São Paulo volta a ter patinetes elétricas

São duas empresas credenciadas; uma delas começou operação piloto nesta sexta-feira 13 de dezembro, com 1.000 patinetes disponíveis na zona oeste

Marcia Pinna

A cidade de São Paulo tem, desde esta sexta-feira (13), a volta das patinetes elétricas como uma alternativa de micromobilidade, após a prefeitura estabelecer uma série de regras para garantir a segurança do usuário e também dos pedestres.  Ao participar da apresentação das empresas na manhã desta sexta-feira (13), no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste, o prefeito Ricardo Nunes explicou como será essa fase da operação.

“A gente começa de forma experimental aqui na região da Subprefeitura de Pinheiros. Você pode baixar o aplicativo, pode fazer o pagamento com pix ou cartão, e tem toda questão de segurança. As patinetes estão sendo utilizadas em várias cidades do mundo e São Paulo, depois de todo o processo de licenciamento e autorizações, inicia hoje a operação”, disse. 

Os equipamentos só podem transitar por ciclofaixas, ciclovias e em vias com velocidade máxima de 40 km/h. Não é permitida a circulação nas calçadas, o uso por menores de 18 anos e para transporte de passageiros.   

A legislação também estabelece que os equipamentos não podem desenvolver velocidade acima de 20 km/h. A obediência ao limite será garantida pela restrição de velocidade da própria patinete. A empresa também deverá promover campanhas educativas visando conscientizar os usuários sobre o uso seguro dos equipamentos. 

Duas empresas estão credenciadas no Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV) para prestar o serviço de compartilhamento de patinetes elétricas. A Whoosh iniciou a operação piloto nesta sexta, com um total de 1.000 patinetes e 88 estações de compartilhamento aprovadas pela Prefeitura de São Paulo.  

A EasyJet, após também ter se credenciado no CMUV, está em fase de aprovação de seus projetos e de entrega de documentos para operação. Após ser feita a análise dos planos operacionais pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a autorização será enviada para a Subprefeitura, que cadastra as empresas no Sistema Tô Legal. O início da operação depende desse processo.  

Operação-piloto  

A operação piloto da Whoosh prevê atuação na área da Subprefeitura de Pinheiros. As estações de compartilhamento aprovadas estão localizadas nos bairros do Itaim Bibi, Pinheiros e Jardim Paulista, na Zona Oeste, formando uma espécie de quadrilátero delimitado pelas avenidas Faria Lima, Paulista, Bandeirantes, Brigadeiro Luís Antônio e Rebouças. 

Segundo o CEO da Whoosh, Francisco Forbes, o app da empresa já está disponível para download nas lojas de aplicativos. “A gente tem um programa de manutenção preventiva obrigatória a cada 12 dias para limpeza e ajuste de todos os equipamentos”, disse. “Todos contam com chip, GPS e são monitorados por 24 horas, não só por sistema, mas, também, por equipe. A gente tem uma equipe de campo fiscalizando regras, fiscalizando má utilização e a gente prevê, inclusive, algumas sanções para os usuários que não respeitarem as regras”, concluiu. 

A expectativa da operadora é chegar a 3,5 mil equipamentos nos próximos meses, e ampliar a área de atuação para outros bairros da cidade. Os projetos de implantação serão acompanhados pela CET e SMSUB. Ele explicou que será cobrado um valor de R$ 2 para o desbloqueio das patinetes e R$ 0,67 por minuto, mas os usuários também poderão contar com outros planos e assinaturas disponíveis com valores menores.  

Após a utilização das patinetes, os usuários deverão devolver o equipamento em uma das estações aprovadas pela Prefeitura. Não é permitido que a patinete seja deixada em outros locais, seja em calçadas, canteiros, ciclofaixas ou outros pontos, que não os cadastrados e aprovados.  

A Whoosh e a EasyJet farão a fiscalização dos usuários, por meio de operadores remotos, equipe de campo e canais de denúncias. A operação das empresas prevê que infrações podem causar o banimento do usuário da plataforma. 

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