valor de um ônibus movido a gás é de 25% a 30% maior que o modelo a diesel. “Com o ganho de escala, essa diferença vai diminuir bastante”, diz.

O ônibus rodoviário a gás da Scania já foi testado pela Viação Cometa há três anos e agora foi cedido em regime de comodato para a empresa de Mogi Mirim (SP). “Os resultados obtidos pela Cometa foram muito positivos. Na época, porém, o biometano não havia avançado tanto. Hoje vivemos outro momento, e as empresas do setor estão se interessando bastante por essa solução”, comenta Cecchetto.

Para Alex Nucci, diretor de vendas de soluções da Scania, o biometano é um dos principais combustíveis de transição para a descarbonização. “Para distâncias curtas e médias, o gás é uma solução muito forte. Temos visto uma grande crescimento do biometano, sendo que o Noroeste paulista, por exemplo, tem grande potencial de produção”, diz. A Scania já tem 150 ônibus urbanos movidos a gás no Brasil (em fase de produção ou entregues) e 1,5 mil caminhões com a mesma tecnologia.

Henrique Sonja Penha, gerente-executivo de vendas da Comgás, informa que a companhia conta com 240 postos de abastecimento de GNV no estado de São Paulo, sendo 20 de alta vazão, os mais adequados para veículos pesados. Na rota São Paulo-Campinas, na qual serão realizados os testes, existem seis postos de alta vazão.

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Ônibus elétricos registram queda em maio

O mercado de veículos eletrificados no Brasil registrou forte alta em maio, com 16.641 unidades vendidas, o que representa um crescimento de 12,7% em relação a abril (14.759). Na comparação com maio de 2024 (13.612), houve crescimento de 22,25%, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

No segmento de ônibus, foram emplacados 24 modelos elétricos em maio, o que representa uma retração de 73% em relação a abril, quando foram vendidas 79 unidades. Apesar da queda no comparativo mensal, houve um crescimento expressivo de 167% frente a maio de 2024.

Diferentemente do mercado de veículos leves, as vendas de ônibus elétricos ainda não apresentam um padrão de crescimento linear. As oscilações mensais são esperadas e refletem o estágio inicial da transição rumo à descarbonização do transporte público nos municípios brasileiros.

No acumulado de janeiro a maio, o Brasil já contabiliza 272 unidades de ônibus elétricos vendidos, o que corresponde a um aumento de 130,5% em relação ao mesmo período de 2024.

O governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado às cidades, tem promovido incentivos à adoção de frotas elétricas, contribuindo diretamente para o avanço da mobilidade sustentável no transporte coletivo urbano.

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Prefeitura de SP assina protocolo para novo sistema de carregamento de ônibus elétricos

A prefeitura de São Paulo assinou um protocolo de intenções com as empresas Matrix Energia e a Huawei para implementar o BESS (Battery Energy Storage System). O sistema BESS é composto por um conjunto de baterias de grande porte integradas a carregadores ultrarrápidos, instalados nas garagens dos ônibus.

O objetivo é garantir a infraestrutura necessária para o carregamento da frota de ônibus elétricos de São Paulo, sem custos para a gestão municipal, uma vez que o BESS multiplica por até seis vezes a capacidade de recarga atual das garagens. Com um único módulo BESS (4,5 MWh) é possível carregar ao menos 29 ônibus.O modelo já é usado com sucesso na China e foi anunciado como alternativa na capital pelo prefeito Ricardo Nunes após visita ao centro de pesquisa da Huawei em Xangai.

“Os novos equipamentos trazem um avanço tecnológico importante para a cidade, modernizando o processo de recarga dos ônibus, o que irá resultar em maior agilidade na renovação da frota sustentável. Isso vai permitir viagens mais confortáveis e, ao mesmo tempo, colaborar com um ar mais limpo para toda São Paulo”, afirma o presidente da SPTrans, Victor Hugo Borges.

“Essa iniciativa, não só atende às demandas atuais por energia renovável, mas também estabelece novos padrões de eficiência e sustentabilidade, revolucionando o mercado energético e provando que soluções inovadoras são essenciais para o futuro”, disse o CEO da Matrix Energia, Rubens Misorelli. “Há dois anos a Huawei e a Matrix firmaram uma parceria para desenvolver, no Brasil, sistemas de grande capacidade de armazenamento de energia (BESS). Essa tecnologia avançou bastante em outros países, com projetos bem sucedidos na eletrificação da mobilidade”, afirmou o CEO da Huawei Digital Power, Simon Tsui.

Bess funciona como um power bank 

Na prática, o BESS funciona como um power bank, que armazena a eletricidade ao longo do dia para liberá-la rapidamente no horário de recarga da frota de ônibus elétricos. A energia armazenada é controlada por meio de uma plataforma digital, que permite que as concessionárias façam a distribuição e o consumo de forma mais eficiente.

Além disso, as concessionárias de ônibus podem monitorar em tempo real o desempenho e o uso energético em suas garagens. A solução ainda permite o carregamento dos ônibus elétricos por um período adicional de até três horas, uma vez totalmente carregadas as baterias, em casos de interrupções de fornecimento de energia elétrica. 

A energia disponível não consumida pelos operadores do transporte coletivo será armazenada e utilizada para carregamento da frota elétrica de ônibus, reduzindo custos e dependência da rede convencional.

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Volkswagen alcança 100% de uso de energia elétrica renovável certificada

A Volkswagen Caminhões e Ônibus utiliza 100% de energia elétrica certificada nas operações, economizando cada vez mais recursos naturais, e reduziu em cerca de 30% o consumo de água e energia. Além disso, a marca é responsável pelo desenvolvimento do primeiro tanque brasileiro de Arla 32 composto de matéria-prima renovável e reduziu em 90% seu índice de emissões de carbono associadas ao uso de energia elétrica das fábricas, centro de distribuição e escritórios

Para alcançar o marco de 100% de energia elétrica limpa, os esforços da montadora incluíram a priorização da compra de energia proveniente de fontes renováveis certificadas pelo sistema global de rastreabilidade de atributos de energia renovável (I-REC). Este avanço veio acompanhado de outros ganhos registrados no uso consciente de recursos naturais e redução de emissões em cerca de 90% comparado a 2021. Os indicadores caíram para 263,55 tCO₂e.

“Atrelada ao compromisso com a sustentabilidade, a busca por inovação nos permite avançar em nosso objetivo de desvincular o crescimento da marca do aumento da utilização de recursos. Estamos sempre atentos às melhorias que podemos aplicar. Essas adaptações, por menores que pareçam, nos permitiram reduzir em 26% o uso de energia, 28% o consumo de água e 22% na geração de resíduos no intervalo de 2023 a 2024”, explica Priscila Rocha, gerente de sustentabilidade da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

As ações da montadora não se restringem à redução do uso de recursos. Graças ao investimento em pesquisas, a companhia é responsável pelo desenvolvimento do primeiro tanque de Arla 32 com bioplástico derivado da cana-açúcar. Em 2024, a iniciativa evitou emissão de 1.150 toneladas de CO2e na atmosfera e reduziu em 20% o consumo de energia elétrica para produção da peça, reduzindo também os custos operacionais.

Sustentabilidade em ação

Em sua linha de produção, iniciativas com a premissa sustentável também são disseminadas entre os operadores e dialogam diretamente com o tema proposto pela Organização das Nações Unidas para o Dia do Meio Ambiente de 2025: o combate à poluição plástica. Neste sentido, os parceiros do Consórcio Modular, com o apoio da VW Caminhões e Ônibus, promovem um projeto para separação de materiais na área produtiva da fábrica de Resende, tais como presilhas e tampas.

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