No segundo trimestre de 2021, a Marcopolo registrou crescimento de produção acima do percentual registrado no mercado nacional, que apresentou aumento de 4,7%, com 3.456 carrocerias produzidas, no comparativo ao trimestre anterior. No mesmo período, a Marcopolo atingiu crescimento de 21,6%, com 2.483 unidades produzidas, incluindo a produção de modelos Volare.
A receita líquida da companhia somou R$ 823,7 milhões, com incremento de 3,2% ante o trimestre anterior. O lucro bruto atingiu R$ 60,5 milhões, com margem de 7,4%. O Ebitda totalizou R$ 140,5 milhões, com margem de 17,1%. O lucro líquido foi de R$ 200,9 milhões, com margem de 24,4%, beneficiado pelo reconhecimento dos processos de exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins, que representaram impacto positivo de R$ 383 milhões, antes de impostos.
O setor de fretamento está entre os segmentos que contribuíram positivamente com o desempenho da companhia, seguido pelos modelos entregue ao programa Caminho da Escola.
“Começamos a perceber sinais de recuperação da confiança de clientes e usuários. Um dos indicativos é o aumento do interesse de compra e maior uso das frotas paradas, o que deve levar a compras efetivas mais adiante. A companhia segue confiante de que a demanda retornará de forma mais intensa no fim do terceiro trimestre, com boas perspectivas para o quarto trimestre, quando a maioria da população brasileira deverá ter tomado a primeira dose da vacina contra Covid-19”, observa José Antonio Valiati, CFO e diretor de relações com investidores da Marcopolo.
No segundo trimestre do ano, para o programa federal Caminho da Escola, a Marcopolo entregou 368 unidades, sendo 120 micro-ônibus, 18 urbanos e 230 modelos Volare. Em junho deste ano, foi realizada uma nova licitação, pela qual a companhia terá o direito de 3,9 mil unidades, do total de sete mil ônibus licitados.
“Aguardamos a homologação desta licitação para iniciar a produção. Além disso, seguimos otimistas com o avanço da vacinação, a reabertura das escolas e universidades e a retomada do segmento turismo”, afirma Valiati.
No segundo trimestre, a companhia fez importantes lançamentos. Em maio, lançou a linha Volare New Attack. Em junho, foi a vez do modelo Marcopolo Viaggio 800, dedicado ao setor de fretamento. Em julho, foi lançada a Geração 8, composta por modelos destinados ao transporte rodoviário.
Mercado externo –
Mesmo diante do cenário adverso provocado pela pandemia, no segundo trimestre deste ano, a produção da Marcopolo direcionada para exportações foi 18,8% superior ao mesmo período do ano anterior. Nas unidades localizadas fora do Brasil, a produção cresceu 61,2%, contra uma base mais fraca de 2020, quando parte das operações se encontravam com as atividades suspensas em função da pandemia. Os números representam um total de 30,9% da receita líquida da companhia no segundo trimestre de 2021 .
“Países mais avançados na vacinação, como o Chile, mostram recuperação de volumes, ao mesmo tempo que mercados importantes, como Peru e América Central, avançam mais lentamente”, comenta Valiati.
O continente africano segue como um mercado importante para a companhia, com volumes expressivos previstos para o segundo semestre de 2021. Na África do Sul, há indicação de recuperação de volumes no curto prazo. Neste cenário, a produção consolidada para país africano foi de 90 unidades, frente aos 24 veículos no mesmo período de 2020.
Na América Central, o volume da produção consolidada alcançou 190 veículos no segundo trimestre deste ano, ampliando a participação no México, que no segundo trimestre do ano anterior representou 161 unidades. Na Argentina, a Marcopolo mantém a produção acelerada de ônibus urbanos, com 145 unidades fabricadas no período.