BorgWarner amplia produção no Brasil em 2022

De tudo que a empresa produziu neste ano no país, mais de 18% foi destinado para o mercado nacional e 8,4% para as exportações

A BorgWarner destinou neste ano mais de 18% da sua produção para o mercado nacional e 8,4% para as exportações. Este resultado representa um crescimento total de 13,4% da produção das fábricas instaladas no Brasil em 2022, quando se compara com 2021, incluindo as vendas diretas para as montadoras e o mercado de reposição.

No crescimento em 2022, alguns produtos se destacaram e atingiram índices bem superiores, segundo a fabricante. Os motores de partida e alternadores para atender as montadoras do mercado nacional, tiveram aumento de 110% em sua produção, enquanto os mesmos produtos destinados às exportações dobraram seus volumes.

A fabricação de turbocompressores apresentou alta de 20% no período para exportação e de 16,5% para o mercado brasileiro de equipamentos originais, apontando para uma tendência de forte crescimento desse produto, sobretudo nos veículos leves. A marca também ampliou em 15% sua produção de turbocompressores e embreagens viscosas para o mercado de reposição nacional.

A tecnologia do motor turbo para veículos leves no país segue apresentando alta relevante para os negócios da BorgWarner. As vendas de veículos leves com motores turbo saltaram de 11% em 2016 para 46% em 2022. A perspectiva da empresa é que esses volumes aumentem em 2023, representando 53% das vendas de veículos leves no país, atingindo 62% em 2025 e 71% das vendas desse segmento em 2030.

Os turbos exclusivos para motores flex também estão em alta, tendo 30% dos veículos leves vendidos no país em 2022 equipados com motores turbo flex. E esse número deverá aumentar para 37% em 2023, para 45% em 2025 e para 54% em 2030. Isso significa que mais da metade de todos os veículos leves vendidos no Brasil em 2030 terão motores turbo flex.

“Estamos muito felizes em ampliar o fornecimento de soluções limpas adequadas às rotas disponíveis no país”, diz Wilson Lentini, diretor geral da BorgWarner Emissions, Thermal and Turbo Systems no Brasil. “Acreditamos que o Brasil ainda irá usufruir bastante da rota tecnológica dos seus biocombustíveis no segmento de veículos leves.”

Um dos segredos do sucesso da BorgWarner em todo o mundo é o contínuo investimento em novas tecnologias, mais modernas e eficientes. Em 2022, o equivalente a 4% das vendas de motores de partida e alternadores foram investidos na ampliação da capacidade das linhas de produção desses componentes na unidade de Brusque (SC).

Para 2023, o plano da empresa é ampliar esse percentual para 6,5% das vendas. Esses investimentos serão convertidos em aumento de capacidade de produção e início de um terceiro turno na fábrica de Brusque.
Com o aumento da produção dos seus motores de partida, a empresa passará, a partir de 2023, a exportar esses produtos para Argentina, Uzbequistão e Coréia do Sul, atendendo a uma plataforma global de um dos clientes da companhia.

De acordo com a BorgWarner, o Brasil tem uma posição vantajosa em termos de emissões, considerando sua matriz energética e rotas tecnológicas disponíveis. Independente de qual rota for aplicada no país, a BorgWarner terá tecnologia para atender.

Globalmente, a transição para a eletrificação ocorre com maior velocidade na Europa, Ásia e Estados Unidos. Há, também, outras regiões se desenvolvendo nessa área no mercado dos pesados e veículos com rotas pré-determinadas (last mile ou transporte público). Nesse segmento, para estas regiões, a empresa prevê um crescimento estimado de cerca de 400% nos próximos cinco anos.

O Brasil, segundo a BorgWarner, é bastante competitivo para se tornar um produtor de veículos elétricos, considerando que possuir a quarta maior frota de veículos pesados do mundo e a oitava de veículos leves, e uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta habilitando uma produção de baixo carbono, e tudo isso favorece o país para investimentos e desenvolvimentos locais.

A empresa ainda destaca o potencial do país em recursos minerais, que é bastante relevante para a produção local de células de bateria. Além disso, o país é geograficamente bem localizado, o que potencializa sua vantagem para produção de componentes estratégicos na região.

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