“Mulheres que movem o futuro da mobilidade”

O Elas no Transporte é um movimento criado para fortalecer e impulsionar a presença feminina em um setor historicamente dominado por homens

Marcia Pinna

Iniciar um movimento para construir uma comunidade de mulheres e impulsionar a participação feminina no universo da mobilidade e do transporte coletivo. Com esse objetivo tão ambicioso quanto necessário, as empresárias Niege Chaves e Luciana Herszkowicz idealizaram o “Elas no Transporte”, que prevê uma série de ações, com início no dia 2 de junho em um primeiro encontro em São Paulo. A Technibus acompanha esse evento importante, que reúne cerca de 60 líderes femininas.

“Fizemos uma pesquisa para saber quais os assuntos que mais interessam às executivas e empresárias do setor e chegamos a alguns temas comuns, como liderança humanizada, inovação, ESG e tecnologia. E vamos debater alguns deles nesse primeiro encontro, mas já estamos planejando as próximas ações que devem ocorrer ainda neste ano”, conta Luciana, que além de atuar na empresa da família, a Paraty Mobilidade, também fundou a Ekhoa, voltada para eventos focados “nas experiências das pessoas”.

Ela acredita que alguns tabus vem sendo quebrados, e que as mulheres conseguiram ocupar espaços que antes lhes eram negados, mas ainda há muito para avançar. E que esse avanço irá contribuir bastante para a construção de uma nova mobilidade, mais humana, eficiente e tecnológica. “Nossa ideia é gerar conexão, troca, e que possamos enxergar umas as outras. Com certeza, esse movimento contribui para o desenvolvimento do mundo da mobilidade”, comenta.

Luciana Herszkowicz, empresária

Para Luciana, esses encontros são fundamentais para que as lideranças femininas possam trocar as suas vivências profissionais e pessoais, buscando mudar os ambientes das empresas do setor. “Será que realmente estamos preparados para atender as mulheres que querem trabalhar em nossa área? Há muitas mulheres no setor, mas elas não conversam entre si. Buscamos fortalecer essa comunicação, que irá acrescentar muito ao setor”, avalia.

Na Paraty Mobilidade, Luciana tem buscado proporcionar às mulheres mais oportunidades profissionais. “Temos muitas gestoras não operacionais em nossos quadros. Implementamos ainda um programa interno para treinar trabalhadoras que atuam em serviços gerais e queiram se tornar condutoras, ajudando-as a receber a carteira de motorista necessária. Primeiramente, elas atuam como manobristas, que é o primeiro passo para quem quer ser motorista”, conta.

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