A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo (Fetpesp), em nota oficial encaminhada à imprensa, manifesta preocupação com a possibilidade de aprovação, pela prefeitura de São Paulo, do serviço de mototáxi. A modalidade de transporte de passageiros foi anunciada pela Uber para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, mas as prefeituras podem restringir o serviço.
A federação informa que já havia alertado os municípios paulistas sobre os riscos de liberação desse serviço, por meio da campanha “Sua segurança não pode ser passageira. Vá de ônibus!”, lançada em junho de 2022, com o apoio da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) e da Confederação Nacional do Transporte (CNT).
“A iniciativa visa conscientizar a população para o uso do transporte público regular e seguro, já que os sinistros com motos causam 35% das mortes no trânsito, isso sem falar nas sequelas, muitas delas permanentes. Um em cada três mortos no trânsito estava em motos. São mais de 11 mil brasileiros que não voltam para casa por ano, segundo estudo apresentado em 2019 pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV)”, diz a Fetpesp.
O presidente da federação, Mauro Artur Herszkowicz, observa que, além da conscientização dos passageiros sobre os perigos de usar o mototáxi, “a campanha visa chamar a atenção das autoridades para os problemas sociais e de saúde pública decorrentes da utilização desse meio irregular de transporte.”
O presidente executivo da NTU, Francisco Christovam, destaca que não se trata de um movimento contra o uso da motocicleta, que é um transporte de caráter individual. “A intenção é mostrar que o passageiro deve utilizar o ônibus, um transporte regulamentado, mais seguro, e o perigo representado pelo uso do mototáxi nos sistemas viários das cidades.”
“A Fetpesp reforça o seu comprometimento com a segurança e a vida de todos que circulam nas ruas e nas estradas e garante que as boas práticas oferecidas pelas empresas representadas pela Federação, atreladas aos treinamentos constantes dos motoristas, contribuem para a queda do número de óbitos e acidentes”, conclui a nota encaminhada pela entidade.