Sustentabilidade

Iveco Bus participa de debates sobre futuro elétrico no UITP em Hamburgo

A Iveco Bus expõe no congresso da Associação Internacional de Transporte Público (UITP), em Hamburgo, na Alemanha, de 15 a 18 de junho, com um estande de 400 m² (Pavilhão A4) que reflete a abordagem abrangente da marca para apoiar a transição elétrica dos operadores de transporte. O estande apresenta o E-Way, ônibus elétrico de 12 metros movido a bateria, junto com áreas dedicadas à tecnologia e serviços especializados.

Segundo maior player europeu em mobilidade urbana elétrica, com 14,2% dos emplacamentos na Europa em 2024, a marca oferece um ecossistema completo para apoiar todos os projetos de eletrificação, independentemente da escala.

E-Way: projetado para as missões mais exigentes

Em Hamburgo, a linha urbana elétrica da fabricante é representada por um ônibus de 12 metros na versão BRT, com capacidade de 416 kWh. Pode transportar até 95 passageiros, incluindo 24 sentados. Um sistema de câmeras substitui os espelhos retrovisores tradicionais. Completa e flexível, a linha E-Way oferece quatro comprimentos (9,5m, 10,7m, 12m e 18m) e versões BRT chamadas Linium para os modelos de 12 e 18 metros.

A linha E-Way é equipada com cinco a nove pacotes de baterias NMC, cada um com capacidade de 69,3 kWh. Essa tecnologia proporciona mais energia a bordo e densidade energética de 180 Wh/kg. A capacidade estendida da bateria oferece até 400 km de autonomia, dependendo das condições de operação. O motor elétrico Siemens Elfa III fornece potência máxima de 310 kW para os modelos de 9 a 12 metros e 375 kW para a versão articulada.

Serviços especializados

Para a Iveco Bus, oferecer um ecossistema completo é essencial para implantar uma mobilidade elétrica perfeitamente adaptada. Além do fornecimento do veículo, a fabricante oferece soluções prontas para uso que incluem uma gama completa de serviços, desde consultoria para implantação da frota (Energy Mobility Solutions) até ferramentas de gestão digital (Iveco On).

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Viação Santa Cruz testa ônibus rodoviário a gás da Scania

A Viação Santa Cruz inicia um período de testes com o modelo rodoviário movido a GNV/biometano da Scania. Com chassi K340 4×2 e carroceria Marcopolo Paraíso de 14 metros, com capacidade para 46 passageiros, o veículo tem até 450 km de autonomia e vai circular na rota São Paulo-Campinas por 90 dias.

Com motor ciclo Otto produzido na fábrica da Scania de São Bernardo do Campo (SP) e seis cilindros tipo 1 com capacidade de 720 litros, o ônibus rodoviário a gás leva de 15 a 20 minutos para ser abastecido. Segundo a Scania, o ônibus emite menos ruídos e vibrações que o a diesel. Quando abastecido com biometano, a redução de CO² varia de 50% a 90%.

De acordo com Francisco Mazon, CEO da Viação Santo Cruz, as perspectivas em relação ao modelo são muito positivas, e a intenção, caso os testes realmente comprovem essa expectativa, é de ampliar a frota de modelos a gás. Mazon também anunciou a aquisição de 20 chassis Scania K370 4×2, movidos a diesel e com tecnologia Euro 6.

“No transporte rodoviário, o ônibus a gás ainda tem algumas limitações como o espaço menor de bagageiro (em virtude dos cilindros), os custos e a questão do abastecimento. Mas acredito que esses ajustes serão feitos em um prazo não muito longo, e o uso do GNV/biometano vai ser ampliado no setor rodoviário. A Santa Cruz tem por tradição sempre testar as inovações do mercado, o que traz desenvolvimento e crescimento.”

Gustavo Cecchetto, gerente de vendas de soluções de mobilidade da Scania, afirma que o problema de espaço no bagageiro deve ser resolvido com a homologação do cilindro tipo 4, que pode ser colocado em cima da carroceria, liberando mais espaço para as bagagens. “Já os custos por quilômetro têm potencial para serem similares aos do diesel ou até mais baratos”, afirma. O valor de um ônibus movido a gás é de 25% a 30% maior que o modelo a diesel. “Com o ganho de escala, essa diferença vai diminuir bastante”, diz.

