A Marcopolo registrou receita líquida de R$ 2,3 bilhões no terceiro trimestre de 2024, um crescimento de 43,3% ante o mesmo período de 2023. A receita corresponde a 4.186 unidades, das quais 75% foram vendidas no Brasil, 9,2% foram exportadas do Brasil e 15,8% faturadas no exterior.
No terceiro trimestre de 2024, houve incremento de 37,8% da produção em relação ao mesmo trimestre do ano passado: do total de 4.133 unidades, 3.476 foram produzidas no Brasil, um aumento de 45% em relação ao mesmo período do ano anterior, e 657 unidades no exterior, 9% acima da produção do terceiro trimestre de 2023. No acumulado dos nove meses de 2024, a variação da produção foi de 20,2% em relação aos nove primeiros meses de 2023, fechando com 11.392 unidades.
“A companhia intensificou seu ritmo de produção, aproximando-se dos volumes planejados. O crescimento reflete o ganho de maturidade e maior experiência do quadro de pessoal na busca por maiores níveis de eficiência”, ressalta José Antonio Valiati, diretor de relações com investidores da Marcopolo.
No terceiro trimestre de 2024, o lucro bruto atingiu R$ 576,8 milhões, com margem de 24,9%. O EBITDA totalizou R$ 466 milhões, com margem de 20,1%, e o lucro líquido foi de R$ 335,7 milhões, com margem de 14,5%. De acordo com a companhia, o desempenho é reflexo da melhoria do cenário do mercado, com ampliação dos volumes vendidos internamente, do melhor desempenho das operações internacionais e da evolução das exportações a partir do Brasil, com crescimento de entregas no segmento rodoviário e avanço das vendas dos modelos G8.
A Marcopolo segue líder no mercado brasileiro de carrocerias, alcançando participação de mercado de 47,6%. O destaque ficou com o incremento de 4,6 pontos percentuais de participação de mercado no segmento rodoviário. O segmento de ônibus rodoviários se manteve na dianteira dos negócios com boas perspectivas para o final do ano. “Fatores como o alto custo de passagens aéreas e do transporte individual favorecem a opção pelo ônibus e tem mantido a demanda crescente”, pontua Valiati.
A Marcopolo mantém o foco na modernização de suas fábricas e lançamento de novos produtos. No último trimestre, a companhia investiu um total de R$ 91 milhões, sendo R$ 33,6 milhões nas plantas localizadas em Caxias do Sul (RS), R$ 46,1 milhões destinados para a planta de São Mateus (ES) e R$ 5,7 milhões para a Apolo (Plásticos). No terceiro trimestre, a Marcopolo também lançou o Volare Fly 12, um super micro com quase 12 metros de comprimento e que cria um novo segmento de mercado, bem como apresentou o Volare Attack Híbrido, modelo em desenvolvimento que inova ao oferecer um sistema de combustão de etanol que alimenta baterias para um motor elétrico.
Mercado internacional –
Os resultados da companhia no exterior se mantêm crescentes e consistentes, segundo o diretor de Relações com Investidores. A Marcopolo México (Polomex) teve bom desempenho e iniciou as entregas do modelo urbano Attivi elétrico que será utilizado no transporte coletivo de Monterrey. A Marcopolo Austrália (Volgren) mantém perspectivas positivas, com resultados recordes e expansão de margens. A Marcopolo África do Sul (MASA) segue com resultados positivos e o lançamento do modelo G8 deverá alavancar negócios no segmento rodoviário no país. A Marcopolo Argentina (Metalsur) começa a materializar trajetória de recuperação de volumes e resultados, com novo crescimento de unidades produzidas e entregues na comparação com o segundo trimestre de 2024. A colombiana Superpolo segue mostrando boa performance e perspectivas positivas para o restante de 2024.