Em entrevista ao editor-chefe do Diário do Transporte, Adamo Bazani, Ricardo Portolan, diretor de vendas e marketing da Marcopolo, afirmou que a indústria brasileira tem toda a condição de atender ao mercado local sem a necessidade da importação de veículos montados do exterior, assunto recorrente. Serve de exemplo o portfólio de elétricos da Marcopolo, que vai dos micros aos biarticulados.
Attivi integral da Marcopolo chegará a São Paulo
Ricardo Portolan avaliou em 400 o número de ônibus elétricos que a Marcopolo já tem entregues, em produção ou em vendas futuras. Sem revelar números exatos e cidades compradoras, ele estimou que do total de elétricos, os Attivi integralmente produzidos pela empresa representam 15 por cento e que as entregas abrangerão São Paulo.

Elétrico não será único formato
Respondendo a questionamento de Adamo Bazani, o diretor de vendas e marketing da Marcopolo, Ricardo Portolan informou que ainda neste ano deverão ser lançados os ônibus Attivi movidos a biometano em vários formatos, incluindo os de 12 metros e articulados. Há poucas semanas foi entregue em Guarulhos-SP o primeiro micro-ônibus Volare movido a biometano. O executivo confirmou que a Marcopolo estará atenta a todas as possibilidades, pois os elétricos não serão a única forma de descarbonização.
Aliança Zebra trabalha em prol da eletrificação no Brasil
A editora da revista Technibus, Márcia Pinna, segue mostrando as atividades da Zebra, que reúne prefeituras, indústrias e entidades para acelerar a eletrificação. Na sua coluna, ela conta que além de quase cem prefeituras em todo o mundo, muitas indústrias produtoras estão se associando pela redução de metade da poluição causada pelo transporte coletivo até 2030. A entidade também trabalha com o ministério das cidades pela criação de uma política nacional de eletrificação, com metas, prazos e incentivo.
Esperteza brasileira no trânsito resiste a campanhas educativas
O jornalista especializado e apresentador Alexandre Pelegi, critica o nosso traço cultural da esperteza se sobrepondo à ética coletiva, com o aproveitamento de brechas de legislação para levar vantagem. Ele cita as posições contra qualquer regra de segurança, que tem seu auge no jargão “indústria da multa”, para lidar com qualquer mecanismo de limites de velocidade. Pelegi critica também as campanhas como o “Maio Amarelo” e as políticas públicas, por serem esporádicas, rasas e descontinuadas. Para Pelegi a preferência da maioria por liberação de mototáxi, mesmo com os riscos à vida de condutores e passageiros, é um exemplo do fracasso destas iniciativas na internalização de uma cultura de segurança.
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