O ônibus rodoviário a gás da Scania já foi testado pela Viação Cometa há três anos e agora foi cedido em regime de comodato para a empresa de Mogi Mirim (SP). “Os resultados obtidos pela Cometa foram muito positivos. Na época, porém, o biometano não havia avançado tanto. Hoje vivemos outro momento, e as empresas do setor estão se interessando bastante por essa solução”, comenta Cecchetto.

Para Alex Nucci, diretor de vendas de soluções da Scania, o biometano é um dos principais combustíveis de transição para a descarbonização. “Para distâncias curtas e médias, o gás é uma solução muito forte. Temos visto uma grande crescimento do biometano, sendo que o Noroeste paulista, por exemplo, tem grande potencial de produção”, diz. A Scania já tem 150 ônibus urbanos movidos a gás no Brasil (em fase de produção ou entregues) e 1,5 mil caminhões com a mesma tecnologia.

Henrique Sonja Penha, gerente-executivo de vendas da Comgás, informa que a companhia conta com 240 postos de abastecimento de GNV no estado de São Paulo, sendo 20 de alta vazão, os mais adequados para veículos pesados. Na rota São Paulo-Campinas, na qual serão realizados os testes, existem seis postos de alta vazão.

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Ônibus elétricos registram queda em maio

O mercado de veículos eletrificados no Brasil registrou forte alta em maio, com 16.641 unidades vendidas, o que representa um crescimento de 12,7% em relação a abril (14.759). Na comparação com maio de 2024 (13.612), houve crescimento de 22,25%, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

No segmento de ônibus, foram emplacados 24 modelos elétricos em maio, o que representa uma retração de 73% em relação a abril, quando foram vendidas 79 unidades. Apesar da queda no comparativo mensal, houve um crescimento expressivo de 167% frente a maio de 2024.

Diferentemente do mercado de veículos leves, as vendas de ônibus elétricos ainda não apresentam um padrão de crescimento linear. As oscilações mensais são esperadas e refletem o estágio inicial da transição rumo à descarbonização do transporte público nos municípios brasileiros.

No acumulado de janeiro a maio, o Brasil já contabiliza 272 unidades de ônibus elétricos vendidos, o que corresponde a um aumento de 130,5% em relação ao mesmo período de 2024.

O governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado às cidades, tem promovido incentivos à adoção de frotas elétricas, contribuindo diretamente para o avanço da mobilidade sustentável no transporte coletivo urbano.

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Prefeitura de SP assina protocolo para novo sistema de carregamento de ônibus elétricos

A prefeitura de São Paulo assinou um protocolo de intenções com as empresas Matrix Energia e a Huawei para implementar o BESS (Battery Energy Storage System). O sistema BESS é composto por um conjunto de baterias de grande porte integradas a carregadores ultrarrápidos, instalados nas garagens dos ônibus.

O objetivo é garantir a infraestrutura necessária para o carregamento da frota de ônibus elétricos de São Paulo, sem custos para a gestão municipal, uma vez que o BESS multiplica por até seis vezes a capacidade de recarga atual das garagens. Com um único módulo BESS (4,5 MWh) é possível carregar ao menos 29 ônibus.O modelo já é usado com sucesso na China e foi anunciado como alternativa na capital pelo prefeito Ricardo Nunes após visita ao centro de pesquisa da Huawei em Xangai.

“Os novos equipamentos trazem um avanço tecnológico importante para a cidade, modernizando o processo de recarga dos ônibus, o que irá resultar em maior agilidade na renovação da frota sustentável. Isso vai permitir viagens mais confortáveis e, ao mesmo tempo, colaborar com um ar mais limpo para toda São Paulo”, afirma o presidente da SPTrans, Victor Hugo Borges.

“Essa iniciativa, não só atende às demandas atuais por energia renovável, mas também estabelece novos padrões de eficiência e sustentabilidade, revolucionando o mercado energético e provando que soluções inovadoras são essenciais para o futuro”, disse o CEO da Matrix Energia, Rubens Misorelli. “Há dois anos a Huawei e a Matrix firmaram uma parceria para desenvolver, no Brasil, sistemas de grande capacidade de armazenamento de energia (BESS). Essa tecnologia avançou bastante em outros países, com projetos bem sucedidos na eletrificação da mobilidade”, afirmou o CEO da Huawei Digital Power, Simon Tsui.

