A plataforma de trilhos da Motiva – nova identidade do Grupo CCR, maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil – encerrou o primeiro trimestre de 2025 com resultados expressivos em desempenho operacional e eficiência energética. O Ebitda ajustado da plataforma de trilhos da Motiva chegou a R$ 585 milhões, um crescimento de 22,5% sobre o 1T24, com margem de 58,4% – uma expansão de 8,2 pontos percentuais. As receitas acessórias também avançaram: foram R$ 47,5 milhões gerados no trimestre, aumento de 17,2% impulsionado por novas locações em malls, contratos de Naming Rights e alta na receita publicitária.
A demanda de passageiros cresceu 3,3% em relação a 2024, impulsionada pelas operações especiais em grandes eventos. Por exemplo, no carnaval, mais de oito milhões de pessoas foram transportadas. No Lollapalooza, a plataforma de trilhos atendeu 60% do público, evitando a emissão de 92 toneladas de CO₂. A atuação também se destacou em shows, eventos esportivos e feiras, reforçando o papel da empresa na mobilidade em momentos de alta demanda.
No período, foram investidos R$ 212 milhões em melhorias e modernizações. Os aportes foram direcionados principalmente para construção e revitalização de subestações de energia, aquisição de material rodante, manutenção de trens e modernização de sistemas. Atualmente, a companhia transporta cerca de 3 milhões de pessoas por dia, operando quase 200 km de trilhos, 124 estações e dez terminais.
Também no primeiro trimestre, a empresa fechou um contrato com a Neoenergia para viabilizar a autoprodução de energia renovável. Com isso, 100% da eletricidade utilizada passa a ser limpa, com emissões de carbono compensadas. A medida também gerou economia no período, reforçando o compromisso com sustentabilidade e eficiência operacional.
Outro ponto relevante para a performance financeira da plataforma de trilhos da Motiva no trimestre foi a saída da concessão das Barcas, ocorrida em fevereiro de 2025. A operação era estruturalmente deficitária, com perdas anuais entre R$ 150 e R$ 200 milhões, e o encerramento dessa operação traz um alívio estrutural importante para o Ebitda da plataforma nos próximos trimestres.
“Estamos vivendo uma transformação profunda na mobilidade urbana brasileira. Com a plataforma de trilhos da Motiva, avançamos em eficiência de processos, integração e qualidade, sempre com foco em quem mais importa: nossos clientes. Os resultados do trimestre refletem não apenas uma operação mais robusta, mas também o impacto positivo que geramos nas cidades. Acreditamos no transporte público como vetor de desenvolvimento e qualidade de vida”, afirma Marcio Hannas, CEO da plataforma de trilhos da Motiva.
Destaques por unidade
Rio de Janeiro
Na capital fluminense, o VLT Carioca teve aumento de 33,8% na demanda, reflexo da consolidação do terminal Intermodal Gentileza (TIG), que completou um ano de operação integrando VLT, BRT e ônibus municipais. Desde o início da operação, o sistema já transportou 150 milhões de passageiros e atingiu uma marca histórica de 698 dias sem acidentes. O local também abriga um novo mall comercial com alta taxa de ocupação. No modal aquaviário, a transição da operação das barcas, concluída em fevereiro de 2025, foi realizada com sucesso.
São Paulo
A Motiva Trilhos registrou aumento de 3,5% na demanda nas linhas 4-Amarela, 8-Diamante e 9-Esmeralda. Um dos marcos do período foi a conclusão da entrega dos 36 novos trens da Alstom para as Linhas 8 e 9 – todos já em operação, com ar-condicionado moderno, câmeras de segurança, sistema de regeneração de energia e melhorias em acessibilidade.
Foram entregues também as obras das estações Ambuitá e Socorro, além da implementação de pintura anti-flambagem nos trilhos, reforçando a durabilidade da infraestrutura. Na Linha 5-Lilás e no Monotrilho da Linha 17-Ouro, a empresa deu início ao diagnóstico da rede aérea de tração com tecnologia alemã, reforçando o compromisso com a inovação tecnológica e segurança operacional.
Bahia
No Metrô Bahia, o número de passageiros cresceu 4,2% no trimestre, impulsionado pela entrada em operação de duas novas estações. O sistema também incorporou novos shuttles elétricos para atender áreas complementares ao eixo metroviário e inaugurou o novo Mall de Mussurunga, expandindo suas receitas não tarifárias.
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