A Marcopolo Rail amplia sua atuação no mercado internacional, com o fornecimento de três composições de dois carros para a Empresa de los Ferrocarriles del Estado (EFE Trenes de Chile), empresa pública responsável pela gestão da rede ferroviária do país. A unidade de negócios da Marcopolo, especializada no desenvolvimento e produção de veículos ferroviários, assinou o contrato para o fornecimento neste mês de dezembro.
“Os veículos serão bidirecionais, com cabines de operação em cada extremidade. As composições terão capacidade para transportar 223 passageiros, sendo 80 sentados e 143 em pé. Os modelos vão contar com climatização, espaço destinado para pessoas com mobilidade reduzida, além de um sanitário adaptado”, destaca Petras Amaral Santos, gerente executivo da Marcopolo Rail.
O contrato com a EFE inclui o fornecimento de material rodante, peças de reposição e manutenção. Serão três unidades Diesel Multiple Units, DMU, com dois carros cada uma do modelo Prosper, com portas em ambas as laterais, poltronas com apoio de braço, portas USB e mesa dobrável no encosto. Para maior conforto térmico, os trens terão sistema de ar-condicionado independente para cada carro. A produção está prevista para iniciar no primeiro semestre de 2023, no Complexo Industrial de Ana Rech, em Caxias do Sul (RS), em um pavilhão específico para a produção dos veículos ferroviários.
Os trens produzidos deverão operar na linha Talca-Constitución, um circuito interurbano de transporte de passageiros de média distância, com 88 quilômetros de extensão e 11 estações. O sistema faz parte do programa Trenes de Chile e passou recentemente por melhorias em sua infraestrutura. Atualmente, o ramal conecta as zonas rurais do vale central e da zona costeira, na região do Maule.
“Nossa chegada ao Chile coloca o Brasil como um player importante no cenário metroferroviário internacional, considerando o potencial estratégico de produção, bem como a capilaridade da Marcopolo para atendimento ao continente. O fornecimento dos trens ao Chile fortalecerá nossa atuação e favorecerá a entrada em outros mercados da América Latina, com possibilidade de expansão da mobilidade sobre trilhos”, afirma Santos.