O ministro de minas e energia, Alexandre Silveira, anunciou, durante o seminário Gás para Empregar — Construindo uma estrutura justa e sustentável de preços, realizado ontem (16) na sede da Fiesp, em São Paulo, que o governo federal irá propor, ainda em junho, o aumento da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina, dos atuais 27% para 30%. A medida será levada ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e, segundo o ministro, representa um passo estratégico rumo à redução da dependência de importações e ao fortalecimento da cadeia produtiva nacional de biocombustíveis.
“A partir desse aumento, deixaremos praticamente de ser importadores de gasolina. Isso abre espaço para uma nova discussão sobre o papel da Petrobras no abastecimento nacional”, afirmou Silveira. O ministro destacou ainda que a ampliação do uso do etanol é parte de um projeto de longo prazo para consolidar o combustível como vetor da transição energética e da industrialização verde do país.
Silveira lembrou que o etanol, introduzido no Brasil como uma inovação de política energética, tornou-se base para uma nova indústria nacional e impulsionou o agronegócio. Atualmente, a legislação permite uma mistura de até 27%, mas já está em estudo a possibilidade de elevação até o limite técnico de 35%.
“Estamos fortalecendo o agronegócio com o etanol. Aumentar sua participação na gasolina significa valorizar nossa capacidade produtiva, criar empregos e avançar em sustentabilidade”, reforçou. A medida está em linha com os compromissos do Brasil para a redução das emissões de gases de efeito estufa e deve gerar impacto positivo na balança comercial de combustíveis.
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