A Mercedes-Benz mantém os investimentos de R$ 2,4 bilhões no Brasil até 2022, segundo informou em coletiva de imprensa online Karl Deppen, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina. “Mesmo com todos os desafios vamos seguir nossos planos”, disse o executivo.
Do valor programado para o período de 2018-2022, R$ 100 milhões já foram aplicados na segunda fase da indústria 4.0, com a inauguração da nova linha de cabines de caminhões, em fevereiro de 2019. Outros R$ 100 milhões foram destinados à construção da nova linha 4.0 de ônibus, inaugurada em setembro de 2020. E um total de R$ 1,4 bilhão foi para o desenvolvimento e produção dos extrapesados da família Novo Actros.
A partir de 2021, a empresa dará continuidade à modernização das linhas de agregados (câmbio, motor e eixos) em São Bernardo do Campo (SP), também seguindo os conceitos da indústria 4.0, além do desenvolvimento de novos produtos e serviços de conectividade até 2022.
Em parceria com a Bosch, como já foi anunciado, a Mercedes-Benz está investindo R$ 70 milhões (50% de cada empresa) na construção do centro de testes veiculares em Iracemápolis (SP), que irá atender diferentes empresas do setor automotivo.
“Em função de uma melhor perspectiva em 2021, a Mercedes-Benz reafirma sua confiança no País, onde atua há quase 65 anos. Nesse sentido, a fim de atender às demandas dos clientes, estamos criando mais de mil novos empregos para nossas fábricas de veículos comerciais, entre contratações temporárias e efetivações de aprendizes do Senai”, informou Deppen.
A Mercedes-Benz fechou 2020 com a liderança nas vendas de veículos comerciais no Brasil. Pelo quinto ano consecutivo, foi a marca que mais emplacou caminhões no país, conquistando mais de 31% de market share. No segmento de ônibus, com aproximadamente 47% de participação, manteve sua tradicional liderança de 64 anos. Estas posições seguem mantidas neste início de 2021.
“Num ano atípico como 2020, fortemente impactado em todo o mundo pela pandemia do coronavírus, superamos os obstáculos e mantivemos a nossa marca no topo de vendas e de participação de mercado de veículos comerciais”, afirmou Deppen.“Com isso, o Brasil volta a ser o primeiro mercado do mundo para caminhões Mercedes-Benz, além de ser também o maior para ônibus da marca.”
Deppen atribuiu esses resultados ao compromisso que a companhia tem com os clientes. “Sempre estivemos e sempre estaremos ao lado de quem transporta carga e passageiros neste país de dimensões continentais. Não deixamos de ampliar e modernizar nosso portfólio de produtos e serviços e isso fortalece ainda mais a confiança que os clientes têm na nossa marca e em todas as soluções que oferecemos a eles. Portanto, a liderança em vendas no ano de 2020 nos deixa motivados a buscar novas conquistas em 2021, que será ainda desafiador para todo o mundo e não só para o Brasil”, destacou o presidente.
Liderança no mercado de ônibus –
Em 2020, a Mercedes-Benz manteve a histórica liderança nas vendas de ônibus no Brasil, conquistando cerca de 47% de participação de mercado no segmento acima de oito toneladas de PBT – peso bruto total. No acumulado do ano, a marca emplacou 6.461 veículos, 42% inferior às 11.150 unidades do mesmo período de 2019.
No segmento urbano, a liderança da marca é mais expressiva: são 3.459 ônibus Mercedes-Benz emplacados em 2020, alcançando a liderança com 71,6% de market share. No segmento rodoviário, o primeiro lugar foi consolidado com quase 60% de participação, com o emplacamento de 1.825 unidades.
O setor de fretamento navega no sentido contrário do mercado e segue subindo para atender às empresas que precisam aumentar o número de ônibus a fim de garantir o distanciamento por conta da Covid-19. A Mercedes-Benz também é líder deste segmento, com 935 unidades emplacadas em 2020 para empresas de fretamento, o que dá à marca mais de 58% de market share.
Conforme a Anfavea, com 13.830 ônibus emplacados no Brasil em 2020, houve uma queda de 33% em relação ao ano anterior. “Os números dizem por si o quanto a pandemia afetou o transporte de passageiros e, consequentemente, as empresas de ônibus e o mercado como um todo”, avalia Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.
“No pico da pandemia, o segmento urbano sofreu uma queda de 75% no número de passageiros. Hoje, temos somente 40% dos passageiros utilizando o ônibus nas cidades. No mercado rodoviário, no pico da pandemia, a queda foi de 90% e hoje, o número de passageiros está entre 50 e 60%”, informou Leoncini.