Desde a sua inauguração em 30 de agosto de 2020, mais de 63 milhões de passageiros utilizaram o BRT Sorocaba (SP). A concessionária opera em 24 linhas e conta com 123 novos ônibus. O BRT Sorocaba iniciou a sua operação em um momento de crise sanitária devido à pandemia da Covid-19. Em 2020, foi ativado o corredor Itavuvu, o terminal Vitória Régia e alguns corredores estruturais que permitiram transportar mais de 1,7 milhões de passageiros.
Em 2021, foi lançado o corredor Ipanema, o terminal São Bento e mais outros corredores estruturais complementares, fazendo com que essa marca subisse para mais de dez milhões de passageiros (ano). Esse aumento significativo em comparação ao período anterior foi representado pela inauguração do segundo eixo Norte.
Em 2022, o sistema atingiu a marca de mais de 15,4 milhões de passageiros ao longo do ano. Já em 2023, com a pandemia mais controlada e o retorno das pessoas às antigas atividades, o número subiu um pouco, totalizando mais de 15,6 milhões de passageiros. E por fim, em 2024, com a conclusão e ativação do corredor estrutural Oeste e do terminal Ipiranga, a empresa estima transportar o montante de mais 21 milhões de passageiros.
Para Renato Andere, presidente da BRT Sorocaba, os quatro anos de operação apresentam números animadores. “Enxergamos a cidade pela perspectiva dos nossos clientes e tudo que fazemos é pensando neles. Já realizamos forró dentro do ônibus, estação em homenagem às mulheres, promovemos passeios com crianças e sempre estamos inovando em ações para atrair mais passageiros. Anualmente, realizamos uma pesquisa para avaliar o nível de satisfação dos serviços e, com isso, conseguimos medir o que está bom e o que podemos melhorar. Com o BRT, o sorocabano ganhou um sistema de mobilidade urbana moderno que oferece conforto, segurança e deslocamentos mais rápidos para todos, inclusive para pessoas idosas, cadeirantes ou com limitação motora”, diz.
A atual estrutura do sistema é formada por dois corredores exclusivos (Itavuvu e Ipanema) na zona norte, sete corredores estruturais (Leste, Oeste, Centro, Sul, Américo, Hermelino Matarazzo, G. Osório/Com. Oeterer), 23 estações, três terminais próprios (Vitória Régia, São Bento e Ipiranga) e mais de 128 pontos de parada que possibilitam ao passageiro a baldeação com os terminais Santo Antônio e São Paulo (já existentes), com as seis áreas de transferências e a integração temporal entre diferentes linhas. O sistema conta ainda com um centro de controle operacional (CCO) que monitora e acompanha toda a operação.
A partir do Sistema Inteligente de Transporte (ITS), 14 soluções integradas via Hub Uniq conectam e integram todos os dispositivos da operação, desde informações geradas pelas catracas, bilhetagem e câmeras até sensores das portas, TV e canais de som.
Andere destaca ainda como o ineditismo do projeto transformou o transporte na cidade. “Por ser um sistema inteligente tornou-se um atrativo, fazendo com que mais pessoas deixassem o carro ou a moto em casa e optassem pelo ônibus. Aqui temos acessibilidade, soluções verdes e garantimos ao passageiro previsibilidade para planejar suas viagens. Hoje, quem chega a Sorocaba encontra um transporte moderno e de alta performance. Toda frota é equipada com ar condicionado, tomadas USB, wi-fi, monitoramento de câmeras e painéis de informações ao passageiro”, finaliza.
Em todo o empreendimento foram investidos aproximadamente R$ 475 milhões em obras de infraestrutura, projetos, desapropriações, material rodante e sistema inteligente de transporte (ITS), sendo R$ 133 milhões da subvenção da prefeitura de Sorocaba (R$ 127 milhões via governo federal e R$ 6 milhões do Município) e o restante de responsabilidade da concessionária. Do valor total, R$ 50 milhões foram destinados para tecnologia e inovação.
O projeto BRT Sorocaba é a primeira concessão precedida de obra no segmento de transporte com ônibus do Brasil. Nesta modalidade de contrato, a concessionária aplica dinheiro próprio, implanta o sistema, investe na frota, opera e realiza a manutenção futura de todo sistema. Ao final do período de concessão em 2040, os investimentos em infraestrutura são revertidos para o próprio município.