Exportações de autopeças para os Estados Unidos continuam em retração

Em agosto a redução foi de 13,9%, com US$ 97,9 milhões de componentes destinados ao mercado norte-americano, e nos oito meses a queda foi de 6,8%, totalizando US$ 828,3 milhões, segundo o Sindipeças

Sonia Moraes

As exportações brasileiras de autopeças para os Estados Unidos continuam em retração, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Em agosto a redução foi de 13,9%, com US$ 97,9 milhões de componentes destinados ao mercado norte-americano, ante os US$ 113,7 milhões registrados no mesmo mês de 2024. No acumulado de janeiro a agosto, a queda foi de 6,8%, totalizando US$ 828,3 milhões, enquanto nos oitos meses de 2024 somaram US$ 889,2 milhões.

Segundo o Sindipeças, isso é reflexo da perda de dinamismo provocada pela sobretaxa de 25% imposta pelo governo norte-americano desde maio deste ano às autopeças destinadas para automóveis e comerciais leves com capacidade de até cinco toneladas de carga. Ainda, desde o início de agosto, as autopeças que eram sobretaxadas em 10%, passaram a receber acréscimo de 40 pontos percentuais na tarifa, totalizando 50%.

A Argentina permanece como o principal destino das autopeças, somando US$ 275,2 milhões em agosto, o equivalente a 40,4% do total exportado. Nos oito meses deste ano a Argentina comprou US$ 2,09 bilhões de componentes das empresas brasileiras, aumento de 22,5% na comparação com igual período de 2024 e a participação foi de 38,4%. “Embora o país apresente bom desempenho recente, sustentado pela recuperação econômica doméstica, as polêmicas envolvendo o presidente Javier Milei adicionam incerteza quanto à continuidade desse processo”, destaca o Sindipeças.

No acumulado de janeiro a agosto, as autopeças exportaram US$ 5,43 bilhões, aumento de 8,1% sobre igual período de 2024, quando os embarques atingiram 5,03 bilhões. Mas as importações avançaram 15,2%, atingindo US$ 15,7 bilhões, ante os US$ 13,7 bilhões registrados nos oito meses de 2024, o que resultou em um déficit de US$ 10,3 bilhões, alta de 19,3% em relação ao mesmo período de 2024.

Desempenho mensal

Em agosto, a balança comercial da indústria de autopeças repetiu o saldo negativo registrado desde o início do ano, ao fechar com déficit de US$ 1,49 bilhão, 16,4% superior ao registrado no mesmo mês de 2024 (US$ 1,27 bilhão) e cerca de 5% superior ao resultado de julho (US$ 1,41 bilhão).

As exportações somaram US$ 681,5 milhões, aumento de 5,4% em relação a agosto do ano passado, enquanto as importações atingiram US$ 2,2 bilhões, com alta expressiva de 12,7% na mesma base de comparação, sendo o principal responsável pelo aumento do déficit.

Exportações

Nas exportações destinadas para 193 países de janeiro a agosto deste ano, a Argentina permanece como o principal destino das autopeças, com US$ 2,09 bilhões, aumento de 22,5% sobre janeiro a agosto de 2024 e 38,4% de participação nos embarques.

Os Estados Unidos continuam em segundo lugar no ranking nas exportações das empresas, com 15,2% de participação, mas o valor do embarque reduziu 6,8%, totalizando US$ 828,3 milhões. O México está em terceiro lugar de destino das autopeças, com embarque de US$ 494,4 milhões, redução de 17,7% e 9,1% de participação.

A Alemanha aumentou em 5,4% as compras de autopeças do Brasil, com US$ 285,7 milhões e garantiu 5,3% de participação nas exportações de janeiro a agosto deste ano. Para o Chile, os embarques aumentaram 8,8% em relação aos oito meses do ano passado, totalizando US$ 166,3 milhões e 3,1% de participação.

Importações

As importações provenientes de 156 países ainda mantêm a China como principal mercado de compras de autopeças, com US$ 2,90 bilhões nos oito meses deste ano, aumento de 19,6% sobre janeiro a agosto do ano passado e 18,4% de participação.

Os Estados Unidos continuam em segundo lugar, com US$ 1,67 bilhão de componentes enviados ao Brasil, aumento de 12,8% e 10,6% de participação. O Japão é o terceiro no ranking de vendas de componentes ao Brasil, com US$ 1,42 bilhão, aumento de 26,1% e 9,0% de participação.

A Alemanha ocupa o quarto lugar no ranking, com US$ 1,40 bilhão de componentes enviados ao Brasil, incremento de 18,1% e 7,4% de participação. O México teve 1,17 bilhão de compras feitas peças empresas, 18,1% de aumento em relação a janeiro a agosto do ano passado e 7,4% de participação.

Nas exportações destinadas para 193 países de janeiro a agosto deste ano, a Argentina permanece como o principal destino das autopeças, com US$ 2,09 bilhões, aumento de 22,5% sobre janeiro a agosto de 2024 e 38,4% de participação nos embarques.

Os Estados Unidos continuam em segundo lugar no ranking nas exportações das empresas, com 15,2% de participação, mas o valor do embarque reduziu 6,8%, totalizando US$ 828,3 milhões. O México está em terceiro lugar de destino das autopeças, com embarque de US$ 494,4 milhões, redução de 17,7% e 9,1% de participação.

A Alemanha aumentou em 5,4% as compras de autopeças do Brasil, com US$ 285,7 milhões e garantiu 5,3% de participação nas exportações de janeiro a agosto deste ano. Para o Chile, os embarques aumentaram 8,8% em relação aos oito meses do ano passado, totalizando US$ 166,3 milhões e 3,1% de participação.

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