FNDE suspende a licitação do Caminho da Escola

O mercado de ônibus aguardava com bastante expectativa esta nova licitação para a compra de 3.850 veículos escolares que representam em torno de 25% da produção total de ônibus, segundo a Fabus

Sonia Moraes

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) suspendeu o pregão eletrônico destinado a compra de 3.850 novos ônibus escolares que seria realizado dia nove de fevereiro para atender as entidades educacionais das redes públicas de ensino nos estados, distrito federal e municípios.

“O motivo da suspensão da licitação se deu em razão da análise dos pedidos de esclarecimentos e impugnações, sem que haja prejuízo aos licitantes”, esclareceu o FNDE por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa. A nova data não foi informada pelo FNDE.

Com essa suspensão, a Mercedes-Benz refaz suas previsões para 2022. “Com os 3.850 ônibus do programa Caminho da Escola, havíamos previsto um mercado de 25 mil unidades. Logo, não ocorrendo a licitação, os emplacamentos seriam reduzidos, atingindo um mercado em 21 mil a 21.500 unidades”, destacou Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing da Mercedes-Benz do Brasil. “Mas nada impede o governo de retomar o pregão. Ainda é cedo para dizer se haverá ou não uma nova licitação do Caminho da Escola.”

A Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) aguardava com grande expectativa essa nova licitação do FNDE marcada para este ano. “Isso dará um ânimo para a indústria porque os modelos escolares representam em torno de 25% da produção total de ônibus”, disse Rubens Bisi, presidente da Fabus, antes do anúncio do cancelamento.

Para este ano, as fabricantes têm 6.800 ônibus escolares para entregar referentes à licitação de sete mil veículos realizada no ano passado. Os outros 200 modelos já foram entregues no último trimestre do ano passado.

O programa Caminho da Escola foi criado em 2007 para renovar e ampliar a frota de veículos escolares, garantir segurança e qualidade ao transporte de estudantes e contribuir para a redução da evasão escolar, ampliando, por meio do transporte diário, o acesso e a permanência na escola de estudantes matriculados na educação básica da zona rural das redes estaduais e municipais.

Veja também