Sonia Moraes
As encarroçadoras de ônibus apresentaram melhor desempenho em julho com a produção de 1.525 veículos, o que representou um crescimento de 17,2% sobre junho (1.302 unidades) e de 23,6% sobre maio (1.234), quando as atividades começaram a retomar após ficarem suspensas durante a pandemia da Covid-19. Mas no acumulado de janeiro a julho os 9.074 veículos produzidos ficaram 29,7% abaixo das 12.908 unidades que foram feitas no mesmo período de 2019, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus).
Do total de ônibus fabricados até julho, 5.266 unidades são de modelos urbanos, que representam 58,03% do total e uma retração de 27,78% sobre as 7.292 carrocerias fabricadas nos sete meses de 2019.
De modelos rodoviários foram produzidos 1.896 veículos até julho, 20,89% do total e uma redução de 26,73% sobre os 2.589 veículos feitos no mesmo período de 2019. O volume de micro-ônibus chegou a 1.497 unidades, representando 16,5% do total e uma queda de 39,2% sobre os sete meses de 2019 (2.463 unidades) e o de intermunicipais somaram 415 unidades, 26,3% a menos que em 2019 (564 unidades) e uma representatividade de 4,57% em todo o setor.
A Marcopolo manteve a sua liderança no ranking das encarroçadoras, com 3.919 ônibus produzidos de janeiro a julho – 2.036 unidades na fábrica de Caxias do Sul (RS) e 1.883 na fábrica de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro (a Marcopolo Rio). Este número representou uma retração de 22,14% em comparação aos sete meses de 2019, quando foram montados 5.034 ônibus.
A Caio Induscar, segunda colocada no mercado, produziu 2.160 ônibus até julho, registrando a maior queda do setor (51,81%), quando comparado aos 4.483 veículos fabricados no mesmo período de 2019. A Mascarello, terceira no ranking, fez 1.007 carrocerias, 10,8% a menos que nos sete meses de 2019, quando fabricou 1.130 unidades.
Na sequência, estão posicionadas a Neobus, que montou 832 ônibus até julho, 34,6% menos que janeiro a julho de 2019 (1.273); a Comil, que fabricou 707 veículos, 5,5% a mais que nos seis meses de 2019 (671); a Carbuss, que produziu 241 ônibus rodoviários da marca Busscar; e a Irizar que concluiu a montagem de 208 carrocerias, 34,2% a menos que nos sete meses de 2019 (317 unidades).
Exportação –
Nas exportações as encarroçadoras não apresentaram bom resultado de janeiro a julho. Os embarques de 1.705 ônibus ficaram 38,2% abaixo do registrado no mesmo período de 2019 (2.759 unidades).
A Marcopolo reduziu suas vendas externas em 51,5%, de 1.418 veículos de janeiro a julho de 2019 para 868 unidades neste ano. A Caio Induscar diminuiu em 20,5% os seus embarques, de 602 para 478 veículos. A Irizar teve uma retração de 34,7%, de 303 para 197 veículos e a Mascarello uma queda de 86,4%, de 273 para 37 veículos vendidos no exterior no acumulado de janeiro a julho.
A Carbuss exportou três ônibus rodoviários da marca Busscar nos sete meses do ano, e a Comil foi a única fabricante de carrocerias que apresentou resultado positivo, com aumento de 11% nas suas exportações de janeiro a julho, com 122 veículos, ante as 110 unidades vendidas no exterior nos sete meses de 2019, segundo a Fabus.