‘Brasil Mais Produtivo’ chega à etapa da transformação digital

A meta é atender 93 mil empresas presencialmente e outras 200 mil por meio digital, com um investimento de R$ 2 bilhões.

Alexandre Asquini

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, participou na manhã de segunda-feira, 23 de setembro de 2024, do lançamento da nova fase do programa ‘Brasil Mais Produtivo’, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Este é um programa do governo federal que visa aumentar a produtividade e competitividade de micros, pequenas e médias empresas brasileiras. A coordenação é do ministério do desenvolvimento, indústria, comércio e serviços (MDIC), do qual Alckmin é o ministro, contando com a parceria de diversas instituições.

O evento teve a participação do presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, e também de dirigentes e técnicos de organizações governamentais e da indústria ligadas ao programa: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Sebrae. Durante o encontro, foram firmados contratos de cooperação entre Finep e Senai Nacional, e entre ABDI e Sebrae.

Transformação Digital-

O encontro na Fiesp marcou o início da modalidade denominada Transformação Digital dentro do programa ‘Brasil Mais Produtivo’, oferecendo às micros, pequenas e médias empresas, industriais e de outros segmentos, a oportunidade de aumentar sua produtividade e competitividade por meio da digitalização. O desenvolvimento se dá em duas fases.

A primeira fase diz respeito às chamadas “smart factories”, que, conforme o MDIC, promovem o desenvolvimento de soluções tecnológicas para a Indústria 4.0. Com isso, as empresas terão acesso a inovações digitais aplicadas ao processo produtivo, resultando em fábricas mais inteligentes, eficientes e produtivas. A meta dessa fase é impactar 8,4 mil indústrias com soluções digitais.

A segunda fase envolve consultorias de transformação digital que oferecem diagnósticos para identificar áreas de melhoria nas empresas, com projetos e investimentos personalizados. Essas consultorias ocorrem em dois momentos: primeiro, uma avaliação da maturidade digital, de acordo com metodologia internacional, seguida da implementação das melhores soluções digitais para cada caso.

Mais produtividade, menos custos

Geraldo Alckmin enfatizou que, com essa etapa do programa ‘Brasil Mais Produtivo’, “a meta é digitalizar, aumentar a produtividade, reduzir custos e qualificar as empresas, promovendo o crescimento”. Ele destacou que 93 mil empresas serão atendidas presencialmente, de forma gratuita. O Senai realizará o diagnóstico, identificará os problemas e proporá melhorias de produtividade. Em seguida, o Sebrae elaborará o projeto e, posteriormente, o BNDES, Embrapii e Finep financiarão as soluções. “E como se trata de inovação, a taxa de juros será a TR (Taxa Referencial), menor que a inflação. Juros reais praticamente zero”, explicou Alckmin.

Além das 93 mil empresas que serão visitadas pelos especialistas, outras 200 mil serão atendidas por meio de uma plataforma digital. “R$ 2 bilhões serão investidos nesse esforço, ajudando micro, pequenas e médias empresas”, afirmou Alckmin.

Depreciação Acelerada

Durante sua apresentação, em tom pausado e bem-humorado, o presidente em exercício destacou uma série de medidas adotadas pelo governo federal no âmbito do ministério do desenvolvimento, indústria, comércio e serviços (MDIC).

Entre elas, mencionou o decreto nº 12.175/2024, que regulamenta a Lei nº 14.871/2024, relacionada à depreciação acelerada de máquinas e equipamentos destinados ao ativo imobilizado. Com essa medida, as empresas poderão reduzir mais rapidamente a base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), proporcionando alívio fiscal e incentivando novos investimentos.

Alckmin atribuiu a criação da lei de depreciação acelerada ao presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva. “Esse foi um pedido seu, feito aqui na Fiesp, quando estivemos aqui; o presidente Lula, o ministro Fernando Haddad e eu”, concluiu.

Acesse o site do programa:

https://brasilmaisprodutivo.mdic.gov.br

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