Fred Carvalho, de Barcelona
Resiliência é o que não falta para Mauricio Biazzoto Corte, diretor Latam de Assuntos Estratégicos da Clever Devices, empresa norte-americana de programas de gestão, controle de frota, planejamento operacional e estratégico. Afinal há dez anos conversa com operadores de transportes, autoridades governamentais e produtores de ônibus sobre as vantagens econômicas da adoção do pacote tecnológico da líder americana nesta área.
“A maioria das empresas de transportes se acostumaram a atender única e exclusivamente o poder concedente, também conhecido como poder público. E programas de gestão, redução de custos, melhoria dos índices são consideradas perigosos indicadores que possam redundar em redução da tarifa praticada. E a diminuição nos custos ficam em torno de dez a 12%. Ou seja, uma frota de 300 ônibus pode economizar algo como 30 unidades na operação”, salienta Corte.
“As empresas, principalmente as maiores, preocupadas com o poder concedente, preferiram criar programas próprios de gestão pois têm todos os controles sobre os dados e números que aparecem. Isto provocou um atraso de gestão, de no mínimo 15 anos”, lamenta Corte.
Mas boas notícias, depois de dez anos, um dia iriam surgir para gratificar os esforços da companhia americana e seu persistente diretor. E a Clever venceu a concorrência de Londrina e começou a implementar os seus programas. Da mesma maneira desenvolve um projeto completo de telemetria com a Mercedes-Benz.
“O empresário brasileiro precisa apostar mais forte no futuro. Uma ação que permite tamanha rentabilidade precisa ser pensada com muita atenção”, finaliza o executivo