Ricardo Portolan, diretor de operações comerciais mercado interno e de marketing da Marcopolo: “Para que a descarbonização avance mais rapidamente no Brasil são necessárias políticas públicas que incentivem a adoção de veículos movidos a combustíveis sustentáveis”

“É importante destacar que, há muitos anos, a Marcopolo participa de diferentes projetos de ônibus movidos a combustíveis alternativos, desde híbridos elétrico/diesel até 100% elétricos e movidos a célula de combustível, passando por GNV e álcool”, ressalta o executivo

Technibus – Quantos ônibus elétricos a Marcopolo já comercializou?

Ricardo Portolan – A eletrificação faz parte da estratégia ESG da Marcopolo e a companhia possui cerca de 370 ônibus elétricos e híbridos rodando em diversos países, como Argentina, Austrália e Índia, além do Brasil, com chassis de parceiros. No Brasil, a empresa possui cerca de 50 unidades fornecidas, a maioria com chassis BYD, em operação em diferentes cidades brasileiras, como São Paulo, Salvador e Brasília, entre outras.

Technibus – Como estão as vendas do Attivi?

Ricardo Portolan – A companhia não iniciou a comercialização do Attivi integral Marcopolo.  A produção em sériejá foi iniciada e as avaliações de durabilidade e performance operacional, iniciadas há mais de três anos, estão sendo concluídas, tanto em campo de provas como em cidades da Grande São Paulo, Angra dos Reis e outras.

Technibus – A empresa pretende lançar mais modelos ou fazer parcerias com outros fabricantes?

Ricardo Portolan – Sim. A adoção de veículos com tecnologia limpa é uma tendência mundial e a Marcopolo está envolvida em diferentes projetos de veículos movidos a combustíveis de fontes renováveis. O Marcopolo Attivi insere a companhia nesse cenário global e é um modelo que foi desenvolvido para atender todos os mercados que atuamos. Além de desenvolver um modelo integral próprio, a Marcopolo, como produtora de carroceria, também firmou parcerias com diferentes fabricantes de chassis para montar ônibus elétricos e com combustíveis alternativos. Entre esses parceiros destacam-se a BYD, no Brasil, a Volvo, na Austrália, e várias outras, na América do Sul e globalmente.

Technibus – Quais as perspectivas para esse mercado?

Ricardo Portolan – O Brasil tem grande potencial para a adoção de veículos elétricos e também com outras tecnologias sustentáveis, como a célula de combustível a hidrogênio. Primeiro porque possui uma das maiores frotas do mundo. Segundo porque possui também uma indústria automobilística forte e avançada que pode introduzir as mais recentes tecnologias rapidamente. Terceiro, porque os operadores de transporte e poder concedente estão cada dia mais cientes dos benefícios que os veículos elétricos proporcionam. Para que a descarbonização avance mais rapidamente no Brasil são necessárias políticas públicas que incentivem a adoção de veículos movidos a combustíveis sustentáveis.

Em 2022, a Marcopolo ampliou os investimentos em sistemas elétricos de transporte. Como mencionado, firmamos novas parcerias com empresas globais para contribuir com a melhoria da mobilidade urbana e apoiar o desenvolvimento de novas alternativas de operação do transporte coletivo, com tecnologias limpas e sustentáveis. É importante destacar que, há muitos anos, a Marcopolo participa de diferentes projetos de ônibus movidos a combustíveis alternativos, desde híbridos elétrico/diesel até 100% elétricos e movidos a célula de combustível, passando por GNV e álcool.

Veja também

Por