Technibus – Quais as estratégias da Univale para manter seu lugar no mercado?
Luiz Peixoto – Nossos clientes de fretamento continuaram demandando mais veículos para transporte de seus funcionários, por conta do distanciamento social, o que nos levou, além da frota existente, adquirir novos veículos, proporcionando ganho de escala e melhor rentabilidade. Adequamos nossos setores de saúde e segurança em condições de atender os requisitos legais e sermos referência nos segmentos em que atuamos, especialmente siderurgia e mineração, aperfeiçoando sistemas de controle e auditoria, a fim de garantir o cumprimento de obrigações trabalhistas, contratuais e evitar riscos decorrentes.
Technibus – Qual a expectativa para 2022, em comparação ao ano passado? Os efeitos da pandemia já se dissiparam?
Luiz Peixoto – Para este ano, estamos prevendo um faturamento equivalente ao ano de 2021. Felizmente os efeitos da pandemia reduziram, com a consequente desmobilização de veículos e receita de fretamento, mas, nosso segmento de transportes públicos no Vale do Aço, em Minas Gerais, melhorou significativamente.
Technibus – E para 2023, quais as expectativas da empresa?
Luiz Peixoto – Continuar investindo em frota para atender nossos clientes de fretamento, buscar novas oportunidades, renovar a frota a serviço do transporte público na região metropolitana do Vale do Aço e fazer contínuos investimentos em melhoria de processos.
Technibus – Quais os principais aportes da Univale nos últimos dois anos?
Luiz Peixoto – Nosso maior investimento é em veículos. No ano de 2021, investimos 42 milhões e nesse ano de 2022 serão R$ 58 milhões. Para 2023, estão programados aportes de R$ 38 milhões.
Technibus – Qual a frota atual da empresa?
Luiz Peixoto – Nossa frota atual é de 737 veículos, composta por 27 veículos auxiliares, 182 micro-ônibus, 49 ônibus executivos, um ônibus elétrico, 226 ônibus urbanos, 213 ônibus rodoviários e 39 vans. Aproximadamente 60 micro-ônibus são das marcas Agrale e Volkswagen, o ônibus elétrico é da BYD e os demais são Mercedes-Benz.
Technibus – Na sua opinião, quais são hoje as principais dificuldades do setor de fretamento?
Luiz Peixoto – Boa parte de nossos clientes se enquadra no grau de risco 4 perante as regras de saúde e segurança do ministério do trabalho, o que requer processos bem estruturados para atender as exigências, equipes especializadas, e, consequentemente custos elevados. A competição é acirrada, os contratos são de curta duração e exigem investimentos elevados.