Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, no mês de dezembro, houve uma diminuição geral do número de acidentes graves nas estradas , em torno de 65% em relação ao mesmo período do ano passado. “Já no caso do setor rodoviário regular interestadual de passageiros esse percentual chega a quase 100%, um número recorde”, destaca Letícia Pineschi, conselheira e porta-voz da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), que representa a maior parte dos operadores do transporte rodoviários no país.
Para a executiva, as informações refletem o trabalho consistente que as empresas regulares estão fazendo para operar com a máxima segurança nas estradas. “Os motoristas são treinados para dirigir de maneira segura, respeitando as regras de trânsito e de biossegurança, e os veículos estão cada vez mais modernos. Há também investimentos em frotas cada vez mais confortáveis com o intuito de oferecer uma experiência de primeira classe aos passageiros.”
De acordo com a Abrati, um dos principais indicativos de eficiência do setor regular rodoviário está justamente ligado ao baixíssimo índice de sinistralidade ou intercorrências relacionados à segurança nas estradas. “Para chegar a esse patamar, os ônibus regulares contam com aplicativos de alerta, controle de velocidade e monitoria da viagem”, conta a executiva.
A entidade destaca a importância da população saber diferenciar a operação legal e regular de viagens clandestinas. “Os veículos clandestinos costumam oferecer aos passageiros um atrativo: o preço mais baixo em relação ao transporte regular. Mas a vantagem é só uma ilusão. A tarifa não leva em conta a ausência de descanso, a deficiência de exames toxicológicos e até mesmo a falta da carteira nacional de habilitação dos motoristas. Além de todos esses riscos, existe também o abandono dos passageiros à própria sorte, quando a fiscalização efetuar interrupções de viagens clandestinas compradas por meio de aplicativos que vendem os serviços intitulados como ‘fretamentos colaborativos’, que na realidade são empresas não autorizadas ao transporte público operando à margem da legalidade”, ressalta Letícia.
Fim de ano-
Apesar da crise vivida nos últimos anos pelo setor, com a pandemia e a proliferação do transporte clandestino digital, os principais grupos empresariais do transporte rodoviário brasileiro estão satisfeitos com os resultados obtidos no fim do ano de 2022.
Segundo a Abrati, as empresas registraram aumento de 18% o número de embarques de passageiros em relação ao movimento de 2019, pré-pandemia, no período de festas de fim de ano, considerando de 23 de dezembro de 2022 a 2 de janeiro de 2023.