BNDES aprova R$ 2,4 bi para 1ª fase da expansão da Linha 2-Verde do Metrô-SP

Banco já financia, com R$ 3,6 bi, aquisição de 22 trens para a Linha-2 e outros 22 para linhas impactadas pela obra

Redação

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 2,4 bilhões para a primeira fase da expansão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo, que atualmente liga Vila Madalena a Vila Prudente, com investimentos totais em obras civis de R$ 7,8 bilhões. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 27, em Santos (SP), em evento com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa.

A primeira fase corresponde ao trecho de extensão entre as estações Vila Prudente e Penha, permitindo a integração da Linha 2-Verde com a Linha 3-Vermelha, do Metrô, e a Linha 11-Coral, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A operação comercial até a Penha está prevista para iniciar em dezembro de 2028, quando se espera um aumento na demanda de 320 mil passageiros por dia útil. Neste projeto, que já se encontra em plena execução, serão construídos 8,3 km de vias e 8 novas estações, além de uma base de manutenção e estacionamento.

Além da primeira fase da expansão, o Metrô-SP conta com outro financiamento do BNDES no âmbito do PAC, de R$ 3,6 bilhões. Contratado em novembro do ano passado, o crédito é destinado à aquisição de 44 trens, ao custo total de R$ 4 bilhões. São 22 composições para operação da Linha 2 e outras 22 para as demais linhas impactadas pela obra.

Benefícios –

Segundo o Metrô-SP, após a sua implantação total, a expansão deverá encurtar o tempo médio de viagem de Vila Prudente à Penha em 35%. O tempo médio de espera para embarque na Linha 2-Verde tem redução estimada em 22%. Já nas estações Sé, Brás e Luz, a expectativa é que as transferências sejam poupadas em 120 mil passageiros por dia.

A obra deverá aumentar em 30% os pontos comerciais nas dependências da Linha 2-Verde, reduzir a ocupação de passageiros por metro quadrado na Linha 3-vermelha em 38% e evitar a emissão de 41,6 mil toneladas de CO2-equivalente por ano.

“Esta obra, incluída no Novo PAC do governo do presidente Lula, reforça o compromisso do BNDES com o apoio à mobilidade urbana”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Além de financiar a expansão da Linha 2 e a aquisição de novas composições, estamos apoiando o Estado de São Paulo com R$ 6,4 bilhões em aportes na PPP da primeira etapa do Trem Intercidades, dos quais R$ 3,2 bilhões já estão contratados, e financiando a capital paulista com R$ 2,5 bilhões para aquisição de 1,3 mil ônibus elétricos”.

Apoio à mobilidade –

Desde 2000, o BNDES já financiou R$ 27,6 bilhões para modernização, expansão e até criação de novas linhas no sistema de transporte sobre trilhos de São Paulo. Ao todo são nove linhas aprovadas, com projetos que já atendem 2,5 milhões de pessoas por dia e passarão a atender mais 1,1 milhão de pessoas com a conclusão das obras em andamento.

Considerando todo os modais da mobilidade urbana, o BNDES aprovou de 2000 a 2024 R$ 40,2 milhões em financiamentos destinados a 18 projetos, com investimento total de R$ 67,7 bilhões. São projetos de ampliação de frota, com aquisição de 1.300 ônibus elétricos e 263 trens; ampliação de infraestrutura, com 89 km de trilhos e 17 km de BRT; reforma e modernização de 38 trens e 203 km de trilhos. Os sistemas atendem diariamente 4,1 milhões de usuários, com previsão de ampliação do atendimento para mais 1,7 milhão de usuários novos.

Todos os grandes metrôs e trens urbanos do Brasil receberam ou estão recebendo apoio do BNDES seja por meio de crédito, seja por meio de serviço de estruturação de projetos. Além de São Paulo, o Banco já apoiou metrôs e trens urbanos no Rio, Salvador, Fortaleza, Distrito Federal, Belo Horizonte, Recife, Natal, Maceió, João Pessoa e Porto Alegre.

Foram 52 projetos aprovados entre 2000 e 2024, com financiamento de R$ 63,1 bilhões do BNDES para um investimento total de R$ 103 bilhões. Os projetos ampliam a frota – mais 1.300 ônibus elétricos, 124 BRT, 12.100 bicicletas e 367 trens (39,4% da frota nacional) – e a infraestrutura – 181 km de trilhos (15,5% da extensão nacional), 105 km de BRT e 263 km de ciclovias – do transporte público; reformam e modernizam 97 trens (10,4% da frota nacional) e 374 km de trilhos (32% da extensão nacional); e atendem diariamente 23,93 milhões de usuários (38% da demanda nacional do transporte público), com previsão de atendimento a 11,97 milhões de usuários novos (19% da demanda nacional do transporte público).

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