Technibus – Quanto o Banco Mercedes-Benz liberou para novos financiamentos no primeiro semestre de 2024?
Leonardo Piccinini – Entre janeiro e junho de 2024, o Banco Mercedes-Benz (BMB) alcançou R$ 2,403 bilhões em novos negócios.
Technibus – Qual a participação do banco nos negócios da Mercedes-Benz?
Leonardo Piccinini – Entre janeiro e junho de 2024, o Banco Mercedes-Benz respondeu por 42% dos financiamentos de ônibus e 33% dos caminhões, o que nos credencia a sermos o maior financiador de veículos da marca no país. Podemos alcançar níveis de participação ainda maiores, considerando que, historicamente, apresentamos incremento no volume de negócios no segundo semestre.
Technibus – Qual a expectativa em relação ao financiamento de ônibus e caminhões?
Leonardo Piccinini – Os negócios de ônibus devem ser intensificados ao longo do segundo semestre, assim como os negócios de caminhões. No caso de ônibus, a expectativa é de um crescimento ainda mais acelerado em relação ao primeiro semestre, já que deveremos ter os impactos positivos de negociações envolvendo os produtos Refrota e Fundo Clima, nos quais o BMB é pioneiro na oferta para o mercado.
Technibus – Do total da carteira de clientes, quantos são contratos vigentes?
Leonardo Piccinini – O Banco Mercedes-Benz tem na sua carteira o total de 43.971 contratos ativos, considerando o mês de junho.
Technibus – O CDC está perdendo força nos financiamentos?
Leonardo Piccinini – Em junho de 2024, o CDC respondeu por 44% do volume da carteira, seguido pelo Finame, com 34%. Entretanto, vale ressaltar que a participação do Finame vem crescendo.
Technibus – Quanto representa o Finame para o financiamento de ônibus?
Leonardo Piccinini – Atualmente, os contratos de Finame representam 76% do volume de novos negócios em ônibus. Em linhas gerais, o Finame se apresenta como o principal produto para o financiamento do segmento de ônibus da nossa marca. Por sermos um operador tradicional desta modalidade de financiamento, nossa expertise adquirida ao longo dos anos nos permite oferecer aos clientes um processo extremamente ágil na contratação de linhas de crédito.
Technibus – O banco já tem alguma negociação fechada pela linha de crédito Finame Fundo Clima do BNDES e o Refrota?
Leonardo Piccinini – Sim. Quanto ao Fundo Clima, o BMB já fez algumas contratações relacionadas às aquisições de ônibus elétricos para atender ao sistema de transporte público de São Paulo. Em relação ao Refrota, existem várias negociações em fase de processamento junto aos agentes governamentais e que certamente irão incrementar nosso portfólio de negócios ainda este ano. É importante ressaltar que a tendência de eletrificação do transporte público, sobretudo nas grandes cidades, deve incrementar ainda mais os negócios na modalidade Fundo Clima. O mesmo é observado em relação ao Refrota, dada a necessidade de modernização dos transportadores de passageiros nos centros urbanos, cuja tecnologia atual (Euro 6) também tem impacto na redução da emissão de gases poluentes.
Technibus – Por meio da linha de crédito do Refrota o Banco Mercedes-Benz tem R$ 1 bilhão disponível para financiamento dos ônibus da Mercedes-Benz?
Leonardo Piccinini – Sim. Assim como no passado, o BMB é novamente o primeiro banco do mercado a dispor deste tipo de financiamento. Como já tínhamos o produto desenvolvido em nossos sistemas, sua operacionalização neste momento apresentou-se bastante facilitada, e já temos grande volume de solicitações do recurso devidamente protocoladas. As taxas atrativas do Refrota garantem ao BMB excelente posição de competitividade no financiamento de nossos ônibus. Vale dizer que, além do Refrota, que atende demandas específicas dos sistemas de transporte público urbano no âmbito municipal, temos ainda uma gama completa de produtos financeiros para atender todos os segmentos de atuação, tanto dos mercados de financiamentos de ônibus quanto de caminhões.
Technibus – O que colaborou para o bom desempenho do banco neste ano?
Leonardo Piccinini – A retomada dos investimentos no período pós-pandemia. Destaca-se no segmento de ônibus a maior participação das instituições públicas, seja no aporte de recursos para realização de investimentos, seja pelo aumento de maiores subsídios tarifário pagos ao setor.
Technibus – O que o Banco Mercedes-Benz está preparando para atrair os clientes até o fim do ano?
Leonardo Piccinini – Seguimos firmes no nosso propósito de oferecermos as melhores soluções em financiamentos e seguros, analisando caso a caso e buscando atuar sempre focados nas necessidades dos clientes.
Technibus – Qual a expectativa do banco para os últimos meses de 2024?
Leonardo Piccinini – Normalmente, o segundo semestre apresenta maior volume de negócios e, neste ano, o Refrota e Fundo Clima deverão influenciar positivamente os resultados.
Technibus – O cenário econômico atual, mesmo com a Selic em 10,50% ao ano, mostra-se favorável para novos negócios?
Leonardo Piccinini – Os níveis das taxas de juros são sempre um fator determinante na decisão de investimento dos empresários. Entretanto, em que pese a desaceleração do ritmo de redução das taxas de juros, uma soma de outros fatores vem se apresentando consideravelmente importante para a manutenção de um bom volume de negócios. Entre estes, destacamos a necessidade de renovação das frotas, maior estabilidade dos preços dos insumos (combustível, pneus, manutenção) bem como no preço dos ativos fixos e a manutenção de linhas de crédito competitivas (Finame, Refrota e Fundo Clima).
Technibus – Como está o comportamento dos clientes em relação aos novos produtos: Fundo Clima e o Refrota?
Leonardo Piccinini – Os clientes têm sido bastante receptivos. As taxas são mais atrativas e oferecemos amplas condições de financiamento, que permitem intensificar os investimentos em modernização de frota e, por conseguinte, reduzir os custos operacionais e ainda aumentar a qualidade dos serviços prestados, tornando os negócios excelentes oportunidades para eles.