Moisés Gomes, vice-presidente da Transwolff: “Atualmente, a maior preocupação do setor de transporte urbano de passageiros em São Paulo é com relação aos impactos da pandemia”

“Para 2021, a expectativa da empresa é boa. Não é ótima, pois a crise deve perdurar ainda por algum tempo. Mas a retomada já começou a ocorrer”, sublinha o executivo

Technibus – Como o atual cenário afeta o transporte público?

Moisés Gomes – Há algumas situações em andamento. A primeira é a própria pandemia, que impactou diretamente no número de usuários do transporte público em função do isolamento social estabelecido por questões sanitárias. E esses impactos irão perdurar. Parte dos usuários deixará o sistema de transporte por desemprego, mudança do formato do trabalho ou por opção mesmo, ao menos enquanto não houver vacina para o novo coronavírus.

Technibus – O que tem sido feito para enfrentar essa situação de mercado?

Moisés Gomes – A Transwolff tem investido fortemente na melhoria e na qualidade do sistema para garantir ao usuário, na medida do possível, um melhor atendimento. Isso inclui questões de higiene, com intensificação da limpeza dos ônibus, e operacionais, com modernização e renovação constante da frota.

Technibus – Como foi 2020 para a empresa?

Moisés Gomes – Estamos vivendo uma recessão demasiada, tudo isso em virtude dos efeitos colaterais desta pandemia, esta inflexão marcante gerou uma queda de passageiros no setor de transporte coletivo bastante acentuada, que é perfeitamente compreensível, já que as pessoas ficaram receosas para se locomover. Somado a isso, muitos serviços passaram ser executados por teletrabalho. Essas razões formam o ponto central para esta queda, de modo que a proporção de 60% do que anteriormente transportávamos.

Technibus – Para o ano que se inicia, quais as expectativas da empresa?

Moisés Gomes – Para 2021, a expectativa da empresa é boa. Não é ótima, pois a crise causada pela pandemia deve perdurar ainda por algum tempo. Mas a retomada já começou a ocorrer.

Technibus –  Quais os investimentos realizados em 2020? E quais as previsões de investimento para 2021?

Moisés Gomes – Em 2019, fizemos um investimento na ordem de R$ 180 milhões, os quais foram empregados em renovação de frota e em infraestrutura da garagem. Em 2020, realizamos aportes de grande monta, e continuamos a fazer, ressaltando que estes investimentos são necessários para os serviços na qual executamos. Adquirimos mais três unidades de veículos elétricos, o que mais uma vez demonstra que acreditamos no setor. Queremos com isso tudo não só prestar um excelente serviço, mas também distribuir renda, por empregos diretos e indiretos, e contribuir para reestabelecer a economia do nosso país.

Conforme já apontado estamos, a cada dia, buscando inovar e temos uma frota moderna e jovem. Nesta linha, podemos afirmar que mais veículos novos com tecnologia de ponta certamente substituirão os mais antigos da nossa frota. Além disso, temos a intenção de criar novas estruturas operacionais com vista a atender as nossas necessidades. Sabemos que será um ano de grande desafio, pois, temos uma recessão abrupta de esfera mundial, que consequentemente também vem arrebentando com a nossa economia, entretanto, estamos empreendendo esforças no mercado, a fim de fomentar e realizar as nossas metas para 2021.

Technibus – Quais são hoje as principais dificuldades do setor?

Moisés Gomes – Atualmente, a maior preocupação do setor de transporte urbano de passageiros em São Paulo é com relação aos impactos da pandemia. Por isso, a empresa está adotando todas as medidas que lhe cabem para garantir segurança e qualidade ao seu usuário.

Technibus – Qual é a principal estratégia da companhia para continuar ampliando sua atuação no mercado?

Moisés Gomes – Melhoria constante da qualidade, com renovação e modernização da frota, com destaque para a inclusão de novos ônibus elétricos, que permitem maior conforto com zero emissão de poluentes.

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