Caio fecha importantes vendas na Lat.Bus 2024

A empresa comercializou 719 ônibus, sendo 669 para o mercado interno e 50 para exportação; um dos destaques da marca foi o modelo elétrico

Marcia Pinna

A Lat.Bus 2024 foi muito positiva para o setor, com vendas expressivas, número recorde de participantes e presença de empresários de vários países da América Latina. “Foi uma feira que se diferenciou pela qualidade dos visitantes. É importante ver que o setor voltou a ter um evento forte voltado para o mercado de ônibus”, avalia Maurício Cunha, vice-presidente industrial do Grupo Caio, em entrevista para o portal Technibus.

Cunha lembra que o setor passou por momentos difíceis devido à pandemia. “Tanto a indústria quanto os operadores sofreram bastante. Na Lat.Bus de 2022, ainda estavam todos ‘lambendo as feridas’. Mas agora, a maior parte das empresas já conseguiu administrar melhor esse passado. E a feira mostrou exatamente essa retomada”, comenta.

A Caio realizou 719 vendas de ônibus em negociações que foram concluídas na Lat.Bus 2024, sendo 669 para o mercado brasileiro e 50 para clientes estrangeiros. “Recebemos vários visitantes estrangeiros em nosso estande, principalmente de países da América Latina, como Paraguai, Bolívia, Argentina e Peru. E também representantes de empresas da África, como Angola”, conta o executivo.

Os modelos que mais se destacaram foram o Apache VIP, Millennium e o elétrico eMillenium. “O ônibus elétrico vem crescendo e ganhando mais espaço. Ainda não temos grandes volumes, mas notamos que os operadores estão conhecendo melhor a tecnologia. Assim, a tendência é que as vendas de elétricos vão crescer. E acredito que o elétrico terá supremacia no mercado, mas isso será gradual”, diz.

Para o executivo, a eletrificação envolve uma nova cultura para os operadores, e ainda existem muitos desafios como infraestrutura e distribuição de energia. “Não é um processo simples. E também temos diversas alternativas menos poluentes. O Euro 6 já é um avanço muito significativo em relação à poluição. Outros combustíveis também são opções válidas como o HVO, etanol, biometano e outros. A matriz energética deve se adaptar às necessidades de cada localidade, mas a tendência é a migração para tração elétrica”, analisa.

Cunha conta que, além do excelente desempenho da Caio na Lat.Bus 2024, as outras empresas do Grupo, Busscar e Banco Luso Brasileiro, também tiveram uma participação muito positiva. “A Busscar levou os rodoviários Vissta Buss 345 e Vissta Buss 365, além do lançamento do Panorâmico DD, da Família NB1 da marca, e foi um sucesso”, afirmou.

Maurício Cunha, vice-presidente industrial do Grupo Caio (Divulgação)

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