Produção da Marcopolo cresce 33% no segundo trimestre de 2024

A companhia informa que cresceu em volume de vendas e em receita líquida em todos os segmentos de atuação

Marcia Pinna

A Marcopolo registrou receita líquida de R$ 1,9 bilhão no segundo trimestre de 2024, crescimento de 43,4% em relação ao mesmo período de 2023. Segundo a empresa, o valor reflete o melhor desempenho do mercado em todos os segmentos de produtos, com aumento no volume de vendas e crescimento da produção. No período, a produção consolidada companhia foi de 3.998 unidades, com crescimento de 32,8%, sendo 3.355 unidades feitas no Brasil, 36,4% superior à do ano passado, enquanto no exterior foram 643 unidades, 16,7% superior às unidades produzidas no mesmo trimestre do ano anterior.

A produção marca uma etapa importante no processo de recuperação de volumes no mercado brasileiro, com destaque para os modelos rodoviários, que mantiveram uma carteira de pedidos saudável devido aos investimentos de clientes em renovação de frotas. O movimento é justificado pela demanda crescente de pessoas que optam por viajar de ônibus tanto em trajetos de longa distância, como no turismo e transporte público.

“Buscamos alcançar resultados ainda melhores, para isso investimos continuamente no aprimoramento de nossos produtos, com soluções cada vez mais tecnológicas e sustentáveis. O setor de mobilidade está em constante evolução e, ao longo de nossos 75 anos de história, nos preparamos para acompanhar essas transformações”, pontua José Antonio Valiati, diretor de relações com investidores.

No segundo trimestre de 2024, o lucro bruto foi de R$ 509,9 milhões, com margem de 26,1%, contra R$ 276,2 milhões e margem de 20,2% no mesmo trimestre do ano passado. O EBITDA foi de R$ 382,3 milhões no segundo trimestre de 2024 – margem de 19,5%. No mesmo período de 2023, o EBITDA foi de R$ 158 milhões e margem de 11,6%. Os números são explicados pelo crescimento de vendas e melhora no desempenho das operações internacionais da companhia.

A companhia também aplicou recursos na modernização das instalações industriais, com uma nova Central de Infamáveis, em Caxias do Sul (RS), que contou com investimento de aproximadamente R$ 45 milhões, além do desenvolvimento de novos produtos, como os modelos elétricos. A Marcopolo segue ainda com a ampliação da fábrica localizada em São Mateus (ES), que deve ser concluída no segundo semestre de 2024, onde serão instaladas as linhas de montagem de chassis elétricos.   

Caminho da Escola

No segundo trimestre deste ano, a empresa entregou 959 veículos ao programa Caminho da Escola. Desse total, foram 500 micros e 459 Volare. Com o grande volume de entregas, a companhia dedicou parte de sua linha de produção de ônibus urbanos para a fabricação dos modelos escolares.

Atuação internacional

As operações internacionais da companhia registraram números crescentes e consistentes. A Marcopolo Austrália (Volgren) alcançou números recorde no período, fruto de uma carteira de pedidos saudável e bom ritmo de produção. A fabricação de veículos local cresceu 40,9% na comparação entre o segundo trimestre de 2024 e o segundo trimestre de 2023, chegando em 162 unidades.

O México também é destaque, com um avanço gradual nas vendas de urbanos e rodoviários, entre eles o G8 que passou a ser fabricado no país e já tem entregas previstas para o final de 2024 e início de 2025.Na África do Sul, a MASA avançou com as boas perspectivas de vendas, principalmente com o lançamento do G8 na região. A unidade fabricou 134 veículos segundo trimestre de 2024, crescimento de 52,3% em relação ao mesmo trimestre de 2023.

Enquanto na Argentina, com a Metalsur, a companhia identificou sinais de recuperação, com aumento de unidades produzidas e entregues na comparação com o primeiro trimestre de 2024. A partir dos próximos trimestres, a companhia espera uma melhoria no desempenho, justificada pelo processo de revitalização das frotas, após longos anos de subrenovação.

“Diante dos números apresentados, projetamos bons resultados para o segundo semestre de 2024. Crescemos em comercialização de produtos e produção, recuperamos resultados nas operações internacionais e, agora, estamos focados em ampliar a eficiência operacional e a produtividade. Essas ações ampliarão o nosso nível de entregas, potencializando as margens e volumes de vendas”, pontua José Antonio Valiati.

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