Bess funciona como um power bank 

Na prática, o BESS funciona como um power bank, que armazena a eletricidade ao longo do dia para liberá-la rapidamente no horário de recarga da frota de ônibus elétricos. A energia armazenada é controlada por meio de uma plataforma digital, que permite que as concessionárias façam a distribuição e o consumo de forma mais eficiente.

Além disso, as concessionárias de ônibus podem monitorar em tempo real o desempenho e o uso energético em suas garagens. A solução ainda permite o carregamento dos ônibus elétricos por um período adicional de até três horas, uma vez totalmente carregadas as baterias, em casos de interrupções de fornecimento de energia elétrica. 

A energia disponível não consumida pelos operadores do transporte coletivo será armazenada e utilizada para carregamento da frota elétrica de ônibus, reduzindo custos e dependência da rede convencional.

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Volkswagen alcança 100% de uso de energia elétrica renovável certificada

A Volkswagen Caminhões e Ônibus utiliza 100% de energia elétrica certificada nas operações, economizando cada vez mais recursos naturais, e reduziu em cerca de 30% o consumo de água e energia. Além disso, a marca é responsável pelo desenvolvimento do primeiro tanque brasileiro de Arla 32 composto de matéria-prima renovável e reduziu em 90% seu índice de emissões de carbono associadas ao uso de energia elétrica das fábricas, centro de distribuição e escritórios

Para alcançar o marco de 100% de energia elétrica limpa, os esforços da montadora incluíram a priorização da compra de energia proveniente de fontes renováveis certificadas pelo sistema global de rastreabilidade de atributos de energia renovável (I-REC). Este avanço veio acompanhado de outros ganhos registrados no uso consciente de recursos naturais e redução de emissões em cerca de 90% comparado a 2021. Os indicadores caíram para 263,55 tCO₂e.

“Atrelada ao compromisso com a sustentabilidade, a busca por inovação nos permite avançar em nosso objetivo de desvincular o crescimento da marca do aumento da utilização de recursos. Estamos sempre atentos às melhorias que podemos aplicar. Essas adaptações, por menores que pareçam, nos permitiram reduzir em 26% o uso de energia, 28% o consumo de água e 22% na geração de resíduos no intervalo de 2023 a 2024”, explica Priscila Rocha, gerente de sustentabilidade da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

As ações da montadora não se restringem à redução do uso de recursos. Graças ao investimento em pesquisas, a companhia é responsável pelo desenvolvimento do primeiro tanque de Arla 32 com bioplástico derivado da cana-açúcar. Em 2024, a iniciativa evitou emissão de 1.150 toneladas de CO2e na atmosfera e reduziu em 20% o consumo de energia elétrica para produção da peça, reduzindo também os custos operacionais.

Sustentabilidade em ação

Em sua linha de produção, iniciativas com a premissa sustentável também são disseminadas entre os operadores e dialogam diretamente com o tema proposto pela Organização das Nações Unidas para o Dia do Meio Ambiente de 2025: o combate à poluição plástica. Neste sentido, os parceiros do Consórcio Modular, com o apoio da VW Caminhões e Ônibus, promovem um projeto para separação de materiais na área produtiva da fábrica de Resende, tais como presilhas e tampas.

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ViaQuatro e ViaMobilidade avançam na reciclagem de resíduos  

No primeiro trimestre deste ano, as concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade coletaram juntas mais de 800 toneladas de resíduos, dos quais 136 toneladas foram destinadas à reciclagem. Em 2024, as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, acumularam mais de 3,5 milhões toneladas de resíduos, representando uma redução de quase 176%, em comparação a 2023, quando o volume recolhido nas vias, estações e arredores chegou a cerca de nove milhões.

Essa queda expressiva é resultado de ações implementadas pelas empresas, como coleta seletiva nas quatro linhas, por exemplo. Já nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda também houve, em março, a instalação de coletores de bitucas de cigarro nas entradas das estações. Apenas no segundo mês de funcionamento desses coletores, os agentes ambientais da concessionária recolheram quase 20 quilos de bitucas, indicando uma redução significativa no descarte inadequado desses resíduos.

As concessionárias também promovem, constantemente, campanhas de conscientização, com informativos, cartazes e ações educativas que incentivam o uso consciente de recursos e o descarte correto, com adoção hábitos mais sustentáveis, como a redução do uso de plásticos descartáveis e a escolha de opções de transporte mais ecológicas.

