Nesta semana, o Podcast do Transporte conclui o balanço sobre o que o mercado, especialistas e a comunidade do transporte público avaliam como saldo das eleições municipais deste ano. O resultado é que a maioria dos players vê o horizonte com otimismo, mas consciente dos vários problemas no caminho.
Indústria quer demanda sustentável
Ruben Bisi, presidente da Fabus, Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus, contabiliza decepções em relação as aguardadas vendas de ônibus elétricos nesta época de eleição. Ele avalia que a eletrificação da frota será uma realidade, mas num prazo mais longo e com a concorrência de outros combustíveis pouco poluentes.
Bisi vê como positivo o fato de que o Brasil tem acesso a tantos formatos de descarbonização, mas indica que somente aqueles que tiverem demanda sustentável vão gerar investimento da indústria para fornecer os veículos adequados. E que o mercado brasileiro tem acesso a todas às tecnologias mais atuais.
ONG no banco dos pessimistas
Wesley Ferro, do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (MDT), uma ONG que defende o lado dos usuários, não poupa críticas ao debate ralo sobre mobilidade urbana nestas eleições. Ele considera que a maioria dos candidatos preferiu o atalho fácil das promessas como tarifa zero, renovação e eletrificação da frota. Ferro bate na tecla de que não adianta ter novos ônibus e catracas livres se o serviço continuar ruim e os ônibus não tiverem prioridade para transitar.
Consultor quer esforço para encher o copo meio vazio
O consultor Rodrigo Tortoriello, que já esteve do outro lado do balcão na função pública, se considera um pessimista frustrado. Ele entende que os esforços e debates dos últimos tempos fizeram a mobilidade urbana furar a bolha dos especialistas para começar a ser entendida por administradores e parte dos usuários. Mas reconhece que há muito ainda a evangelizar na área pública e junto aos passageiros.
Especialista em Marketing ensina o caminho das pedras
Especialista em marketing de mobilidade urbana, Roberto Sganzerla acredita que mobilidade urbana deve ser vista como um importante indutor de recuperação econômica, geração de emprego, geração de renda e qualidade de vida, atributos que não eram levados em consideração e agora tem que fazer parte da cartilha dos administradores.
Eletrificação feita atenção em Cascavel, no Paraná
Adamo Bazani, editor-chefe do Diário do Transporte, foi a Cascavel, no Paraná, a convite da Higer, para ver a implantação de uma frota de ônibus elétricos na cidade. E percebeu que a infraestrutura merece atenção especial. Nesta primeira parte da reportagem, ele conversa com os administradores para saber a motivação de partir para a eletrificação.
Elétricos mostram números e vontade de investir
A editora da revista Technibus, Marcia Pinna, fala sobre o primeiro anuário da cadeia de eletromobilidade no Brasil, realizado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O levantamento envolveu 110 empresas com dados coletados entre dezembro do ano passado e março deste ano. Ela informa que as empresas que atuam no setor consideram que a eletromobilidade avança no país, com aportes significativos. E há previsão de aumento nos investimentos.
No seu editorial, o jornalista especializado e nosso apresentador Alexandre Pelegi comenta sobre o aumento exponencial da presença da internet. E que o Transporte de Passageiro está perdendo uma grande chance de se comunicar com seu usuário. Não só mandando recados e informações, mas também para ouvi-lo. Sá assim pode oferecer os serviços que o seu passageiro quer e não o que a autoridade imagina que seja o melhor.
Informação com análise é no Podcast do Transporte. Episódio novo toda quarta-feira pelo Spotify (https://podcastdotransporte.com.br/#ouvir) ou no seu agregador predileto. Ou visite a gente no www.podcastdotransporte.com.br. Os cortes também ficam disponíveis no https://www.youtube.com/@Podcastdotransporte. O Podcast do Transporte é um produto do Diário do Transporte em parceria com a Technibus/OTM Editora e a ANTP