Márcia Pinna Raspanti
O novo respirador foi idealizado e produzido pela Inspirar, uma empresa Health Tech idealizada pelos sócios da Tacom para minimizar os impactos no sistema de saúde gerados pela pandemia da covid-19. Os equipamentos foram homologados pela Anvisa. “Além deste lote, que está sendo entregue para o governo de Minas Gerais, mas esperamos que surjam novas ações. Nossa meta inicial é produzir 7,5 mil respiradores “, informa Marco Antônio Tonussi, diretor de marketing e mercado da Tacom.
A empresa desenvolveu uma tecnologia inédita para a fabricação dos equipamentos. Os ventiladores pulmonares chegam ao mercado com custo reduzido em comparação aos produtos semelhantes, além de serem de fácil utilização. Agora, os ventiladores podem ser utilizados e comercializados por hospitais de todo o Brasil. O processo que culminou com a liberação do equipamento durou cerca de cinco meses.
O equipamento produzido é o VI-C19 que utiliza dois módulos para fazer a ventilação: o volume controlado (VCV) e o modo pressão controlada (PVC). O respirador está apto a ventilar qualquer doente com insuficiência respiratória que necessite do apoio mecânico. O projeto foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar formada por médicos intensivistas, engenheiros, programadores e desenvolvedores.
Gestão –
Tonussi comenta que existe uma carência muito grande de alta tecnologia na área de saúde. “É um projeto social que surgiu neste cenário complicado devido à pandemia e que deixará um legado futuro para as áreas de atendimento de emergência no Brasil. Mas, vamos avaliar com muito cuidado se iremos entrar futuramente neste mercado. Afinal, conseguimos o certificado de fornecedora classe C da Anvisa, o que é significativo”, pontua.
Os respiradores deverão entrar em operação nos próximos dias. ”Será um grande desafio, pois a dinâmica operacional é diferente. As equipes deverão passar por um treinamento específico. Desenvolvemos sistemas de gestão para suportar os equipamentos, que transmitem dados para uma central de controle. É semelhante ao que já fazemos nos sistemas de transporte coletivo há décadas”, observa.