Frota de ônibus avança pouco em 2023

O levantamento feito pelo Sindipeças mostra que havia 388.885 veículos em circulação no país no ano passado e que os 130,1 mil ônibus (33,4% do total) apresentavam idade média de 11 a 15 anos

Sonia Moraes

A quantidade de ônibus em circulação nas cidades brasileiras atingiu 388.885 veículos em 2023, com aumento de 0,5% em relação aos 387.096 veículos em 2022, conforme mostra o relatório da frota circulante divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

Do total de ônibus em circulação no ano passado, 21,8%, que corresponde a 84,6 mil unidades, possuía idade média de 0 a 5 anos (em 2022 era 20,9%). Entre 6 e 10 anos eram 76,6 mil veículos, 19,7% do total (2022: 24,0%). De 11 a 15 anos eram 130,1 mil veículos, 33,4% do total (2022: 32,2%). Entre 16 a 20 anos, 73,5 mil, a fatia é de 18,9% (2022: 16,8%) e com mais de 20 anos eram 24,1 mil unidades, 6,2% do total (2022: 6,2%).

De acordo com o levantamento do Sindipeças, a idade média dos ônibus, que em 2014 era de oito anos e nove meses, aumentou para 11 anos e três meses em 2023, o mesmo índice registrado em 2022.

Caminhões-

A frota de caminhões atingiu 2,18 milhões de unidades em 2023, o que representou um avanço de 1% sobre os 2,16 milhões de veículos registrados em 2022 e 4,6% do total da frota circulante no Brasil. Em 2023, 23,5% da frota de caminhões possuía idade média de 0 a 5 anos (em 2022 era 22,9%), com 513,0 mil unidades. Entre 6 e 10 anos era 16%, com 349,0 caminhões (em 2022 era 19,5%). Entre 11 e 15 anos era 29,7%, com 649,0 veículos (em 2022 era 28,9%). Entre os caminhões de 16 a 20 anos, está a fatia de 18%, com 392,7 mil veículos (em 2022 era 16,1%), e 12,8% do total, 279,7 mil veículos possuem mais de 20 anos (em 2022 era 12,6%).

O Sindipeças ressalta também que o encarecimento do valor do veículo devido à incorporação de novas tecnologias, seja por itens de segurança ou energia limpa, além das altas taxas de juros, nível elevado de inadimplência, dificuldade de obtenção de crédito e desvalorização cambial não oferecem um cenário propício para alterar essa realidade. “Transformar o cenário automotivo no Brasil, impulsionando-o para posições mais altas no ranking automotivo mundial, seja em vendas, seja em produção, exige estabilidade macroeconômica a médio e longo prazo, aliada às implementações de políticas públicas que incentivem a renovação da frota circulante e, consequentemente, garantam um trânsito mais sustentável, do ponto de vista de segurança veicular e ambiental.”

Frota total-

Incluindo automóveis (38,40 milhões), comerciais leves (5,99 milhões), caminhões (2,16 milhões) e ônibus (388.885) a frota total de veículos em circulação no país atingiu 47,12 milhões de unidades e 2023, aumento de 0,5% sobre 2022, quando haviam 46,88 milhões de veículos. A idade média dos veículos, que em 2014 era de oito anos e cinco meses, aumentou para dez anos e oito meses em 2023.

“Desde o advento da pandemia, o ritmo de crescimento da frota circulante expressa as dificuldades e transformações por que passa a indústria automotiva no país, com o frágil crescimento econômico, elevado patamar da taxa de juros (Selic), restrições para o financiamento de veículos novos, desorganização das cadeias de suprimentos globais (semicondutores), mudança de mix e encarecimento dos veículos, principalmente os de entrada, e mudança no perfil dos consumidores”, destaca o Sindipeças.

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