Faturamento da indústria de autopeças apresenta resultado positivo até setembro

O bom desempenho nos nove meses de 2025 continua sendo impulsionado pelas vendas às montadoras e as exportações, segundo o Sindipeças

Sonia Moraes

A indústria de autopeças apresentou bom desempenho de janeiro a outubro de 2025, com aumento de 10,5% no faturamento líquido em relação a igual período do ano passado, conforme mostra o relatório da pesquisa conjuntural e da reposição realizado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

Segundo o Sindipeças, o resultado positivo no acumulado de 2025 continua sendo impulsionado principalmente pelas vendas às montadoras e as exportações, enquanto o mercado de reposição segue com comportamento mais estável.

As vendas para as montadoras cresceram 13,3% até setembro, e as exportações em reais avançaram 10,1%. “Esses resultados acompanharam o bom desempenho da produção de veículos, que registrou expansão de 6,0% na mesma comparação, considerando ainda a base de comparação elevada de 2024”, explica o Sindipeças.

Resultado mensal

Em setembro, as empresas apresentaram leve melhora no faturamento líquido nominal, com alta de 1,4%, mas sem recuperar a queda de 3,9% de agosto. Na comparação de setembro com o mesmo mês do ano anterior, o crescimento foi de 7% em termos nominais e de 3,8% em reais.

O mercado de reposição apresentou aumento de 4,7% sobre agosto, mas uma queda de 1,8% na comparação com setembro do ano passado (em reais, a redução foi de 4,8%). As vendas para as montadoras tiveram redução de 1,15% em relação a agosto e crescimento de 11,1% sobre setembro do ano passado. As exportações em reais aumentaram 13,1% sobre agosto e 3,27% em relação a setembro de 2024.

Capacidade instalada

O Sindipeças destaca que, em setembro, a ociosidade nas fábricas aumentou 1,0 ponto percentual em relação a agosto deste ano. No mercado de trabalho, houve queda de 0,5% no emprego em relação a agosto e leve avanço de 1,4% na comparação com setembro de 2024. “A combinação desses resultados indica perda de fôlego da atividade no setor, em linha com o ritmo mais moderado de toda a economia.”

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