Projeto de Lei reconhece Curitiba como Capital do Turismo Ferroviário

O projeto também estabelece que o dia 5 de fevereiro, data de inauguração da Estrada de Ferro Paranaguá–Curitiba em 1885, passa a integrar o calendário oficial de eventos do Paraná

Redação

Nesta terça-feira, 7 de outubro, a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou o Projeto de Lei nº 156/2025, que concede ao município de Curitiba o título de Capital do Turismo Ferroviário. A decisão ocorre no mesmo ano em que o estado celebra os 140 anos da Estrada de Ferro Paranaguá–Curitiba.

A iniciativa reconhece a importância da ferrovia como patrimônio histórico e motor do turismo sustentável. O projeto também estabelece que o dia 5 de fevereiro, data de inauguração da ferrovia em 1885, passa a integrar o calendário oficial de eventos do estado. O texto aprovado segue agora para sanção do governador do Paraná. 

Desde que assumiu a operação turística da linha, em 1997, a Serra Verde Express já transportou mais de 4,5 milhões de passageiros entre Curitiba e o Litoral e deve chegar à marca de cinco milhões em maio de 2026. Atualmente, a operadora dispõe de 28 vagões, com capacidade para 1.238 pessoas por viagem. O trajeto percorre 70 quilômetros pela Serra do Mar, em meio à Mata Atlântica, passando por 13 túneis, 30 pontes e viadutos e 10 estações intermediárias, em um dos trechos ferroviários mais preservados do Brasil. 

O roteiro paranaense foi eleito pela editora britânica Lonely Planet como uma das 60 viagens de trem mais impressionantes do mundo, sendo o único representante brasileiro na publicação Amazing Train Journeys 2025. O passeio também ganhou destaque em veículos internacionais como The Guardian e The Wall Street Journal, que o classificaram entre os trajetos mais espetaculares do planeta. 

Desenvolvimento sustentável e valorização do patrimônio 

A nova lei autoriza o poder executivo a incluir os trechos ferroviários turísticos em programas de aproveitamento socioeconômico de bens públicos, abrindo espaço para parcerias e investimentos que visam ampliar a infraestrutura e garantir a preservação do patrimônio histórico. 

Entre as possibilidades previstas estão o uso de naming rights, ações publicitárias e adoção social de espaços, com a garantia de que as receitas obtidas sejam revertidas em melhorias na própria ferrovia, promovendo o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da função social dos bens públicos. 

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