Com este veículo, lançado recentemente na Europa, a empresa complementa a sua plataforma de ônibus urbanos elétricos para suprir a demanda do mercado brasileiro e da América Latina – o outro modelo é o BZL (Bus, Zero Emission, Low) com piso baixo lançado na última Lat.Bus.
“O BZR vem corroborar com os interesses do mercado por modelo padron, sofisticado segmento de ônibus com motor traseiro, só que na versão elétrica”, comentou Paulo Arabian, diretor comercial da Volvo Buses.
“Este ônibus herdou os atributos do BZL, com o mesmo motor, caixa de câmbio e eixo. A diferença é que as baterias são alocadas na parte de baixo do ônibus e não no teto como no BZL, o que assegura mais estabilidade, segurança e dá mais flexibilidade para o encarroçador, pois não precisa desenvolver um projeto específico, mas aproveitar o encarroçamento do modelo a diesel.”
Este ônibus foi desenvolvimento para utilizar de quatro a oito baterias, que são produzidas na fábrica da Volvo na Suécia e garantem autonomia de até 250 km. O tempo de recarga total varia entre duas e quatro horas, dependendo do tipo e potência da estação de carregamento.
No primeiro momento este ônibus será destacado como biarticulado elétrico, mas terá ajuste na nomenclatura para fazer alusão ao BRT e passará a se chamar BZRT, associando este modelo aos corredores BRT. “Serão carros na configuração com seis baterias na versão articulado e oito baterias na versão biarticulado, com altíssima capacidade de recarga para levar até 240 passageiros na versão biarticulado e 160 na versão articulado”, explicou Arabian.
Os ônibus elétricos articulados e biarticulados estão disponíveis para comercialização nesta Lat.Bus e a previsão da Volvo é de que as entregas comecem a partir de 2025. Em maio deste ano, a empresa iniciou o programa de validação dos modelos biarticulados elétricos para rodar em Curitiba e depois em Bogotá (Colômbia) e na Cidade do México.
O chassi biarticulado é o maior veículo do portfólio de elétricos da Volvo no mundo e foi introduzido pela marca há mais de 30 anos, como evolução dos tradicionais articulados. Desde então, dezenas de cidades na América Latina vêm utilizando os dois tipos de veículos para transportar grandes quantidades de passageiros com rapidez e segurança. Atualmente, há articulados e biarticulados Volvo operando em cidades como Curitiba, Rio de Janeiro, Goiânia, Manaus, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Bogotá, Santo Domingo, San Salvador, Quito, Cidade do México, Cidade da Guatemala, Guayaquil, Cali, Bucaramanga e Santiago.
A Volvo tem mais de 6.000 ônibus elétricos e híbridos em circulação no mundo e a meta global da companhia é de reduzir em 50% os gases de efeito estufa em seus veículos até 2030 e em 100% até 2040. Com zero emissões, os ônibus elétricos têm uma contribuição importante nessa jornada, segundo a empresa.
Rodoviário –
Para o segmento rodoviário, a Volvo apresentou os novos equipamentos de segurança ativa, reservando para a Lat.Bus o lançamento global destes produtos. É a terceira geração de tecnologias mais atual que serão introduzidas nos modelos 2025/2026. “São sistemas inteligentes de segurança que mitigam ou anulam qualquer efeito de acidentes na via pública e nas estradas”, comentou Arabian.
“Os ônibus rodoviários ganham mais dispositivos para ampliar o campo de visão nas laterais, como o ponto cego ou o cruzamento de pedestres na área frontal dos veículos.”
Todas as famílias de ônibus rodoviários, os carros maiores 6×2 e 8×2, que já tinham grande conteúdo de sistema de segurança de série vão ampliar seus sistemas de segurança de série a partir de 2025. “Os carros serão ainda mais seguros com o avanço das tecnologias que estamos incorporando”, disse Arabian.
Outra funcionalidade com a evolução da tecnologia são os dispositivos de leitura de pressão de pneus. “Agora os operadores vão poder fazer a manutenção de pressão dos pneus pelo painel do ônibus.”