As exportações da indústria de autopeças se mantiveram estáveis em fevereiro de 2025, com US$ 610,8 milhões, o que representou aumento de 7,4% sobre os US$ 568,7 milhões exportados em janeiro deste ano, e recuo de 0,2% em relação a igual período de 2024, enquanto as importações de US$ 1,71 bilhão tiveram crescimento de 27,1% no comparativo anual.
No primeiro bimestre deste ano, as exportações atingiram US$ 1,179 bilhão, com pequeno aumento de 0,5% na comparação com igual período de 2024 (US$ 1,173 bilhão). Mas as importações tiveram crescimento expressivo de 24,6%, somando US$ 3,7 bilhões no período, ante os US$ 2,9 bilhões registrados de janeiro a fevereiro do ano passado.
Com esse resultado, as fabricantes de autopeças registram em sua balança comercial déficit de US$ 2,5 bilhões no primeiro bimestre deste ano, montante 40,3% superior ao saldo negativo de US$ 1,8 bilhão registrado no acumulado de janeiro a fevereiro de 2024.
A grande preocupação para o setor em 2025, segundo o Sindipeças, está na taxação de 25% nas importações de veículos e peças pelo governo Trump. Entre as autopeças que poderão ser sobretaxadas estão motores, transmissões, peças do trem de força e componentes elétricos.
“Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 1,3 bilhão em autopeças e componentes para os Estados Unidos, o que representou 17,5% das exportações brasileiras, ficando atrás apenas da Argentina (34,6%), contexto que fundamenta as preocupações setoriais acerca do futuro das relações comerciais e dos impactos na economia brasileira”, destaca o Sindipeças.
Diante da perspectiva de um cenário doméstico com juros altos e câmbio ainda em patamares historicamente elevados ao longo do ano, a estimativa do Sindipeças e de uma redução nas importações de componentes e possibilidade de expansão das exportações para novos mercados em 2025, compensando parcialmente os efeitos negativos da taxação dos Estados Unidos.
Exportações
As exportações destinadas para 167 mercados tiveram como destaque a Argentina com 39,9% de participação no primeiro bimestre de 2025, com US$ 470,5 milhões, o que corresponde a um avanço de 28,9% sobre os US$ 364,9 milhões de componentes adquiridos do Brasil em janeiro e fevereiro de 2024. Em seguida, aparece os Estados Unidos, com US$ 213,4 milhões, com crescimento de 0,6% sobre os US$ 212,2 milhões registrados em igual período do ano passado e a participação foi de 18,1%.
O México, que absorveu US$ 90,4 milhões, 36,5% inferior a janeiro e fevereiro do ano passado (US$ 142,3 milhões), teve 7,7% do total e a Alemanha ficou com 5,4% de participação, com US$ 64,2 milhões, retração de 14,7% sobre os US$ 75,2 milhões do primeiro bimestre de 2024.
O Chile aparece em quinto lugar nas exportações das empresas, com 2,7% de participação, e US$ 31,2 milhões de compras adquiridas das fabricantes brasileiras, sendo 5,8% inferior aos US$ 33,1 milhões adquiridos em igual período do ano passado.
Importações
Nas importações provenientes de 135 países de janeiro a fevereiro de 2025 a China continua como o principal fornecedor de componentes para a fabricantes de autopeças, com US$ 782,1 milhões, montante 39,9% superior ao primeiro bimestre de 2024, quando atingiu US$ 558,9 milhões, tendo 21% de participação.
Os Estados Unidos se mantiveram em segundo lugar, com US$ 373,5 milhões de produtos adquiridos pelas empresas brasileiras, o que representa aumento de 12,7% em relação ao primeiro bimestre de 2024 (US$ 331,4 milhões) e a participação foi de 10%.
A Alemanha teve 8,9% de representatividade, com o total de US$ 329,9 milhões, valor 16,9% superior a janeiro e fevereiro 2024, quando atingiu US$ 282,1 milhões. O Japão ocupa o quarto lugar no ranking com 8,6% de participação e US$ 319,5 milhões de componentes enviados aos Brasil, um resultado 22% superior a igual período do ano passado.
O México teve 6,7% de participação nas compras das empresas, com US$ 249,6 milhões, com aumento de 19,9% sobre janeiro e fevereiro de 2024.
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