A indústria de autopeças acumula, de janeiro a novembro de 2024, exportações de US$ 7,2 bilhões, o que representa queda de 14% em relação ao mesmo período de 2023, quando o valor chegou a US$ 8,4 bilhões. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), ao longo do ano, a priorização no atendimento do mercado interno e o arrefecimento das vendas em mercados latino-americanos e europeu, como no caso da Argentina e Alemanha, entre outros, prejudicaram as exportações de veículos e peças.
Em novembro, as exportações atingiram US$ 702,9 milhões, o que representou aumento de 1% sobre outubro deste ano (US$ 695,6 milhões). Segundo o Sindipeças, isso pode ser um indicativo dos efeitos da desvalorização mais forte do Real. Em relação ao montante de US$ 718,5 milhões exportados em novembro de 2023 o aumento foi de 2,2%.
As importações totalizaram US$ 19,4 bilhões até novembro, com aumento de 11% em relação a igual período de 2023, quando totalizou US$ 17,4 bilhões. O Sindipeças atribui esse resultado ao avanço da produção de autoveículos que faz as empresas recorrerem ao mercado externo para suprir a demanda no país.
A China, Estados Unidos, Alemanha e Japão continuam como principais mercados de origem das aquisições de peças, representando cerca de 46% do total das importações das autopeças realizadas de janeiro a novembro deste ano, segundo o Sindipeças. Em novembro, as importações totalizaram US$ 1,72 bilhão, 19,7% abaixo de outubro deste ano, que atingiu US$ 2,14 bilhões. Em relação a novembro de 2023 (US$ 1,46 bilhão) o aumento foi de 17,4%.
Com a movimentação maior das importações, a indústria de autopeças acumulou, até novembro, déficit de US$ 12,2 bilhões, aumento de 34,3%, quando comparado com o saldo negativo de US$ 9 bilhões registrado no mesmo período de 2023.
Importações
Nas importações provenientes de 193 países no período de janeiro a novembro deste ano, a China continua como um dos principais parceiros comerciais das fabricantes de autopeças, com US$ 3,5 bilhões, 28,9% a mais do que nos onze meses de 2023, e a participação foi de 18,3% nas compras totais das empresas.
Os Estados Unidos são o segundo maior mercado de compras das empresas, com US$ 2,0 bilhões, montante 6,8% inferior ao período de janeiro a novembro do ano passado, e a participação foi de 10,7%. A Alemanha teve 9,1% de representatividade, com o total de US$ 1,7 bilhão, 4,5% acima de janeiro a novembro de 2023.
O Japão, quarto lugar no ranking, teve 8,2% de participação, com US$ 1,5 bilhão, 6,9% a mais do que no mesmo período do ano anterior, e o México, quinto lugar, garantiu 7,5% de participação, com US$ 1,4 bilhão, aumento de 12,8%.
Exportações
Nas exportações destinadas a 210 países, a Argentina aparece como principal parceiro comercial das empresas, com 34,6% de participação nas compras do Brasil, mas o montante de US$ 2,5 bilhão, foi 20,2% inferior ao registrado no mesmo período de 2023, quando atingiu US$ 3,1 bilhões.
Os Estados Unidos continuam em segundo lugar no ranking de compras do Brasil com US$ 1,2 bilhão, que garantiu 17,4% de participação, ficando 1,2% inferior a janeiro e novembro do ano passado. Na sequência, aparece o México, que absorveu US$ 851,6 milhões, 1,9% superior ao mesmo período do ano passado, ficando com 11,8% do total, e a Alemanha, que teve 5,2% de participação, com US$ 379,4 milhões, queda de 33,5% sobre janeiro a novembro de 2023.
O Chile aparece em quinto lugar, com US$ 221,6 milhões, aumento de 4,7% em relação aos onze meses de 2023 e 3,1% de participação nas compras de componentes do Brasil, segundo o Sindipeças.