As exportações da indústria de autopeças atingiram US$ 792,7 milhões em março deste ano, com crescimento expressivo de 21,8% em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 650,6 milhões), enquanto as importações avançaram 7,3%, atingindo US$ 1,8 bilhão, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
No primeiro trimestre de 2025, as exportações totalizaram US$ 1,9 bilhão, aumento de 8,1% sobre o mesmo período do ano passado quando atingiram US$ 1,8 bilhão, e as importações apresentaram crescimento de 18,2%, com US$ 5,6 bilhões, ante os US$ 4,7 bilhões registrados nos três primeiros meses do ano passado. Com esse resultado, as fabricantes de autopeças registram em sua balança comercial déficit de US$ 3,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano, montante 24,5% superior ao saldo negativo de US$ 2,9 bilhões registrados no acumulado de janeiro a março de 2024.
Exportações
As exportações destinadas para 168 mercados tiveram a Argentina como o principal destino dos embarques das empresas no primeiro trimestre de 2025, devido ao efeito positivo da recuperação econômica, respondendo por 38,5% do total, com US$ 759,6 milhões. Isso corresponde a um aumento de 26,6% nas compras em relação ao mesmo período do ano anterior, quando atingiram US$ 599,8 milhões.
Os Estados Unidos se mantêm em segundo lugar no ranking das exportações das autopeças, com 15,7% de participação, mas registraram queda de 2,6% no primeiro trimestre deste ano, com o total de US$ 309,6 milhões, ante os US$ 317,7 milhões contabilizados em igual período no ano passado.
O Sindipeças destaca que, para este ano, a preocupação com a taxação extra de 25% sobre as importações de veículos e peças imposta pelo governo Trump continua no radar do setor, e que os efeitos no comércio global ainda são incertos. “Acompanhar essas medidas revela-se essencial para entender suas implicações na economia brasileira e guiar políticas que minimizem os riscos associados.”
O México teve 7,3% de participação nas exportações, com o total de US$ 144,1 milhões, mas foi 35,5% inferior aos US$ 223,4 milhões exportados de janeiro a março de 2024. A Alemanha também comprou menos das empresas brasileiras e o valor atingiu US$ 103, 6 milhões, 2,9% abaixo do primeiro trimestre de 2024 (US$ 106,8 milhões) e a participação foi de 5,3%.
O Chile, que aparece em quinto lugar nas exportações das empresas, com 2,6% de participação, teve US$ 52,1 milhões de compras adquiridas das fabricantes brasileiras, aumento de 1,0% sobre o primeiro trimestre de 2024 (US$ 51,6 milhões).
Importações
Na movimentação das importações provenientes de 131 países, a China manteve-se como principal origem das importações brasileiras no primeiro trimestre de 2025, com participação de 20% no total importado. As compras do país somaram US$ 1,1 bilhão, aumento expressivo de 30,4% em relação ao mesmo período de 2024, o que contribuiu para a ampliação do déficit comercial, segundo o Sindipeças.
Os Estados Unidos se mantiveram em segundo lugar, com US$ 566,4 milhões de produtos adquiridos pelas empresas brasileiras, aumento de 9% em relação ao primeiro trimestre de 2024 (US$ 519,6 milhões) e a participação foi de 10,1%.
A Alemanha teve 8,9% de representatividade, com o total de US$ 501,6 milhões, 14,1% superior ao acumulado de janeiro a março de 2024, quando atingiu US$ 439,6 milhões. O Japão ocupa o quarto lugar no ranking com 8,9% de participação e US$ 499 milhões de componentes enviados ao Brasil, 26,6% superior a igual período do ano passado.
O México teve 6,5% de participação nas compras das empresas, com US$ 363,3 milhões, aumento de 9,2% sobre janeiro a março do ano passado.
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