A Operação Centauro de combate ao transporte clandestino de passageiros, promovida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), fiscalizou, em 27 pontos estratégicos, mais de 3,5 mil veículos, com 218 apreensões. O valor das autuações já ultrapassou os R$ 6 milhões. A operação começou em 8 de outubro e foi encerrada no dia 16 do mesmo mês.
De acordo com a legislação, os passageiros que estão nos veículos flagrados irregulares são realocados em empresas regulares e as despesas dos bilhetes ficam a encargo dos infratores. Foram quase seis mil passageiros com a viagem irregular interrompida desde o início da Operação.
Segundo a agência, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as polícias militares estaduais e outros órgãos da administração pública, estão juntos com a ANTT na Operação Centauro e fazem dela mais uma ação de sucesso no combate ao transporte irregular.
A ANTT ainda alerta à população dos riscos em um transporte não autorizado, justamente pela precariedade dos veículos, que não oferecem segurança, com motoristas despreparados e cansados, e ainda, pelo aumento do risco de contágio da Covid-19.
Para a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), os números registrados na operação ressaltam que a situação do transporte clandestino é realmente preocupante para o país. “Usuários desse tipo de transporte não têm nenhuma garantia e qualquer tipo de amparo caso algum acidente ou apreensão venha a acontecer. Por isso é fundamental o usuário estar atento para utilizar o transporte regular. Ele segue regras, as empresas são fiscalizadas e vistoriadas frequentemente, pagam tributos, cumprem as leis e normas trabalhistas, oferecem benefícios aos motoristas e ainda arcam com custos de manutenção e seguro-acidente. Uma boa viagem começa pela escolha segura, confortável e confiável de uma empresa legalizada”, ressalta Letícia Pineschi, porta-voz da Abrati.
A executiva ressalta que o transporte irregular no setor rodoviário é uma atividade que põe em risco a vida dos passageiros. “Os veículos clandestinos costumam oferecer aos passageiros um atrativo: o preço mais baixo em relação ao transporte regular. Mas a vantagem é só uma ilusão. A tarifa não leva em conta o preço pago por viajar em veículos de idade avançada, em condições precárias de manutenção, que muitas vezes não passam pelas inspeções obrigatórias em que são verificados os equipamentos de segurança. Os clandestinos podem oferecer viagens mais baratas. Só que muitas vezes elas não têm volta.”