Com esses veículos, a empresa dobra a capacidade de transporte de passageiros na linha 376, que faz o trajeto Diadema-Brooklin, em São Paulo
A Metra, operadora do corredor metropolitano ABD – que liga São Mateus, na zona leste, ao bairro do Jabaquara, na zona sul –, e da linha que liga Diadema ao bairro do Brooklin, em São Paulo, dobrou a capacidade de transporte de passageiros na linha 376, que faz o trajeto Diadema- Brooklin, ao incorporar em sua frota 25 ônibus articulados.
Os novos ônibus, com chassi Volvo e carroceria Caio Millenium BRT, têm capacidade para 154 passageiros. Os veículos são totalmente acessíveis, têm ar-condicionado, tomadas USB para recarga de aparelhos eletrônicos e conexão de internet via wi-fi .
O objetivo da empresa, com a aquisição dos novos ônibus, é garantir mais conforto e agilidade aos usuários, além de aumentar a capacidade de transporte de passageiros no corredor Diadema-Morumbi, com serviço de elevado padrão de qualidade.
A Metra também realizou melhorias no terminal Diadema para proporcionar embarque mais fácil e ágil.
Além dos novos ônibus articulados, a frota da Metra Transportes é composta por mais de 110 trólebus, híbridos e elétricospuro (veículos híbridos BR 12 metros, trólebus BR 12 metros, trólebus BRT 18 metros, superarticulado BRT 23 metros e Dual Bus, elétrico movido a baterias ou pela rede aérea), e os modelos a diesel com comprimento de 15 e 21 metros.
TRÓLEBUS É OPÇÃO PARA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
A Metra Transportes considera que a maior utilização de trólebus proporcionaria grandes vantagens e benefícios para a mobilidade urbana, para a preservação ambiental e para os usuários. O modal de tecnologia limpa – que completou, em de abril, 70 anos de funcionamento em São Paulo –, é um dos mais viáveis econômica e tecnicamente para a realidade das grandes cidades, segundo a empresa.
Um dos melhores exemplos de utilização bem-sucedida do trólebus no Brasil, de acordo com a Metra, é o corredor ABD, que tem extensão total de 33 quilômetros, entre os bairros de São Mateus, no extremo leste da capital paulista, e do Jabaquara, na zona sul, atravessando quatro municípios do ABC (Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema), e outros 12 quilômetros na extensão entre Diadema e a estação Berrini da CPTM, na zona sul de São Paulo.
Atualmente, quase 100 trólebus operam no corredor ABD, classificado como o modo de transporte mais satisfatório na Região Metropolitana de São Paulo, com aprovação de 86,7% dos usuários. O sistema atende mais de 300 mil passageiros por dia, tem velocidade média operacional de 21 quilômetros por hora e o intervalo médio, considerando todas as partidas nos dias de semana, é de três minutos.
O trólebus é um meio de transporte indicado para os dias de hoje e para o futuro. Com o avanço das tecnologias, os veículos foram modernizados, ganharam baterias e não dependem mais exclusivamente da rede aérea de fios, o que permite percorrer trechos sem estarem conectados à fi ação elétrica. A autonomia depende do banco de baterias e de outros fatores como topografia e ocupação.
Os modelos mais modernos de trólebus também possuem hastes flexíveis, para absorver os impactos devido às ondulações da via, e alavancas pneumáticas, sem a necessidade de o motorista manipular as cordas das alavancas para conectar à rede.
Segundo Maria Beatriz Setti Braga, diretora executiva da Metra Transportes, o trólebus é uma das opções mais viáveis e sustentáveis para reduzir as emissões de gases poluentes e de ruídos nas cidades.
“Para nós da Metra, o trólebus é um veículo ambientalmente correto e tem papel fundamental para alcançar as metas de redução da poluição, por ser uma tecnologia amplamente conhecida e de baixo custo em comparação com outras alternativas, como ônibus elétrico com bateria, a hidrogênio ou mesmo a gás”, diz a diretora.
EMISSÃO REDUZIDAS – Os 96 trólebus da Metra que operam no corredor ABD colaboram significativamente para a preservação ambiental e melhora da qualidade do ar e do bem-estar na Grande São Paulo, segundo dados da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU).
O levantamento refere-se ao período entre janeiro de 2017 e outubro de 2018 e leva em conta o ano de fabricação dos veículos em comparação com os ônibus movidos a diesel do mesmo tamanho.
Além da redução na emissão de dióxido de carbono, os trólebus da Metra colaboram com a diminuição de outros poluentes prejudiciais à saúde, como 104 toneladas de óxido de nitrogênio (NOx), relacionado até a casos de câncer, e de 1,7 tonelada de materiais particulados, tipo de poluente que pode entrar facilmente na corrente sanguínea, além de poupar 8,1 milhões de litros no consumo de óleo diesel.