Technibus – Como está o mercado de fretamento corporativo?
Júlio César Diniz – O mercado de fretamento continua desafiador e a manutenção dos negócios tem sido por meio da superação dos desafios, mas estamos atentos às mudanças e adaptando nossas estratégias para atender às novas demandas. Com planejamento, buscamos antecipar as necessidades dos clientes.
Technibus – O mercado de fretamento se recuperou da crise causada pela pandemia?
Júlio César Diniz – Em volume, o fretamento superou as perdas causadas pela pandemia, mas os prejuízos ainda não foram recuperados, principalmente na recomposição dos preços dos ônibus que tiveram aumento expressivos.
Technibus – E a Rouxinol, conseguiu se recuperar?
Júlio César Diniz – Em termos de volume sim, tivemos o privilégio de conquistar novos clientes, mas ainda estamos sofrendo com a dificuldade de recomposição dos preços.
Technibus – Como está a demanda pelo serviço de fretamento?
Júlio César Diniz – A pandemia como qualquer crise, purificou o mercado, as empresas menos preparadas e estruturadas acabaram ficando pelo caminho, mas nos tornamos mais fortes para enfrentar novos desafios e adaptarmos. Em geral a demanda está nos níveis pré-pandemia. Os pontos positivos do setor estão na crescente ênfase em soluções de transporte que priorizam a segurança, sustentabilidade e a flexibilidade.
Technibus – Qual a sua expectativa para os últimos meses de 2024?
Júlio César Diniz – A expectativa é boa, as indústrias precisam acelerar para entregar bons números e sinalizar o planejamento para 2025. Estamos preparados para oferecer o melhor suporte possível aos nossos clientes.
Technibus – Entre os setores que a Rouxinol atende, qual está com maior demanda neste ano?
Júlio César Diniz – Este ano podemos destacar o setor automotivo que vem trabalhando forte e com demandas extras, em fase de recuperação e expansão; em seguida o setor de alimentação.
Technibus – Como está o desempenho da Rouxinol neste ano?
Júlio César Diniz – Além de fidelizarmos nossos contratos com 20 grandes companhias, sendo 17 multinacionais, este ano conquistamos mais um contrato com uma grande multinacional do setor de alimentação.
Technibus – A Rouxinol comprou novos ônibus neste ano?
Júlio César Diniz – Foram adquiridos 40 ônibus Mercedes Benz, entre modelos executivo e convencionais, micro-ônibus e vans para atender o novo cliente, e parte para a renovação da frota. Os novos ônibus têm carrocerias Marcopolo e Comil Campione e estamos observando as oportunidades de renovações com as mais recentes inovações em conforto e segurança.
Technibus – Quantos ônibus a Rouxinol têm na frota? Qual o quadro de funcionários?
Júlio César Diniz – Atualmente são 330 ônibus, todos Mercedes-Benz, modelos OF 1722 e O-500R, sendo 58% com carroceria Comil Campione, 40% Marcopolo G8 e 2% Busscar. Os micros são 100% Mercedes-Benz com carroceria Marcopolo Senior e os cinco modelos de Sprinter são na versão 416 CDI. Atualmente, temos 680 colaboradores, sendo 480 motoristas.
Technibus – Onde circulam estes veículos?
Júlio César Diniz – Na região metropolitana de Belo Horizonte e na região central de Minas Gerais (Congonhas, Lafaiete, Ouro Branco, Jeceaba, Nova Lima, Sabara e Caetés).
Technibus – Quais os planos da Rouxinol para o final deste ano?
Júlio César Diniz – Nossos desafios estão na gestão e inovação, gostamos de analisar as metas traçadas no início do ano e fazer uma análise do que foi alcançado e o que ainda podemos fazer este ano para alcançá-las.
Technibus – Outra empresa, a Sudoestino, também passou por renovação de frota?
Júlio César Diniz – Sim, as marcas e modelos são os mesmos utilizados em nossos veículos da Rouxinol. Foram comprados dois ônibus Mercedes-Benz com carroceria Comil.
Technibus – Onde circulam os ônibus da Sudoestino?
Júlio César Diniz – A Sudoestino opera entra as principais cidades do sudoeste de Minas, Passos, Piumhi, Capitólio, Furnas, Itaú de Minas, São João Batista Gloria e Delfinópolis.
Technibus – A Sudoestino tem operação de fretamento para o turismo também?
Júlio César Diniz – Possui sim, a operação de fretamento eventual para o turismo, e está preparando para o fretamento contínuo.
Technibus – Quantos veículos a Sudoestino tem em sua frota?
Júlio César Diniz – São 17 ônibus Mercedes-Benz, sendo 60% com carroceria Marcopolo e 40% com carroceria Comil.
Technibus – Qual o maior desafio enfrentado pelas empresas de fretamento? E especificamente para a Rouxinol?
Júlio César Diniz – Acredito ser a falta de mão de obra qualificada, especialmente no caso de motoristas. E a necessidade de adaptação em virtude das mudanças rápidas ocorridas no mercado. A Rouxinol busca crescer, mas sempre mantendo o nível de qualidade, implementando novas tecnologias e processos para atender as expectativas dos clientes