Em Juiz de Fora (MG) e Santo Domingo (Equador), a adoção de soluções digitais permitiu ampliar a capacidade de resposta dos sistemas de transporte, apoiando tanto a execução de uma política tarifária específica quanto a organização de processos básicos de gestão.
Em Juiz de Fora, a mudança foi impulsionada pela publicação da Lei nº 15.077, de 26 de março de 2025, que instituiu o Passe Livre Estudantil, garantindo gratuidade no transporte coletivo urbano para estudantes das redes municipal, estadual e federal. A lei foi regulamentada pelo Decreto nº 17.191, de 3 de abril de 2025, que definiu os procedimentos operacionais para implementação do benefício. Até então, os estudantes contavam com desconto de 50% na tarifa. Com o novo marco legal, o número de beneficiários saltou de cerca de três mil para mais de 30 mil, criando uma demanda inédita para a operação do transporte coletivo no município.
Com a ampliação da gratuidade, passou a ser exigida a captura de fotografia de todos os estudantes incluídos no benefício, etapa que, se realizada integralmente de forma presencial, exigiria atendimento concentrado em um único ponto da cidade. Segundo estimativas da operação local, esse processo poderia levar até quatro meses para ser concluído.
A adoção do AtlasMob, da Transdata, permitiu que essa etapa fosse realizada de forma remota. O
envio das fotografias e a validação dos dados passaram a ocorrer por meio do aplicativo, reduzindo
o prazo de implementação do benefício para aproximadamente 30 dias, sem a necessidade de
ampliar estruturas presenciais.
“Se todo o processo tivesse sido presencial, o impacto seria grande para a operação e para as
famílias. Muitos estudantes precisariam se deslocar acompanhados por responsáveis, o que
implicaria custos adicionais de transporte e a perda de um dia inteiro de aula ou mesmo de
trabalho, tornando o atendimento inviável dentro do prazo”, afirma Gilberto Silva Guar, analista de
suporte da Associação das Empresas de Transporte de Juiz de Fora.
Segundo Guar, mais de 90% dos estudantes aderiram ao cadastramento digital, o que tende a
facilitar o próximo ciclo de recadastramento, previsto para 2026, quando os cartões do sistema
vencem simultaneamente. A digitalização também permitiu manter uma estrutura administrativa
mais enxuta diante do aumento expressivo da demanda gerada pelo novo decreto.
Santo Domingo, no Equador, não dispunha de processos consolidados de cadastro de usuários nem de uma base digital estruturada para a gestão do transporte público. Nesse cenário, a adoção da tecnologia teve um papel mais amplo, voltado à organização administrativa do sistema.
“A implantação do AtlasMob introduziu uma lógica de organização baseada em registro digital e
maior rastreabilidade das informações”, afirma Luiz Alves dos Reis Junior, gerente de
relacionamento ao cliente – implantação da Transdata.
Enquanto em Juiz de Fora a tecnologia foi decisiva para viabilizar a implementação de uma política
pública específica, em Santo Domingo ela cumpriu uma função estrutural, ao estabelecer processos básicos de cadastro e gestão que ainda não estavam consolidados.
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