Letícia Pineschi, diretora de marketing e relações institucionais do Grupo Guanabara: “Para o transporte rodoviário, não acreditamos na eletrificação por conta da malha extensa e porque há outras alternativas sendo testadas fora do Brasil que talvez sejam mais adequadas”

“Devemos superar alguns obstáculos, como o transporte clandestino, que opera à margem da lei e, muitas vezes, sem qualquer fiscalização, e que desmonta todo e qualquer bom exemplo que o país pode demonstrar em termos de comprometimento com a legalidade e proteção da segurança e meio ambiente”, avalia a executiva

TechnibusQual a importância da sustentabilidade e da agenda ESG para o Grupo Guanabara?

Letícia Pineschi – Muito importante, são princípios do investimento responsável e o grupo incorporou ao plano anual métricas de análise de compromisso com uma agenda ESG para que isso também integre as avaliações de desempenho das empresas ao longo do ano.

TechnibusQue ações ligadas ao tema a empresa já implementou?

Letícia Pineschi – Diversas, desde a simples reciclagem, reuso de água, redução de consumo de diversos recursos até mesmo trouxemos para o Brasil a Gipsyy, uma empresa que desde sua criação na Europa já tinha como propósito a sustentabilidade.  Fora isso, no social, o grupo tem casos interessantes a apresentar como o Caminhos Musicais Guanabara, a Filarmônica Estrelas da Serra que apoia jovens na carreira musical clássica na divisa do Ceará com o Piauí. No Sudeste, a UTIL e a Sampaio colecionam cases de apoio integral às comunidades as quais servem tanto em momentos de calamidade como foi a pandemia e as enchentes em Petrópolis, como as ações continuas de incentivo à cultura e esporte amador. Por outro lado, o grupo estruturou uma diretoria de compliance e estruturou a governança corporativa.

 TechnibusExistem projetos futuros em estudo?

Letícia Pineschi – Sim muitos, as empresas têm autonomia para pesquisar e apresentar seus projetos escolhemos quais trarão mais impacto para sociedade das áreas de atuação.

TechnibusQual a expectativa em relação ao III Fórum Transporte Sustentável? Qual será o teor da apresentação da empresa?

Letícia Pineschi – Traremos alguns cases da Expresso Guanabara, da UTIL, Sampaio, Real Expresso, Rápido Federal e Gipsyy que juntos demonstram como cada região do Brasil pode ser atendida onde mais carecem de modo adequado à sua cultura e realidade.

Technibus – No geral, o segmento de transporte rodoviário de passageiros tem se engajado no tema da sustentabilidade?

Letícia Pineschi – Bastante, tanto as empresas individualmente quanto as associações e sindicatos.

Technibus – Como o poder público poderia incentivar mais as empresas do setor a adotar práticas sustentáveis?

Letícia Pineschi – Acho que incentivos fiscais para projetos de alto impacto comprovadamente implantados nas empresas seriam uma boa opção e um setor de pesquisa em parceria real. Entretanto, devemos ainda superar alguns obstáculos, como o transporte clandestino que opera à margem da lei e, muitas vezes, sem qualquer fiscalização, e que desmonta todo e qualquer bom exemplo que o país pode demonstrar em termos de comprometimento com a legalidade e proteção da segurança e meio ambiente.

Technibus – No que se refere à nova matriz energética, a empresa acredita em uma transição para ônibus elétricos? E quanto a outras fontes de energia limpa?

Letícia Pineschi – Para o rodoviário, não acreditamos na eletrificação por conta da malha extensa e porque há outras alternativas sendo testadas fora do Brasil que talvez sejam mais adequadas

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