Marcopolo dará continuidade aos planos de inovação com os incentivos do Mover

Além do Attivi Integral, a encarroçadora de ônibus tem desenvolvido produtos cada vez mais sustentáveis, com redução no consumo de combustíveis, em linha com a sustentabilidade

Sonia Moraes

A Marcopolo, primeira encarroçadora de ônibus a ser habilitada no programa nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), dará continuidade aos planos de inovação com os incentivos deste programa lançado pelo governo federal. “O Attivi Integral é um exemplo prático do investimento que a empresa tem feito em mobilidade sustentável, como é o objetivo desta nova política industrial”, disse Ricardo Portolan, diretor de operações comerciais mercado interno e de marketing da empresa, em entrevista para o portal da Technibus.

Os projetos em andamento e os que estão no radar para serem desenvolvidos estão em sintonia com o programa Mover, segundo Portolan. “O fato de o AttiviI Integral ser um veículo 100% elétrico, com energia renovável, está em linha com o movimento de descarbonização. Mas, quando se fala somente de carroceria, a Marcopolo tem desenvolvido produtos cada vez mais sustentáveis, com menos consumo de combustíveis, e está em linha com a sustentabilidade”, exemplificou.

“Esse caminho da Marcopolo como estratégia futura de mobilidade sustentável, atuando em diferentes frentes, seja de componentes para carroceria trazendo possibilidade de consumo menor de combustível e reciclabilidade, e também produtos completos, como é o caso do Attivi Integral, solução com tração elétrica sustentável, está alinhado com o programa Mover, que é de incentivo à inovação, novas tecnologias, motorização, redução da pegada de carbono”, destacou o diretor.

Portolan ressaltou que a inovação faz parte do DNA da Marcopolo de fazer investimentos antecipados em novas tecnologias e enxergar tendências mundiais. “Quando a empresa iniciou o processo de desenvolvimento do Attivi Integral em 2018, praticamente não se falava em ônibus elétrico no Brasil, quando iniciou esse projeto estava olhando o movimento da descarbonização no mercado asiático, especificamente a China, que começava de maneira mais robusta a tratar deste tema.”

Portolan lembrou que o próprio negócio da Marcopolo tem na sua raiz a sustentabilidade pelo fato de estar focado na mobilidade sustentável com o transporte coletivo. “Está dentro do escopo de origem da empresa quando se fala em ônibus.”

Para Portolan, a nova política industrial é muito positiva e necessária para a indústria automotiva se manter forte e estar atenta às concorrências internacionais e ter condições de enfrentar a competitividade. “Quando avaliamos os diferentes níveis de competitividade, a nossa indústria nacional é bastante forte, robusta. E a própria Marcopolo, que tem fábricas em outros países, consegue constatar isso, mas tem desafios no cenário brasileiro que precisam ser compensados e os programas de incentivos do governo são importantes e necessários”, comentou Portolan.

O diretor da Marcopolo ressaltou que preciso maior incentivo à exportação. “Historicamente a indústria de ônibus exporta 20% da produção nacional e temos visto esse número reduzindo, por causa do efeito da competitividade principalmente dos chineses”, alertou Portolan.

Ricardo Portolan, diretor da Marcopolo

As regras do Mover-

O Mover é um programa federal que prevê, entre outras medidas, créditos financeiros para quem investir em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica que contribuam para a descarbonização da frota de carros, ônibus e caminhões. Além da Marcopolo, três montadoras de veículos pesados, como a Iveco, Mercedes-Benz e Volkswagen Caminhões e Ônibus, receberam a habilitação neste programa do ministério do desenvolvimento, indústria, comércio e serviços (MDIC), do total de 23 empresas do setor automotivo que solicitaram a autorização.

A Medida Provisória nº 1.205 publicada em 30 de dezembro de 2023, que criou o Mover, amplia as exigências de sustentabilidade da frota automotiva e estimula a produção de novas tecnologias nas áreas de mobilidade e logística, expandindo o antigo Rota 2030.

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