Transporte rodoviário sempre atento às necessidades dos passageiros

Em março de 1996, a Technibus dedicou um espaço especial às inovações do transporte rodoviário de passageiros, com serviços diferenciados e investimentos em frota e segurança

Marcia Pinna

A 29ª edição da Technibus, de março de 1996, trazia uma reportagem especial sobre o transporte rodoviário de passageiros. As empresas operadoras já estavam preocupadas em oferecer serviços diferenciados para os passageiros, aprimorando a qualidade das viagens de ônibus. O jornalista Ariverson Feltrin comentava em seu editorial:

Nos ônibus rodoviários, a busca pela qualidade é igualmente uma constante entre as operadoras, tema da reportagem de capa desta edição de Technibus. O lançamento de serviços especiais, tais como o Top Bus, da Viação Garcia. o Starbus, da Viação Itapemirim, o Vip, da São Geraldo, são ações orientadas à conquista do cliente, um rei que em boa hora está sendo coroado.”

As empresas investiam em frota, conforto a bordo e segurança, utilizando alguns conceitos do transporte aéreo. Grandes transportadoras apostavam na operação de luxo, na qual o ponto alto era o uso de ar-condicionado e da calefação no veículo. Com 61 anos de existência à época, a Viação Garcia havia criado o Top Bus, com uma frota inicial de 62 veículos, todos de última geração, e investido em segurança. A novidade era o Controlaser, “uma espécie de radar de bordo, que emite um sinal sonoro para alertar o motorista da existência de obstáculos à sua frente que possam causar colisões.

A Viação 1001 foi uma das primeiras a inovar com o Top Line, que disponibilizava venda de passagens em agências de viagens, com entrega a domicílio, sala de espera com conforto e atendimento diferenciado, além de veículos de luxo com ar-condicionado e água e cafezinho a bordo.

A reportagem dos ano 90 mostrava que um determinado perfil de passageiro não se importava em pagar mais, desde que pudesse contar com mais conforto e conveniência. Na São Geraldo, por exemplo, a diferença de tarifas do ônibus executivo e o convencional, variava de 27,5% a 34,6%, dependendo da linha. No entanto, mesmo pagando um preço maior, as pesquisas realizadas com os passageiros pela São Geraldo garantem a preferência dos ônibus especiais.

A edição 29 da Technibus apresentava ainda os 50 anos da Viação Águia Branca . Na seção Pioneiros do Transporte, Ariverson Feltrin destacava “a comemoração dos 100 anos de nascimento de Carlos Chieppe, que plantou há exatamente meio século a semente do hoje poderoso grupo Águia Branca.

Segundo a reportagem: “O ônibus entrou por acaso nos negócios da família Chieppe, originária do
interior capixaba, mas foi o propulsor de um grupo vencedor, de muitas empresas, que pretende chegar ao ano 2000 com faturamento de US$ 500 milhões”
. E a empresa não parou de crescer e aprimorar seus serviços, assim como todo o Grupo Águia Branca.

O mundo mudou bastante de 1996 para cá, principalmente devido ao avanço rápido da tecnologia. As empresas operadoras do transporte rodoviário estão fazendo constantes melhorias nos serviços, principalmente após a aprovação do marco regulatório do setor. A digitalização tem sido uma dos pontos mais importantes nesse processo de trazer mais conveniência aos usuários. Vendas on-line, informações via WhatsApp, aplicativos com as diferentes funcionalidades e chatbots com uso da Inteligência Artificial (IA) já fazem parte da realidade das empresas e dos passageiros.

Confira a edição completa: Technibus 29

Acesse: Acervo OTM Editora

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