Alexandre Asquini
Projeto anunciado na tarde de 29 de janeiro de 2024 pelo governo de Goiás prevê a reestruturação do transporte público por ônibus na região metropolitana de Goiânia, a capital do estado.
Denominado Nova RMTC (Rede Metropolitana de Transporte Coletivo), o projeto está sendo executado pelo governo estadual em parceria com as prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira.
Participaram do ato de anúncio, entre outras autoridades, o governador Ronaldo Caiado; o vice-governador, Daniel Vilela; o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, e o secretário-geral estadual de Governo, Adriano da Rocha Lima, que também preside o órgão decisório da RMTC, a Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC).
VEÍCULOS
Informou-se no encontro que, até março de 2026, 1.200 veículos da rede metropolitana de transportes coletivos serão substituídos por ônibus novos, todos com ar-condicionado.
Os novos veículos deverão reduzir sensivelmente a idade média da frota, já que, conforme levantamento apresentado pela mais recente edição (2023) do Anuário do Ônibus e da Mobilidade Urbana, da OTM Editora, a frota em 2022 contava com 1274 ônibus com idade média de 12 anos.
O conjunto de 1.200 novos ônibus está configurado desta maneira: 1.020 unidades convencionais, diesel Euro 6 ou elétricos, a serem empregados nas chamadas linhas estruturantes; 83 ônibus elétricos para o Eixo Anhanguera e outros 67 veículos elétricos para o BRT Norte-Sul.
A entrada em operação de novos ônibus será gradual, à razão de 400 veículos por ano em 2024, 2025 e 2026.
O primeiro lote, com 200 novos ônibus, será entregue até julho 2024. Serão seis ônibus destinados ao Eixo Anhanguera, outros seis ônibus para do BRT Norte-Sul.
As 188 unidades a serem alocadas nas linhas estruturantes formarão um conjunto com estas características: 122 ônibus convencionais, 60 unidades do modelo super padron a diesel e seis unidades padron elétrico.
Os modelos diesel correspondem ao sistema Euro 6 – norma da União Europeia que estabelece limites máximos de emissão de gases poluentes, buscando diminuir de maneira significativa as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), materiais particulados e outros contaminantes atmosféricos emitidos por veículos a diesel.
CORREDORES SEGREGADOS
A rede metropolitana de transportes coletivos conta com dois corredores segregados. A frota de um desses corredores – o Eixo-Anhanguera, existente desde 1976, que possibilita a ligação Leste-Oeste – será eletrificada até o fim de 2024, e seus terminais e estações estão sendo reformados. O outro corredor, o BRT Norte-Sul, foi implantado recentemente e está em fase inicial de operação.
O processo de recondicionamento do Eixo Anhanguera será concluído no final de 2025. Segundo o governo estadual, as obras de reforma da estação Hemocentro e do terminal Novo Mundo já foram iniciadas.
PONTOS DE PARADA
Outra informação anunciada no encontro é que será feita a recuperação de 6.940 pontos de parada. A promessa é que até o final de 2024 estarão recuperados 2.314 pontos de parada, o que corresponde a um terço do total.
PREÇO DA TARIFA
Sublinhando que a Nova RMTC consumirá investimento de R$ 1,6 bilhão, o governador Caiado assegurou que o preço da tarifa não sofrerá reajuste.
Dentro do mesmo tema, o vice-governador Vilela destacou que Goiânia é a única capital do país a não ter reajuste no preço da passagem desde 2019. Ele explicou que o governo estadual investe mais de R$ 200 milhões por ano em subsídio para assegurar que a tarifa não seja majorada.
SEGURANÇA
O Nova RMTC engloba investimentos em segurança, com a instalação de 6.560 câmeras de segurança, além da criação da Central de Segurança de Transporte.
O projeto compreende ainda a integração entre o aplicativo Mulher Segura, da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP), e o aplicativo SiM RTMC, com utilidades que vão do acompanhamento do tempo de chegada do ônibus até avaliações de diferentes aspectos do sistema.
Primeira-dama do estado de Goiás e coordenadora do programa Goiás Social, Gracinha Caiado comentou que a medida garante o registro da ocorrência em poucos segundos, qualificando a medida como um passo importante para a proteção das mulheres.