Francisco Mazon, proprietário da Viação Santa Cruz: “O projeto para 2023 é transformar a Santa Cruz em uma empresa verde, buscando atender todas as demandas do ESG, respeitando o meio ambiente, as pessoas e os clientes”

Com o objetivo de se preparar para alta temporada de fim de ano, a Viação Santa Cruz comprou 52 ônibus rodoviários Scania, modelo K 370 4×2, equipados com motor Euro 6, para renovar a frota. Os veículos têm carroceria Marcopolo Paradiso 1200 Geração 8.

Technibus – Como foi a trajetória da Viação Santa Cruz?

Francisco Mazon A história da Santa Cruz começou em 1952, com algumas peruas que eram usadas para o transporte de alunos de Conchal até Mogi Mirim. A primeira linha de ônibus foi inaugurada em 1958 no interior de São Paulo pelo meu pai Eugênio Mazon. Na época, a grande preocupação do meu pai era de manter a frota renovada.

Technibus – Como foi o desenvolvimento da empresa?

Francisco Mazon A Santa Cruz cresceu a partir de aquisições – foram mais de 40 aquisições ao longo do tempo –, mas nunca mudou os valores que meus pais, Sofia e Eugênio, passaram para nós. E procuramos passar isso para frente e hoje todos os funcionários sabem dos principais valores da companhia.

Technibus – Quais foram os desafios ao longo dos 65 anos?

Francisco Mazon Antes de enfrentar dois períodos de crise – em 2014 e 2015 e depois durante a pandemia – a Viação Santa Cruz chegou a ter 750 ônibus, 18 instalações de garagens e 2.175 funcionários. Para resolver o problema de caixa traçamos um plano de ficar com 20% da frota, 5% das garagens e 20% dos funcionários, ter cerca de 60% a 70% da receita e fazer alguma coisa que agregasse mais valor ao nosso negócio.

Technibus – Qual o tamanho da frota hoje?

Francisco Mazon Hoje a Santa Cruz tem em sua frota 96 ônibus rodoviários, com idade média de dois anos, sendo 100% de modelos Scania com carroceria Marcopolo. A outra empresa do grupo, a Sul Minas, tem 48 ônibus, todos com chassis Mercedes-Benz e carroceria Busscar. 

Technibus – Quais são os planos para 2023?

Francisco Mazon O projeto para 2023 é transformar a Santa Cruz em uma empresa verde, buscando atender todas as demandas do ESG, respeitando o meio ambiente, as pessoas e os clientes. E também buscar mais clientes, usando a nossa estrutura, mas alicerçada em dois pilares, do ESG e de tecnologia.

Technibus – Qual o principal desafio a ser enfrentado nos próximos meses?

Francisco Mazon O desafio da Santa Cruz agora é recuperar os passageiros perdidos durante a pandemia. Estamos operando com 15% a menos de passageiros, e acho que o número que tínhamos no pré-pandemia não volta mais, mas temos que buscar esses passageiros. A empresa atua em 100 cidades, passando por três grandes eixos rodoviários, que movimentam milhares de pessoas e a demanda é enorme.

Technibus – A Santa Cruz tem investimentos programados para este ano?

Francisco Mazon A empresa havia comprado 33 ônibus Scania, modelo K 370 4×2, equipados com motor Euro 6. O primeiro modelo será entregue no início de julho, depois 11 unidades no fim de julho, 11 em agosto e dez em setembro. E estamos comprando mais 19 ônibus, que serão entregues entre os meses outubro e novembro. Todos os veículos contam com carroceria Marcopolo Paradiso 1200 Geração 8, têm dispositivos de segurança, câmeras e o Scania Fit, que usa a conectividade para melhorar o consumo de combustível. Estamos renovando a frota para se preparar para a alta temporada do fim de ano.

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