Technibus – A Viação Águia Branca acaba de anunciar um investimento de mais de R$ 100 milhões na aquisição de 80 ônibus G8 da Marcopolo. Qual o tamanho da frota atual da empresa e qual a idade média?
Paula Corrêa – Contamos com 650 ônibus em nossa frota atual, com idade média em torno de cinco anos. A empresa costuma adquirir novos veículos com frequência, visando modernizar os ônibus e oferecer o que há de mais moderno a seus clientes, além de manter a idade média da frota baixa e otimizar os custos com manutenção.
Technibus – Esses novos G8 serão utilizados em algum serviço ou linha especial da empresa?
Paula Corrêa – As aquisições serão direcionadas para diversos eixos. As linhas que serão contempladas pelos novos veículos serão divulgadas em breve. Atualmente, o Águia Branca G8 circula nos trechos Rio de Janeiro x São Paulo e Salvador x Aracaju.
Technibus – Há outros investimentos previstos para os próximos meses?
Paula Corrêa – No que diz respeito à frota, não teremos outras aquisições neste momento. No entanto, o nosso escopo de investimentos sempre contemplou áreas fundamentais, tais como segurança, fortalecimento dos canais de vendas, parceria e patrocínios, marketing entre outras.
Technibus – A empresa pretende adquirir modelos com tecnologias menos poluentes, como ônibus elétricos, movidos a gás ou outros combustíveis limpos?
Paula Corrêa – Continuamos atentos ao mercado e avaliando sempre as alternativas mais econômicas e limpas. Vale ressaltar que o G8 é considerado o veículo de transporte coletivo com índice de consumo mais baixo entre todos os modelos de ônibus do país.
Technibus – A Viação Águia Branca já recuperou a demanda do período pré-pandemia?
Paula Corrêa – Sim. A pandemia foi um período muito difícil para todos, mas teve um impacto especialmente forte no setor de transportes de passageiros. Com o avanço da vacinação e a diminuição das medidas restritivas, a empresa foi gradualmente retomando o volume de operações que tínhamos antes da pandemia de Covid-19 e, desde abril deste ano, a Viação Águia Branca já se equiparou ao patamar de 2019 em volume de passageiros.
Technibus – Quais as expectativas para o final do ano e os primeiros meses de 2023 (período de festas e férias)? O turismo está aquecido?
Paula Corrêa – A alta temporada é um período muito aguardado pelo setor de transporte de passageiros devido às férias e festividades que ocorrem entre os meses de dezembro e fevereiro. Já notamos um importante aquecimento no turismo neste ano, tendo o Rock in Rio como um parâmetro: foram 650 viagens extras apenas no eixo Rio de Janeiro x São Paulo. Isso já demonstra o quanto estamos evoluindo em relação à recuperação do patamar anterior ao período de pandemia.
Technibus – A empresa tem ampliado bastante os serviços digitais. Como estão as vendas on-line? Quanto representam no total de vendas de passagens da empresa? Além das vendas on-line, que outros serviços digitais a empresa disponibiliza para os passageiros?
Paula Corrêa – Em meados de 2017, iniciamos um projeto de Virada Digital com foco no crescimento das vendas on-line e na integração dos canais na Águia Branca. O trabalho foi impulsionado na pandemia para evoluir na nossa relação digital com o cliente. Atualmente, comemoramos a evolução desse projeto, com os canais digitais representando cerca de 52% de participação nas vendas. Essa transformação é reflexo da estratégia de colocar o cliente no centro do nosso negócio. Com uma escuta mais ativa, entendemos a necessidade e mapeamos a oportunidade de oferecer mais agilidade, praticidade e conforto aos passageiros, além de segurança e qualidade.
Recentemente lançamos o Zap Passagens, um sistema integrado que conecta o passageiro, via WhatsApp, com uma de nossas 350 agências de vendas. Dessa forma, o cliente compra onde e como quiser com um atendimento personalizado. Oferecemos facilidade como um atributo desde às compras até o momento de embarque com bilhete digital, sendo a primeira empresa a implementar esse sistema no setor, além do pagamento através de carteiras digitais. A Águia Branca sempre teve tradição de inovação, e isso se traduz em uma busca constante por investimentos que mantenham a empresa na vanguarda do setor.