Em 2024, foram recolhidas mais de 814 toneladas de resíduos das estações e áreas administrativas da Linha 4-Amarela — uma redução de cerca de 15% em relação a 2023, que registrou 965,23 toneladas. Na Linha 5-Lilás, o destaque foi o ano de 2023, quando a concessionária bateu recorde de reciclagem com 1.481,39 toneladas provenientes de um leilão de sucata metálica. Já em 2024, foram descartadas aproximadamente 658 toneladas.

Nas linhas 8 e 9, o volume total em 2023 foi de 7.254,17 toneladas, e em 2024 caiu para 2.077,12 toneladas. Mesmo com a redução, o volume ainda é expressivo. Desde o início da concessão dessas linhas, foram retiradas 471,54 toneladas de resíduos descartados irregularmente no entorno das estações.

A separação dos itens recicláveis é realizada por fornecedores parceiros. Entre os itens mais recolhidos nos trilhos estão entulhos, móveis quebrados, podas e restos de árvores, galhos e lixo doméstico. O acúmulo desses resíduos nas ferrovias pode comprometer a circulação dos trens, aumentar a presença de pragas, roedores e animais que proliferam doenças. A preocupação com a limpeza é constante, pois o excesso de lixo também compromete a drenagem da água em épocas de chuvas.

Logística reversa 

Os bons resultados obtidos demonstram o sucesso das iniciativas da ViaQuatro e ViaMobilidade. Nos últimos três anos, a Linha 4-Amarela reciclou 50,12% de todo o lixo gerado. A Linha 5-Lilás alcançou 89,75%, enquanto as linhas 8 e 9 registraram 40% de reciclagem no mesmo período.

Nas estações da ViaQuatro, os pontos de coleta seletiva estão divididos em cestos azuis, para resíduos recicláveis limpos e secos, e cinzas, para resíduos úmidos, orgânicos e não recicláveis. Cerca de 20% de tudo o que é descartado nas estações é reaproveitado e destinado a cooperativas e instituições especializadas em reciclagem.

No pátio Presidente Altino, da ViaMobilidade, há coletores coloridos distribuídos por áreas externas, internas, de manutenção e administrativas, incentivando colaboradores a descartarem corretamente os resíduos. Os materiais recicláveis são direcionados para a central de resíduos, onde são separados antes de seguir para a destinação final. Já os resíduos pesados são enviados a cooperativas parceiras. 

Todo óleo de lubrificação da manutenção que é utilizado pelos trens das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda também é reaproveitado e passa por um processo chamado rerrefino, que consiste no reaproveitamento dessa matéria-prima para transformação em um novo óleo. Essa solução traz vantagens econômicas para as empresas, além de benefícios para o meio ambiente. Outra iniciativa importante é o reaproveitamento de uniformes em bom estado. Após passarem por higienização, desfibramento e reciclagem, cerca de 90% do tecido são recuperados e transformados em mantas para veículos e novos uniformes.

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Pirelli inaugura centro logístico em Campinas

A Pirelli inaugurou o Centro Logístico de Armazenamento de Pneus e Matérias-Primas, no polo produtivo de Campinas, no estado de São Paulo, última e importante etapa do ciclo de investimentos de R$150 milhões previstos pelo plano industrial da empresa na localidade.

Com o lançamento da pedra fundamental em março de 2024, o projeto do novo armazém é resultado de uma parceria entre a Pirelli, a empresa de soluções imobiliárias TZI Properties e a empresa de investimentos Galápagos Capital. Construído pela Monto Engenharia, empresa do Grupo Monto, em uma área de 55.800 metros quadrados, o novo centro está localizado dentro da fábrica de Campinas e, portanto, evitará aproximadamente 5.000 transportes por ano e as emissões de CO₂ relacionadas.

O armazém está equipado com iluminação Led e estações de carregamento para empilhadeiras e transpaleteiras, todas elétricas. O espaço foi projetado em linha com o objetivo da Pirelli de criar “fábricas belas” e não apenas ambientes de trabalho funcionais. Com esse objetivo, o artista Adonis Alcici foi encarregado de instalar uma obra de arte em 200 m² das fachadas do armazém.

