Prefeitura de São Bernardo do Campo apresenta o primeiro ônibus elétrico

Os veículos, com tecnologia da empresa Eletra com chassis Mercedes-Benz e carroceria Caio eMillennium, serão operados pela BR7 Mobilidade na linha 20, do parque Imigrantes até o Paço Municipal, passando pelo Royal Parque Batistini e Demarchi

A prefeitura de São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, apresentou hoje o primeiro ônibus elétrico, que entrará em operação em 30 dias na linha 20, que vai do parque Imigrantes até o Paço Municipal, passando pelo Royal Parque Batistini e Demarchi. Até o fim do ano estarão circulando neste trajeto, que atente cerca de quatro mil passageiros por dia, sete ônibus elétricos operados pela BR7 Mobilidade, concessionária do município.

No total, são 28 paradas, incluindo dois terminais, como o Batistini, compreendendo um percurso de origem e destino de quase 30 quilômetros. Juntos, os ônibus farão aproximadamente 100 viagens diárias – os carros, de 12,1 metros de comprimento, possuem capacidade para 72 passageiros.

Com os novos ônibus elétricos, a prefeitura de São Bernardo implanta o primeiro corredor verde de transporte coletivo do Grande ABC a operar com ônibus 100% elétricos, movidos a batera. Com a medida, o município começa processo efetivo de substituição gradativa dos atuais veículos a diesel para os novos modelos, cuja tecnologia permitirá a diminuição da emissão de poluentes.

Os ônibus elétricos integrantes do novo corredor são projetados e produzidos na fábrica da empresa Eletra, sediada em São Bernardo. Nesta primeira etapa, serão sete unidades nestes moldes. O modelo foi apresentado pelo chefe do Executivo, ao lado da presidente da Eletra, Milena Braga Romano, e representantes da BR7, responsável pela operação das linhas municipais. O investimento privado é de R$ 2,5 milhões por cada unidade, totalizando um volume de R$ 17,5 milhões nesta fase.

“Estamos lançando o primeiro corredor verde da cidade, pioneiro da região. Nossa frota é composta por cerca de 400 veículos. Essa é a etapa inicial, importante, buscando ter sustentabilidade, práticas modernas no transporte coletivo, sem poluição do ar ou sonora. A produção se dá em São Bernardo, uma grande sinergia, gerando emprego no município. Em relação ao sistema, é um passo à frente, trazendo uma tendência de grandes centros do mundo”, frisou o prefeito Orlando Morando.

Com tecnologia brasileira e mão de obra no município, os veículos têm autonomia de 240 quilômetros, o que dá condições de percorrer uma viagem com trajeto de São Bernardo até a cidade de Campinas sem carregar a bateria – além da emissão zero de gás carbônico (CO²) e outros poluentes. A recarga da bateria ocorre num período médio de três horas, normalmente na garagem da empresa operadora.  

Os veículos, têm tecnologia da empresa Eletra com chassis Mercedes-Benz e a carroceria é do tipo padron produzida pela Caio (modelo eMillenniunn. O motor elétrico – inversor e baterias – são produzidos pela WEG.

O corredor entrará em funcionamento integral até o fim deste ano. Milena Braga sustentou que a capacidade de produção da fábrica, localizada próxima à Via Anchieta, na região da Paulicéia, é de 1,8 mil ônibus elétricos por ano, algo em torno de sete carros por dia. “Grande diferencial é que a tecnologia é 100% desenvolvida no Brasil, por engenheiros próprios. Todas as peças utilizadas nos ônibus, como chassi, carroceria, bateria e motor, são nacionais. Isso nos dá segurança e uma garantia de manutenção simples, rápida e eficiente, por termos estoque disponível no mercado local.”

Estrutura –

Os novos ônibus destacados para o corredor verde irão contar com ampla estrutura e tecnologia, projetando-se para o futuro, assegurando conforto aos usuários, com ar-condicionado, conector para carregador USB e sistema de aceleração contínua e automática. As unidades trarão, ainda, vantagens de economia, tendo menor custo de manutenção, e terão maior vida útil. O motor elétrico e o equipamento de propulsão, que movem os ônibus elétricos, duram de 20 a 25 anos.

Os ônibus possuem piso baixo, rampa para facilitar o acesso de pessoas com mobilidade reduzida e têm vidros colados com tratamento de proteção à incidência de raios ultravioleta.

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