Márcia Pinna Raspanti
A FRT Tecnologia Eletrônica, empresa que fornece equipamentos eletrônicos aos fabricantes e empresas de ônibus no mercado sul-americano, desenvolveu uma solução para esterilizar o interior dos ônibus, eliminando micro-organismos. “Com o início da pandemia, começamos a pensar em o que poderíamos fazer para tornar os ônibus mais seguros em relação a propagação do vírus. Passamos o primeiro semestre de 2020 pesquisando tecnologias existentes e o que poderíamos fornecer a nossos clientes a mais do que existia no mercado”, conta Raul Ferreira, diretor da companhia.
Instalado no retorno de ar-condicionado, a Clariar UVBus destrói os micro-organismos com mínima alteração no fluxo de ar. A luz UV interage com a matriz de fotocatálise, eliminando os vírus, bactérias e fungos. O produto utiliza dispositivos LED ultravioleta UVA que, de acordo com a FRT, são mais resistentes e seguros que as lâmpadas fluorescentes e não criam risco de contaminação por mercúrio. O equipamento esteriliza o ar continuamente, desde que o ar-condicionado esteja em funcionamento. Para isso, o dispositivo deve ser fixado de forma que o fluxo de ar aspirado passe através dele.
A Clariar UVBus possui filtros internos com uma tinta fotocatalítica fabricada pela FRT. Esse material em combinação com a luz UV cria uma reação que transforma produtos orgânicos em moléculas de CO² (gás carbônico) e de H²O (água), sem criar resistência ao fluxo de ar e não prejudicando o desempenho do ar-condicionado. Outra vantagem do produto, de acordo com o fabricante, é o seu baixo custo, em comparação com equipamentos similares disponíveis no mercado.
Ferreira destaca que existem vários produtos e equipamentos para esterilizar as superfícies internas, como acentos, janelas e pega-mão. Para a esterilização do ar, existem alguns dispositivos que usam outras tecnologias.
“Atualmente, os ônibus equipados com ar-condicionado precisam esterilizar o ar interior para evitar a propagação de vírus e bactérias. Os sistemas existentes utilizam lâmpadas fluorescentes UV e geradores de ozônio. Estas soluções apresentam algumas desvantagens em seu uso. As lâmpadas fluorescentes possuem mercúrio e, caso ocorra um rompimento do seu vidro, contaminaria todo o sistema de ar-condicionado, e por consequência, os passageiros também seriam contaminados. Outro problema desse tipo de lâmpada é ambiental, pois seu descarte gera impactos negativos. O ozônio é realmente bactericida, mas respirar ozônio por longos períodos pode causar problemas de saúde”, explica.
Ferreira informa que a Clariar UVBus passou por diversos testes em laboratórios do Senai, comprovando sua eficácia na esterilização dos ambientes. “O produto proporciona aos ocupantes do ônibus um ar livre de germes para uma viagem segura. O uso da Clariar UVBus não elimina a necessidade de se esterilizar as superfícies internas do ônibus, seu uso previne que os agentes infecciosos se propagem pelo ar, mantendo o ambiente seguro para passageiros e funcionários da empresa de transportes”, afirma.