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Iveco Bus exibe chassi movido a gás natural e biometano no Espírito Santo

A Iveco Bus oferece globalmente um portfólio multienergético e, na América Latina, a estratégia em direção à descarbonização leva em conta o grande potencial de aplicação de gás natural e biometano no transporte urbano da região. A solução, que integra o chassi BUS 17-210 G, vai ao encontro da infraestrutura já existente nas cidades brasileiras com distribuição de GNV, além de ser uma alternativa econômico-financeira viável para o transporte sustentável.

A convite da ES Gás a Iveco Bus exibe o modelo durante a Modal Expo, feira de negócios do setor de logística, transporte e comércio exterior do Espírito Santo, de 3 a 5 de junho, no Pavilhão de Carapina, em Serra.

Além da exposição, a marca também participará, no dia 4, do painel “Além da Teoria: Como os motores a gás estão conduzindo a transição energética no Brasil”. Na oportunidade, serão apresentados os benefícios do modelo, que é capaz de reduzir as emissões de CO2 em até 95%, com o uso de biometano, e proporcionar uma economia de custos com combustível de até 40%, na comparação com o diesel. 

“A América Latina apresenta uma grande oferta de gás natural. A ampliação dos chamados corredores verdes no Brasil consolida a disponibilidade do combustível, posicionando o ônibus movido a gás natural e biometano como uma interessante alternativa para metas de descarbonização no transporte urbano”, afirma Marcio Querichelli, presidente da Iveco para a América Latina.

BUS 17-210 G

Com motorização posicionada na dianteira do veículo, o que garante uma manutenção otimizada, e opção para até 9 cilindros para armazenamento, o chassi BUS 17-210 G vem equipado com o motor FPT N60 CNG de 210 cv de potência e 760 Nm de torque. O conjunto robusto e de alta capacidade, já reconhecido da Iveco Bus, assegura performance e rendimento no dia a dia, com potência e torque máximo em qualquer percurso. 

O modelo entrega autonomia de até 350 quilômetros, garantindo a operação em rotas de longo alcance em regiões metropolitanas. O tempo de abastecimento é rápido e pode ser realizado em cerca de 20 minutos, assegurando a flexibilidade nas garagens e menor tempo de ônibus parado.

Em operação, o uso do gás natural entrega outras vantagens ambientais, como reduções de 90% do dióxido de nitrogênio (NO2) e de 10% de dióxido carbono (CO2). Além disso, o chassi tem custo competitivo, o que o torna acessível para sistemas de transporte do Brasil e da América Latina. Dentre as cidades já atendidas pela rede de gás canalizado da ES Gás no Espírito Santo estão a capital Vitória, os municípios de Vila Velha, Serra e Cariacica, na região metropolitana, além de Cachoeiro do Itapemirim, Linhares, São Mateus, Aracruz e Colatina.

Paulo Kazuto, especialista de marketing produto da Iveco Bus, explica que o BUS 17-210 G considera detalhes importantes no cálculo do Custo Total de Propriedade (TCO). “Nosso chassi é uma alternativa para cidades que demandam soluções factíveis por descarbonização. Com autonomia compatível e alta capacidade de armazenamento, o BUS 17-210 G tem abastecimento rápido, podendo ser facilmente aplicado em diferentes rotas e perfis de frota”, afirma Kazuto, ressaltando que o modelo está em fase de validação para chegada ao mercado brasileiro.

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Frota de ônibus elétricos na América Latina cresceu 13% em 2024

A frota de ônibus elétricos em circulação na América Latina chegou a 6.055, o que representa um crescimento de 13% em relação ao ano anterior. Em maio de 2025, esse número já chegou a 6.747 veículos, de acordo com o levantamento da Aliança Zebra. A frota cresceu substancialmente desde 2017—quando era composta por apenas 801 veículos, quase todos trólebus—com uma taxa média de crescimento de 33,5% ao ano.

Esse crescimento foi inicialmente impulsionado pela introdução de ônibus elétricos a bateria (BEB) no Chile e na Colômbia, seguidos por Brasil e México. A frota de trólebus, concentrada no Brasil e no México, se expandiu de maneira mais limitada, mas ainda representava 17% de todos os ônibus elétricos na América Latina em 2024.

Esse cenário acompanha o crescimento da frota paulistana e a aceleração da transição em outras cidades brasileiras, fatores que contribuíram para o Brasil alcançar o terceiro lugar no ranking de países da América Latina com maior número de ônibus elétricos em operação, atrás apenas do Chile e do México, líderes na adoção da tecnologia.

