ViaQuatro apresenta detalhes da expansão da Linha 4-Amarela de metrô a Taboão da Serra

Estações Chácara do Jockey e Taboão nascem sustentáveis, modernas e preparadas para enfrentar os desafios climáticos do futuro. Expansão inclui a compra de seis novos trens

Redação

A ViaQuatro avança na expansão da Linha 4-Amarela e apresenta oficialmente o projeto da obra. A concessionária da plataforma de trilhos da Motiva será responsável pelo planejamento e execução dos trabalhos, com conclusão prevista entre 48 e 64 meses. Será a primeira vez que uma linha de metrô da capital cruza a fronteira municipal e se estende até a região metropolitana.

A extensão terá 3,3 quilômetros adicionais de novos trilhos subterrâneos, conectando duas novas estações — Chácara do Jockey e Taboão da Serra. O projeto também inclui um terminal de ônibus integrado, ciclovia, bicicletário e áreas de convivência.

Com a expansão até Taboão da Serra, a Linha 4-Amarela contará com seis novos trens fabricados pela CRRC. A novidade permitirá ampliar o percurso até a nova estação terminal sem alteração no intervalo entre composições, que continuará em torno de dois minutos. Isso significa que os passageiros terão a mesma agilidade de sempre, agora com a possibilidade de chegar ainda mais longe: o trajeto entre Luz e Taboão será feito em aproximadamente 26 minutos.

“Mais do que uma obra de engenharia, este projeto materializa como a cooperação entre o público e o privado pode transformar a mobilidade urbana em motor de desenvolvimento social. Ao reforçar nosso compromisso de trabalhar junto ao poder concedente e à Artesp, reafirmamos a crença de que a mobilidade é capaz de reduzir desigualdades e melhorar, de forma concreta, a vida das pessoas que servimos”, afirma André Salcedo, presidente da plataforma de Trilhos da Motiva.

Escavação NATM: da Áustria para o Brasil

O trecho será construído pelo método NATM (New Austrian Tunneling Method), que combina escavação em camadas com aplicação imediata de concreto projetado. É um processo minucioso que permite abrir frentes simultâneas de trabalho ao longo do túnel, com cerca de três km de extensão escavada a até 30 metros de profundidade em alguns trechos. O NATM é amplamente utilizado no mundo por sua segurança, viabilidade em solos urbanos e precisão técnica.

Escavação método NATM (Divulgação)

Estações resilientes às mudanças climáticas

As novas estações foram concebidas com foco em resiliência climática. Entre os recursos previstos estão sistemas de drenagem contra enchentes, uso de materiais duráveis, isolamento térmico para reduzir a absorção de calor, iluminação em Led e infraestrutura preparada para a instalação de painéis solares. Também estão previstas soluções como captação e reuso de água da chuva, ventilação aprimorada e sensores inteligentes para monitorar temperatura, umidade e fluxo de ar.

Essas iniciativas se somam a um diferencial já presente na operação de trilhos da Motiva: o consumo de 100% de energia de fontes renováveis, assegurado pelo acordo firmado com a Neoenergia em janeiro de 2025, que garante o fornecimento de energia eólica do complexo Oitis (PI e BA). O contrato atende cerca de 60% da demanda do Grupo e reforça a meta de neutralidade de carbono até 2035.

Outro diferencial é a ênfase em inclusão e acessibilidade: rampas, elevadores, escadas rolantes, sinalização tátil e visual, mapas acessíveis, banheiros adaptados e treinamento da equipe para atendimento a pessoas com deficiência.

A estação Chácara do Jockey contará com dois acessos (pelo parque e pela Av. Prof. Francisco Morato), plataformas laterais de 132 m, dois elevadores, quatro escadas rolantes, sanitários acessíveis e sala de pronto atendimento. A profundidade média será de cerca de 20 metros em relação ao nível da rua.

Aditivo

Foi celebrado hoje o Termo Aditivo nº 10, que formaliza a concessionária ViaQuatro como responsável pelo projeto e execução da obra. O aditivo também prevê a prorrogação antecipada do contrato de concessão em 20 anos, como contrapartida aos novos investimentos. O projeto exigirá investimento estimado em R$ 4 bilhões, dos quais cerca de R$ 3 bilhões serão aportados pelo Governo do Estado de São Paulo.

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