O número de ônibus elétricos na cidade de São Paulo saltou de 460 no ano passado, e para 789 em 2025. Deste total, 588 são elétricos movidos a bateria e 201 são trólebus alimentados por rede aérea. Este importante passo rumo à mobilidade urbana sustentável foi destaque do estudo “Implantação de ônibus elétricos na cidade de São Paulo”. O estudo completo está disponível para acesso no site da plataforma E-Bus Radar, que monitora a adoção de ônibus elétricos em diversas cidades da América Latina.

Na avaliação da entidade, os números nacionais evidenciam o impacto das políticas públicas locais e do modelo de financiamento adotado, consolidando o país como um polo em expansão na mobilidade sustentável.

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Empresa RIO rumo ao consumo de energia totalmente renovável

Prestes a completar 80 anos de atividades, em janeiro de 2026, a RIO decidiu garantir o uso de fontes renováveis e descarbonizadas de energia. A empresa já recebeu os certificados de energia renovável Internacional (I-REC), referentes ao primeiro trimestre de 2025, assegurando para stakeholders internos e externos a utilização auditada de energia hidrelétrica.

O I-REC é um sistema que certifica a energia renovável, comprovando a origem sustentável da eletricidade consumida por uma empresa. Funciona como um título, em que os I-REC são certificados e registrados internacionalmente, pelo Instituto Totum, possuindo validade para qualificar o consumo 100% limpo de acordo com as regras do mercado. Eles garantem o rastreamento da origem renovável da energia consumida, por isso, podem ser usados como forma de abatimento das emissões de gases do efeito estufa (GEE). Cada certificado corresponde a 1 MWh (megawatt-hora) de energia gerada, portanto, não há um único certificado, mas diversos certificados que, juntos, equivalem ao consumo de determinado período.

“A RIO optou pela aquisição de I-REC trimestralmente, em vez do modelo anual. Aguardamos o recebimento dos certificados do primeiro trimestre de 2025 para celebrar essa conquista, validando a redução de 36% das emissões da empresa”, afirma Clebson Ferreira, gerente técnico da RIO.

O processo começou com a realização do Inventário de gases do efeito estufa em 2024, incluindo os dados retroativos de 2023. O levantamento permitiu classificar a origem dos mecanismos geradores de emissões, a partir de três categorias utilizadas internacionalmente: emissões geradas diretamente pela empresa (Escopo 1), emissões geradas indiretamente por meio de energia comprada (Escopo 2), e emissões indiretas que ocorrem na cadeia de valor de uma empresa (Escopo 3).

Com o Inventário, foi possível saber exatamente a origem das emissões e definir as ações a serem tomadas. Em relação ao escopo total de emissões, 36% delas provinham do consumo de energia elétrica. “A RIO chegará ao próximo aniversário sem emissão de carbono no Escopo 2”, explica Rogério C. Pereira, coordenador da qualidade e meio ambiente da empresa.

Os certificados fazem parte de uma estratégia mais ampla da empresa de ser reconhecida por práticas ESG. Inicialmente, os investimentos nesse sentido foram concentrados na Gestão Ambiental, com foco na obtenção da ISO 14001. A partir desse pilar, estão sendo definidos os próximos passos para tornar a empresa cada vez mais sustentável.

Entre as principais iniciativas a serem adotadas estão a elaboração da Matriz de Materialidade e a definição dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), vinculados a ela. Isso ajudará a definir as próximas iniciativas e orientará as necessidades de investimento.

Alguns investimentos serão destinados a novas práticas de sustentabilidade, exigências de mercado e ajustes de legislação, ou deverão ocorrer por estratégia competitiva. Um exemplo é a adaptação ao Carbon Border Adjustment Mechanism (CBAM), mecanismo de taxação de carbono aduaneiro para produtos exportados para a União Europeia (UE).

Outra prioridade será a produção do primeiro Relatório de Sustentabilidade, de acordo com os requisitos da International Financial Reporting Standards (IFRS), que estabelece a divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade (IFRS S1) e divulgações relacionadas ao clima (IFRS S2). “Por estar listada na B3, a RIO terá a obrigação legal de, a partir do próximo ano, produzir o seu relatório de sustentabilidade. Decidimos testar o modelo neste ano, de forma voluntária, para aprimorar o processo em 2026”, conclui.

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